




2. Primeira reunião
POV de Sophia
Meu coração dispara quando leio o e-mail notificando minha aceitação na primeira fase do programa de barriga de aluguel. O momento não poderia ser mais perfeito, dado a minha recente perda de emprego e as crescentes despesas médicas do meu pai. A esperança surge dentro de mim, superando a dor do tapa que recebi no trabalho.
Rapidamente me recomponho, enxugando as lágrimas que se acumulam nos meus olhos, e chamo um táxi para iniciar minha jornada até a luxuosa propriedade.
Quando o táxi para diante do portão imponente, não consigo deixar de admirar a grandiosidade à minha frente. A propriedade parece saída de um conto de fadas—uma mansão extensa cercada por jardins bem cuidados, sebes altas e fontes reluzentes. Exala uma aura de elegância e privilégio que nunca experimentei antes.
Saindo do táxi, aliso minhas roupas, sentindo uma mistura de nervosismo e excitação. Este é um território desconhecido para mim, e não posso deixar de me perguntar o que me espera além desses portões. Será que conseguirei atender às expectativas dos clientes? Que tipo de pessoas são eles?
Respirando fundo, aproximo-me do guarda estacionado no portão. Ele está de pé, vestido com um uniforme impecável, seu olhar afiado e observador. Cumprimento-o educadamente, esperando que ele possa me fornecer as direções necessárias para encontrar os clientes.
"Com licença, senhor," começo, minha voz carregada de um toque de ansiedade. "Tenho um compromisso com um cliente aqui."
"Olá, senhorita," responde o guarda, agora com a atenção voltada para mim. "Posso ver seu passe?"
"Um passe?" Fico surpresa, pois não recebi nenhum passe, e o e-mail contém apenas o endereço da casa. "Entendo, mas não tenho um passe. Há alguma maneira de eu conseguir entrar?"
O guarda me observa por um momento, sua expressão severa. "Sinto muito, senhora, mas não posso permitir a entrada de ninguém sem um passe. É uma questão de segurança e privacidade."
Meu coração afunda, o peso da decepção se instalando sobre meus ombros. Cheguei tão longe, apenas para ser parada no portão. Mas não posso deixar que esse contratempo me desanime. Tenho que encontrar uma solução.
Em um esforço final, decido ligar para o número que me foi fornecido. Talvez tenha havido um engano, ou alguém possa me ajudar a entrar. Disco o número, minhas esperanças oscilando enquanto espero uma resposta.
Para minha decepção, a chamada não é atendida. Suspiro, sentindo uma pontada de preocupação. Parece que a sorte não está do meu lado hoje.
Quando estou prestes a desistir e considerar meu próximo passo, um carro preto e elegante para no portão, capturando tanto minha atenção quanto a do guarda. A janela desce, revelando o ocupante dentro, e meus olhos se arregalam de surpresa.
O guarda imediatamente se endireita, sua postura transformando-se de severa para uma de máximo respeito. Com uma saudação, ele cumprimenta a pessoa no carro. "Bem-vindo, Sr. Williams."
Instintivamente, volto meu olhar para o carro, a curiosidade e o interesse tomando conta de mim. Quem é esse Sr. Williams, e por que a postura do guarda muda tão drasticamente em sua presença?
Quando a janela do carro desce, meus olhos se encontram com os da pessoa dentro. Por um breve momento, o tempo parece parar. Fico cativada pelo olhar penetrante que encontra o meu, um olhar que contém um toque de reconhecimento.
Nesse instante, noto uma pausa sutil na expressão da pessoa antes que o motorista acelere e o carro deslize para dentro dos terrenos da propriedade, desaparecendo.
A confusão gira em minha mente. Há algo familiar no olhar que encontrou o meu, algo que desperta um senso de curiosidade e interesse. Quem é essa pessoa?
Mas isso é o menor dos meus problemas no momento, enquanto tento ligar para o número novamente, sem sucesso.
Meu coração afunda enquanto o guarda, aparentemente indiferente à minha situação, dá um passo à frente e me pede para deixar o local. Decepção e frustração crescem dentro de mim, mas sei que causar uma cena só piorará a situação. Relutantemente, viro-me para sair, meus sonhos de uma nova oportunidade escapando.
No entanto, assim que chego ao portão, um carro elegante emerge da propriedade, suas janelas descendo para revelar um jovem dentro. Ele tem um sorriso amigável e uma aura de confiança enquanto sai do veículo e se aproxima de mim.
Com uma mistura de surpresa e esperança cautelosa, observo enquanto ele se aproxima e fala com uma voz calorosa. "Você é a Sophia? Estou aqui para te buscar."
Meus olhos se arregalam, e uma onda de excitação percorre minhas veias. Essa reviravolta é inesperada, mas oferece um vislumbre de esperança. Não posso deixar de me perguntar quem é esse jovem e por que ele foi enviado para me encontrar. Ele está ligado ao programa de barriga de aluguel?
"Sim, eu sou a Sophia," respondo, uma mistura de curiosidade e felicidade em minhas palavras. "Mas quem é você? E por que está aqui para me buscar?"
O sorriso do jovem se alarga enquanto ele estende a mão em cumprimento. "Peço desculpas pela confusão. Meu nome é Ethan. Sou o assistente do cliente que você veio encontrar."
Minha surpresa aumenta, mas um sentimento de alívio me invade. Parece que o destino interveio para me proporcionar um aliado inesperado. Aperto a mão de Ethan, um sorriso agradecido no rosto. "Obrigada, Ethan. Agradeço sua ajuda. Não estava esperando por isso, mas estou feliz que você esteja aqui."
Ethan acena com a cabeça e abre a porta do carro para mim. "Por favor, entre. Vamos levá-la para dentro da propriedade."
Ansiosamente, entro no carro, os assentos de couro macio me abraçando. Enquanto o veículo avança pelos terrenos da propriedade, não consigo deixar de me sentir nervosa sobre o que estou prestes a fazer.
O carro para na entrada de uma mansão magnífica, sua grandiosidade rivalizando com as propriedades que já vi antes. Levo um momento para absorver o ambiente, sentindo uma mistura de admiração e antecipação nervosa.
Ethan me conduz pela escadaria imponente, cada passo ressoando com um senso de grandiosidade. O mármore sob nossos pés é frio e polido, refletindo o brilho suave dos lustres de cristal acima. As paredes são adornadas com pinturas requintadas, suas cores vibrantes adicionando um toque de vida ao ambiente opulento.
Enquanto subimos, o som de nossos passos ecoa pelo vasto corredor. Meus olhos saltam de um detalhe para outro, maravilhada com a arquitetura intrincada e o senso de história que permeia cada canto.
No topo da escadaria, somos recebidos por uma mulher de meia-idade, a governanta. Seu sorriso caloroso e comportamento gentil imediatamente me tranquilizam.
"Bem-vinda, querida. Fui informada da sua chegada," diz a governanta amavelmente, sua voz carregando um tom reconfortante. "Por favor, sente-se."
Aceno com a cabeça, sentando-me em uma cadeira macia perto da escadaria. Ethan me dá um sorriso tranquilizador antes de se desculpar, prometendo informar sua chefe sobre minha presença.
Deixada sozinha com a governanta, não consigo evitar um leve nervosismo. A governanta parece notar isso também, pois diz: "Não fique nervosa, senhorita. Pode relaxar."
"Ah... Eu não estou..."
A governanta, no entanto, sorri compreensivamente e pergunta: "O que gostaria que eu lhe servisse?"
Fico surpresa, mas imediatamente balanço a cabeça. "Não precisa, senhora. Obrigada."
A mulher, no entanto, balança a cabeça e diz: "Você não pode ficar sem nada. Deixe-me trazer pelo menos um copo de água."
Tento recusar a oferta, não querendo incomodar a governanta mais ainda, mas seu tom persuasivo e sorriso caloroso me convencem do contrário. "Obrigada, isso seria muito gentil."
A governanta acena com a cabeça e se desculpa, desaparecendo pelo corredor para buscar a água. Deixada sozinha novamente, aproveito a oportunidade para observar o ambiente. A grandiosa mansão exala um ar de charme do velho mundo, com seus móveis antigos, tapeçarias intrincadas e pisos de madeira polida. Cada sala parece ter sua própria história para contar, e me vejo cativada pelos contos que ressoam dentro das paredes.
Um momento depois, uma serva da minha idade aparece com uma bandeja e um copo de água na mão. Ela caminha até mim e me entrega, dizendo: "Tome um pouco de água, senhorita."
"Obrigada," respondo com um sorriso enquanto a serva se vira e sai.
Absorvida em observar o salão, não percebo imediatamente o par de olhos que me observa da escadaria. Quando finalmente noto, olho naquela direção e vejo uma figura masculina alta parada ali.
Fico instantaneamente surpresa no momento em que meu olhar cai naquele rosto. Uma miríade de emoções passa pelo meu rosto naquele momento. É o homem que vi mais cedo no portão, aquele que o guarda chamou de Sr. Williams.