4- Senhora Alice
Marcello
“Quem é essa estrela pornô nerd?” pergunta Ezra. Eu observo enquanto essa beleza loira de óculos morde o lábio inferior enquanto faz seu show. Não faço ideia de onde ela veio, mas vou descobrir. Sentamos bem na frente para ter a melhor visão. Sei que ela não pode nos ver, mas está olhando diretamente para nós. Parece que ela está fazendo tudo isso para Ezra e para mim.
Alice puxa uma cadeira bem ao meu lado. “Curtindo o show?” ela pergunta.
“Vou sair daqui com ela hoje à noite,” declarei.
“Temos que tê-la,” acrescentou Ezra. Ele é do tipo que pede com jeitinho, então talvez eu precise dele para atraí-la. Ezra e eu trabalhamos tão bem juntos porque ele é um profissional sensível. Eu sou o que faz o trabalho sujo.
“Ela é minha melhor amiga. Ela é muito submissa e mais inteligente que a média. Ela é engenheira civil com empresas prósperas em New Jersey e Orlando, então você não pode encantá-la com seu dinheiro porque ela tem bastante do próprio.” Ela é engenheira. Eu nunca teria adivinhado.
“Qual é o nome dela?” pergunto.
“Isabella Jean Monroe,” Só o som do nome dela já me deixa excitado. Tudo sobre essa mulher é intrigante. “As poucas pessoas próximas a ela a chamam de Issy.”
“Quantos anos ela tem?” Ela parece jovem demais para ter tanto sucesso, a menos que já venha de uma família rica.
“Ela fez trinta e um em janeiro.” Ela parece mais jovem que isso, mas fico feliz que ela envelheça bem. Gosto de como os dominadores se unem aqui. Alice é a dominatrix mais respeitada deste clube.
“Obrigado pela informação. Sua amiga estará em boas mãos conosco.” Não há dúvida; nós a teremos.
“Estou fazendo isso tanto por ela quanto por vocês. Algumas coisas é melhor deixar para Issy contar, mas considere isso um aviso. Ela está frágil agora. Está fingindo ser forte, mas como sua melhor amiga e como dominadora, sei que ela precisa ser tratada com cuidado. Vocês terão que utilizar Ezra mais com ela do que com os outros. Pelo menos no início, mas ela é principalmente obediente. Chicotes não são um castigo para ela, então divirtam-se sendo criativos.” Alice me dá uma piscadela e se afasta. Segundos depois, a luz se apaga, e estou olhando para meu reflexo.
Isabella
Terminamos de limpar o quarto e de tirar a roupa de cama. Um funcionário virá cuidar do resto.
Alice está prestes a subir no palco para sua performance, então estou sentada na sala principal, aproveitando um smoothie de frutas. Sinto um formigamento na nuca, então sei que estou sendo observada. Ignoro a sensação porque não quero ser abordada por ninguém até depois da performance de Alice.
A cortina se abriu, e meu queixo caiu. Não sei por que fiz suposições, mas nunca teria adivinhado que Alli era uma dominatrix. Seu cabelo longo está em um rabo de cavalo apertado, e ela está usando luvas longas de couro preto e botas de couro que vão até acima dos joelhos. O body que ela comprou hoje se encaixa perfeitamente.
Volto minha atenção para a submissa, uma mulher não mais velha que nós, pendurada por cordas do teto. Seu corpo está na altura dos quadris de Alice. As pernas da sub estão bem abertas, amarradas às cordas que sustentam seu corpo. Seus braços estão atrás das costas e amarrados nos pulsos. Seus olhos estão cobertos por uma venda. Alli sussurra algo para a sub, e eu a ouço responder: “Sim, senhora.”
Alli começa colando a boca da sub. Ela não pode se mover, ver ou falar, e isso me faz pensar como elas vão se comunicar. Alli se abaixa perto da pélvis da sub e puxa um carrinho com equipamentos, mas não consigo distinguir exatamente o que está no carrinho. Algo está sendo mantido quente em um aquecedor em miniatura, então estou supondo que pode ser cera ou pedras quentes.
“Eu te disse para se depilar antes de vir aqui esta noite. Seu matagal está no meu caminho, então vou cuidar disso já que você não seguiu uma instrução simples.” Sua voz é mais fria do que eu já ouvi, e seus olhos são como aço. Ela está em modo de dominação total, e é assustador pra caramba.
Alli espalha cera quente sobre uma pequena parte da pélvis dela e coloca o papel por cima. Essa mulher é incrivelmente peluda lá embaixo. Quero dizer, é mais do que apenas um matagal. É como uma floresta inteira. É muito cabelo sendo depilado. É doloroso só de pensar nisso. Sem aviso, ela arranca o papel. Sua sub teria gritado se sua boca não estivesse colada. O peito da sub está subindo e descendo rapidamente, e isso me deixa nervosa. E se ela precisar que pare?
Alli arranca mais algumas seções antes que sua sub comece a estalar os dedos. Isso deve ser a maneira dela pedir para Alli parar, porque ela instantaneamente vai até a cabeça da sub e arranca a fita.
“Você tem permissão para falar,” diz Alli.
“Posso tomar água, Senhora? Por favor?” Ela implorou.
“Não, você não pode. Você quer usar sua palavra de segurança?” pergunta Alli.
“Não, senhora.” Isso é tudo que a sub respondeu antes de sua boca ser colada novamente. Alli volta a depilar a sub e se certifica de tirar cada pelinho da pélvis até o bumbum. Ela então usa uma esponja molhada para limpar a sub completamente antes de aplicar óleo na área depilada. Alli remove a fita novamente e a joga em uma lixeira.
“Você fará o que eu pedir da próxima vez. Entendeu?” A voz de Alli ressoa pela sala. Ela me faz querer obedecer também.
“Sim, Senhora. Eu peço desculpas.” A sub soa fraca e cansada. Alli não se dá ao trabalho de falar novamente. Ela vai até outro suporte de metal e eu noto que tem um vibrador preso a ele. Ela o ajusta de forma que o suporte segure o brinquedo bem contra toda a vulva da sub, mas ainda não o ligou. Então, ela coloca um cinto com um dildo de tamanho médio preso a ele. Ela liga o vibrador e a sub geme.
Alli vai até a cabeça da sub, “Você não tem permissão para gemer. Incline a cabeça para trás e abra a boca.”
Assim que a sub abre a boca, Alli desliza o dildo para dentro. Em vez de empurrar para dentro e para fora, ela permanece profundamente na boca dela e belisca levemente os mamilos da sub para endurecê-los. Ela puxa apenas o suficiente para permitir que a sub respire um pouco e empurra de volta. Alli se abaixa e chupa os mamilos da sub enquanto fode sua boca. Depois de alguns minutos de Alli se movendo de um seio para o outro, o corpo da sub está tremendo.
Alli tira o mamilo da boca, “Você tem permissão para gozar.” Ela segura a sub pelo pescoço e empurra mais rápido.
Como se Alli tivesse acionado um interruptor, a umidade flui da sub e encharca o chão abaixo dela enquanto Alli tira o dildo da boca dela.
“Boa garota. Da próxima vez, você será recompensada,” Alli desliga o vibrador e tira o cinto. Ela desamarra os pulsos da sub enquanto a cortina se fecha, bloqueando a visão de todos. Nós aplaudimos aquela performance intensa e nos levantamos.
“Isabella Monroe,” um sotaque firme e profundo soa atrás de mim, enviando um arrepio pela minha espinha. Não há como essa voz pertencer a Ezra e não é Marco.
“Marcello Russo,” digo seu nome como se estivesse provando na minha língua e me viro para vê-lo em meu espaço pessoal. Olho em seus olhos intensos, “É um prazer conhecê-lo.”
“Oh, você não faz ideia.” Ele sorri. Mal sabe ele, eu não vou me jogar para ele. Eles vão ganhar minha submissão.