Minha pulseira com o CEO
Amy encolheu as pernas na cama e começou a chorar, estava triste e envergonhada depois do que aconteceu hoje. Primeiro, ela perdeu o emprego e, em segundo lugar, foi expulsa da presença do homem. Amy não gostava do homem, acreditava que ele era um homem orgulhoso. O que a fez desafiar o homem mais poderoso de NorthHill? Estava bêbada?
Onde ela vai conseguir um emprego agora? Todas as empresas para as quais ela enviou propostas ainda não responderam.
A porta se abriu de repente e Angel apareceu, "mamãe!" Ela correu em direção a Amy antes que Amy pudesse terminar de limpar suas lágrimas. Ela não gostava que as crianças a vissem chorando.
Ela acreditava que isso as deixaria preocupadas, então limpou todas as lágrimas e sorriu. Angel perguntou com um olhar preocupado, "mamãe, o que aconteceu?"
"Nada, estou apenas feliz por ter vocês todos ao meu redor," Amy mentiu.
"Mas nós nunca estamos longe de você," Angel disse.
Antes que Amy pudesse dizer outra palavra, Queen e Debby entraram e subiram na cama. Ver os rostos delas fazia Amy realmente feliz.
"Mamãe, você voltou do trabalho cedo hoje," Queen disse.
"Sim, tive que sair cedo porque estava com muita saudade de vocês," Amy disse e as meninas sorriram.
"Mamãe, nós começamos a escola no próximo mês, certo?" Angel perguntou enquanto Debby simplesmente se encostava no ombro de Amy.
"Sim, nada vai mudar isso," Amy disse esperançosa. Na verdade, ela pensava que usaria seu salário como assistente de dentista para pagar as mensalidades das crianças no final do mês, mas acabou sendo demitida. Mesmo assim, ela precisava manter as esperanças das crianças altas e se candidatar ainda mais agressivamente a empregos.
"Onde estão seus irmãos?" Amy perguntou.
"Eles estão fazendo a limpeza," Queen respondeu e Amy assentiu, bagunçou o cabelo de Debby e perguntou, "Debby, como é o novo ambiente? Você gostou?"
"Eu... só quero encontrar meu pai," Debby disse em voz baixa e a atmosfera alegre se tornou intensa.
"Você vai encontrá-lo em breve, eu te garanto," Amy disse e então falou para Angel, "por que vocês não vão brincar com seus irmãos? Eu quero descansar um pouco. Vou brincar com vocês quando acordar."
"Ok, mamãe," as crianças acreditavam que a mãe merecia descansar depois do trabalho.
Assim que as meninas saíram do quarto, Amy suspirou. Não havia ninguém a quem ela pudesse recorrer para pedir ajuda, ela tinha que agir com força.
Seu telefone tocou e, embora fosse um número desconhecido, ela atendeu mesmo assim, "É a Amy Owen?"
"Isso mesmo," Amy respondeu, esperando que fosse uma boa notícia.
"Enviamos um e-mail para você há três dias e não recebemos sua resposta, por favor, verifique sua pasta de spam e nos avise o que acha," o homem do outro lado disse e desligou.
Amy verificava seu e-mail todos os dias, na verdade, a cada hora para ver se alguma empresa havia respondido. Como ela poderia ter perdido isso? Ela rapidamente foi verificar sua pasta de spam e viu que realmente havia um e-mail enviado para ela, era da corporação Alessandro.
Corporação Alessandro? O salário deles era o mais alto e qualquer um teria sorte de trabalhar com eles. A alegria encheu seu coração imediatamente e ela mal podia esperar para começar a trabalhar no dia seguinte.
Quando anoiteceu, ela foi brincar com seus seis filhos, eles se divertiram muito antes de todos irem para a cama. Mas ela sabia que, por mais felizes que as crianças estivessem, a felicidade delas não estaria completa até encontrarem o pai.
Nem ela mesma sabia quem era o pai deles, há mais de um milhão de homens em NorthHill, como ela poderia identificar o gigolô com quem dormiu?
Ela foi trabalhar no dia seguinte e, depois de se apresentar à recepcionista, foi entrevistada e contratada no mesmo dia. A recepcionista a levou para o andar de cima, mostrou onde era sua mesa e a apresentou ao chefe do departamento.
"Seja bem-vinda à corporação Alessandro, senhorita Amy," o chefe do departamento, Abe, disse.
"É um prazer, senhor," Amy respondeu, sentada confiante diante do homem.
"Aqui está nosso livro de orientação, contém as regras e regulamentos da empresa," Abe entregou um documento a ela.
Ela o recebeu e disse, "certo, senhor. Vou lê-lo."
"E aqui está o trabalho atual que a pessoa antes de você estava fazendo, você precisa completar o projeto até o final do mês," ele disse.
"Isso não é um problema, senhor," ela disse e esperou alguns segundos. Quando viu que Abe estava ocupado escrevendo algo, perguntou: "Posso me retirar, senhor?"
"Preciso levá-la ao escritório do CEO, é nossa tradição aqui que todo trabalhador o conheça antes de começar a trabalhar," ele disse.
"Certo, senhor," Amy se levantou, mas Abe terminou o que estava escrevendo antes de se levantar.
"Por favor, me siga," ele disse e ela começou a segui-lo. Eles saíram da sala e caminharam direto para a direita, logo chegaram a uma sala onde Abe teve que bater na porta.
"Entre," uma voz soou lá dentro e tanto Abe quanto Amy entraram.
Amy viu uma mulher magra em pé com uma xícara de café, mas não havia ninguém sentado no escritório, parecia que o CEO tinha saído para fazer algo.
"Senhorita Bonnie," Abe cumprimentou.
"Oi, Abe," Bonnie disse e colocou o café gentilmente, "acho que o chefe foi fazer algo, ele deve voltar em breve, já que me pediram para fazer um café para ele."
"Certo," Abe disse e observou enquanto Bonnie saía.
"Essa é a secretária do CEO, você já ouviu eu chamá-la pelo nome, certo?" Abe perguntou a Amy.
"Sim, ouvi," Amy respondeu. Ambos esperaram em silêncio por mais oito minutos, mas não havia sinal do CEO.
"Amy, você pode esperar aqui mais alguns minutos por ele, quando ele chegar, apenas se apresente. Contanto que você não esteja na lista negra dele, não terá problemas," ele disse e saiu.
Contanto que ela não estivesse na lista negra dele? O que ele quis dizer com isso? Ela nem sequer tinha conhecido o CEO antes, como poderia estar na lista negra dele?
Ela esperou mais vinte minutos, mudando de posição várias vezes, e quando já fazia quase uma hora que estava de pé, decidiu que era hora de ir embora.
Que tipo de CEO pede para sua secretária preparar um café e não aparece nem depois de uma hora? Ou talvez ele tenha se envolvido em algo.
Quando Amy estava prestes a sair, ela olhou aleatoriamente para o grande escritório mais uma vez e seus olhos de repente avistaram uma pulseira.
A pulseira parecia muito familiar, ela caminhou em direção à pulseira e a tocou, confirmando que era a pulseira que sua mãe lhe deu.
Depois de deixar NorthHill há seis anos, ela percebeu que não via mais sua pulseira e sempre se perguntava como a perdeu, já que a pulseira estava sempre em suas mãos.
Como o CEO conseguiu sua pulseira? Como? Ela confirmou tocando e examinando a pulseira novamente e, de fato, era dela.
Não seria certo simplesmente pegá-la. Isso certamente a colocaria em apuros. Seria melhor pelo menos descobrir quem é esse CEO primeiro.
Curiosa para saber quem era o CEO que tinha sua pulseira, ela esperou mais quarenta e cinco minutos, mas ainda não viu ninguém. Suas pernas agora doíam por ficar de pé por tanto tempo, então ela saiu do escritório.
Depois do trabalho, ela recebeu uma ligação interna do chefe do departamento pedindo para ela ir ao seu escritório, e ela foi.
Depois de se sentar diante de Abe, ele perguntou: "Você encontrou o CEO?"
"Não, senhor. Esperei por horas, mas não o vi, talvez eu vá ao escritório dele amanhã," ela disse.
"Certo, como foi seu primeiro dia de trabalho?" Abe perguntou.
"Muito bom, senhor. Muito bom, obrigado! Meus colegas foram muito gentis também," Amy disse e até sorriu.
"Você se importaria se eu fizesse uma pergunta?" Abe perguntou.
"Claro, senhor," Amy respondeu educadamente.
"Como não vi um anel no seu dedo, isso significa que você não é casada. Mas você tem um namorado?" Abe perguntou.
Este era seu primeiro dia de trabalho e esse homem já estava fazendo uma pergunta tão pessoal.
"Não gostaria de falar sobre assuntos pessoais, senhor," Amy disse.
"Oh!" Abe exclamou, "Certo."
"Posso ir?" Amy perguntou.
"Tenho muito dinheiro, poderíamos ter um relacionamento e seus dias aqui seriam fáceis, eu garanto," Abe disse, desejando-a intensamente.
Amy podia perceber pelo olhar no rosto dele, "Eu não sou tão fácil, com licença, senhor." Amy se virou para sair, mas Abe falou.
"Ou eu também posso tornar sua vida miserável aqui se você estiver dificultando as coisas," Abe sorriu maliciosamente.
Amy simplesmente saiu sem reagir nem dizer uma palavra.