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Capítulo 1

Emily POV

O avião pousa e finalmente é hora de eu voltar para casa. Eu deveria estar em casa no final da semana, mas minhas reuniões foram adiadas. Decidi voltar mais cedo e surpreendê-lo. Estou preocupada porque ele não atendeu o telefone, mas ele pode estar ocupado.

Entrei na casa que meu marido e eu compramos juntos há 6 anos. A excitação que sinto é avassaladora. Tirei um tempo do trabalho. Quero levar meu marido para uma segunda lua de mel. Não nos divertimos muito na nossa primeira lua de mel. Damian quebrou a perna no segundo dia e eu tive uma intoxicação alimentar a semana inteira. Passei minha lua de mel no hospital.

Caminho pelo corredor e ouço alguns gemidos vindo do nosso quarto. A princípio, pensei que Damian estivesse com dor, mas à medida que me aproximei, percebi que era o mesmo som que ele faz quando fazemos sexo.

Apoiei-me na parede, esperando que o que eu estava ouvindo estivesse errado. Caminho mais perto o mais devagar possível, desejando que tudo isso seja um pesadelo do qual vou acordar a qualquer momento.

Abro a porta com um estrondo. A porta se estilhaça e quebra com a força que bate na parede. Damian e a mulher gritam de susto. Meu sangue gela quando vejo quem era a mulher, minha melhor amiga. Como ele pôde?

Minha visão ficou turva com as lágrimas enquanto eu saía da casa. Começo a correr pela rua. Ouço Damian me chamando à distância. Eu não me importava mais. A chuva caía no meu rosto e se misturava com minhas lágrimas. Mal conseguia ver, mas tudo o que eu conseguia pensar era em sair dali.

Continuei correndo por horas, ou pelo menos parecia. Parei quando não tinha mais energia para continuar. Tropecei em um beco e me sentei. Puxei minhas pernas para o peito e continuei soluçando.

Não sei quanto tempo fiquei ali, sentindo meu coração se partir repetidamente. Será que essa dor vai parar algum dia? Ouço passos se aproximando cada vez mais. Olho para cima e vejo um jovem se aproximando de mim. Começo a enxugar minhas lágrimas freneticamente, tentando escondê-las.

"Não se preocupe com as lágrimas. Eu já vi." Ele me deu o sorriso mais gentil que já vi. Nunca me senti tão envergonhada na vida. Foi por isso que entrei no beco, para que ninguém me visse. Eu estava tentando esconder minha dor do homem, mas ele podia ver através da minha fachada.

"Por que você não vem comigo? Está frio lá fora. Podemos tomar uma xícara de café quente lá dentro." Esse homem gentil me ajudou a levantar e colocou sua jaqueta de couro sobre meus ombros. Foi a primeira vez que percebi que saí de casa sem pegar algo quente.

Viramos a esquina e vi que estávamos na minha cafeteria favorita. Santa Rosa é o tipo de lugar que sempre me trouxe alegria. Não é de se admirar que, mesmo sem saber para onde estava indo, eu tenha vindo para cá.

Entramos e todos os garçons habituais estavam lá. O cheiro do café forte entra no meu nariz e traz de volta tantas memórias. Este é um lugar que frequento diariamente desde que terminei minha graduação. Era minha segunda casa. Celebrei todos os meus grandes marcos aqui.

Sentei na cabine que era reservada só para mim. Sim, é assim que eu vinha aqui. Passei minhas mãos sobre a toalha de mesa vermelha. Era para me trazer conforto, mas agora só me traz dor. Este é o exato lugar onde Damian me pediu em casamento. Onde planejamos nosso casamento juntos. Tudo isso foi por água abaixo. Sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto novamente.

"Emily, você voltou mais cedo." A dona do Santa Rosa me puxou para cima e me deu um abraço. Isso só me fez chorar ainda mais. Rose tem sido uma mãe para mim desde que meus pais morreram pouco antes de eu terminar a universidade. Ela me afastou um pouco e acho que pôde ver a tristeza nos meus olhos. Ela não me deu nenhuma pena, pelo que sou grata. Ela me empurrou de volta para a cabine e sentou-se ao meu lado.

Contei a ela tudo o que aconteceu desde que entrei na casa. Continuamos conversando até que minha mente estivesse longe do fato de que meu marido estava me traindo.

Saí da cafeteria me sentindo mais leve do que antes. O homem gentil desapareceu assim que Rose se sentou.

Ainda estava chovendo lá fora, então caminhei até a calçada para pegar um táxi. Sinto uma mão no meu ombro. Viro-me e vejo Damian parado atrás de mim. Minha raiva e dor voltaram com força total.

"Podemos conversar, por favor? Quero te explicar tudo." Damian pediu, parecendo culpado como nunca. Sei que ele só vai inventar desculpas. A mais provável será que eu não dei atenção suficiente a ele. Sei disso porque essa foi a desculpa que o marido da minha amiga usou.

"Sim, Damian, podemos conversar, mas não quero falar sobre sua explicação. Nada do que você disser vai melhorar isso. Só vou falar com você sobre o divórcio." Viro-me de volta para o táxi que parou. Entro sem olhar para trás para Damian.

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