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Rina

Rina Zante

Vinte e cinco minutos atrás

Fechei os olhos com força, esperando que talvez fosse um sonho. Não deveria haver nenhuma maneira de o que eu tinha visto ser real. Mas ao abrir os olhos, me deparei com a mesma cena. Um casal nu e, espalhadas ao redor deles, estavam suas roupas. Meu olhar caiu acidentalmente no pênis do cara, e eu tossi pedindo desculpas.

"Des-des-desculpa, me desculpa por invadir. Eu estava procurando minha pulseira e pensei que ela estaria aqui... Me desculpa, muito des-des-desculpa."

Não olhei para cima para ver qual era a reação deles. Meu objetivo era pegar minha pulseira, que eu tinha deixado cair ao ver essa cena horrível, e sair correndo. Felizmente, a vi a alguns metros de distância. Peguei-a e saí correndo, enquanto gaguejava, "Eu vou embora agora."

Com passos rápidos, subi as escadas e cheguei ao meu quarto. Mamãe olhou para cima de sua bolsa e disse: "Você encontrou?"

Eu assenti. Apesar de estar abalada, acrescentei: "Devo ter deixado cair enquanto estávamos passeando."

"Eu te disse." Ela se virou para a bolsa e começou a arrumar as roupas. O pênis do cara do quarto vazio apareceu diante dos meus olhos. Estremeci. Oh Deus. Esta foi a primeira vez que eu vi um pênis e era tão grande assim? Quão grande era aquilo? Isso me fez tremer. Como aquela garota não tinha desmoronado? Quero dizer, a coisa era gigantesca. Gemei. Não, não. Eu não gostei disso.

"Você está bem?"

Olhei para Mamãe, meu rosto contorcido de nojo por causa do quanto meu estômago revirava. Eu poderia vomitar aqui.

Mamãe se aproximou. "Rina."

Suspirei. "Estou bem, Mamãe. Só que..." Fechei os olhos com força. Argh.

"Não, você não está. O que houve?"

Deveria contar a ela? Mamãe era bastante reservada sobre esse tipo de assunto, assim como eu. Mas eu tinha que contar. Não podia guardar isso. Além disso, me perguntava quem em sã consciência estaria dormindo com alguém enquanto todos os outros estavam trabalhando.

"Eu vi um cara... e uma garota lá embaixo. Eles estavam... fazendo isso." Cobri meu rosto com as mãos, a vergonha subindo até o rosto.

"O quê? Onde?"

"Lá embaixo, Mamãe. Perto da cozinha. Havia uma sala de jantar ao lado e eu fui lá por causa de um som estranho vindo de lá. Pensei que alguém estivesse machucado."

"Uma sala perto da cozinha?" Mamãe disse, então seus olhos castanhos se arregalaram. "La Stanza Nera. Aquela é La Stanza Nera, Rina!"

Eu engasguei. "O quê? Eu não..."

"Fomos avisados para não entrar naquela sala. O que aconteceu com seus ouvidos?"

Tentei falar, mas as palavras ficaram presas na minha garganta. La Stanza Nera? Como eu não sabia disso? Mia—

A porta se abriu, engolindo o restante dos meus pensamentos. Na porta estava uma mulher elegantemente vestida, a pura definição de beleza. A Luna. Alvina Moreno. Mamãe fez uma reverência, e eu também.

"Buon giorno," dissemos em coro.

"O que você viu?" Lentamente, levantei meu olhar para encontrar os olhos azuis vidrados da Luna—meu coração tendo uma luta de boxe com meu peito.

"Eu..." Oh, Senhor. Será que este dia poderia piorar? "Eu..."

O olhar afiado da Luna me fez calar a boca e reorganizar meus pensamentos.

Olhando para meus pés de meias, eu disse: "Eu vi um cara e uma garota nus... na La Stanza Nera." Eu não sabia por que acrescentei a última parte. Foi um erro grave que me colocaria em apuros, sem dúvidas. Oh, como eu estraguei tudo. Como coloquei Mamãe e eu em apuros?

"Um cara nu, você diz," suspirou a Luna. "Descreva-o."

O quê? Virei a cabeça para ela. Sua expressão impassível me apertou ainda mais. Franzi os lábios. "Uhm... ele, uh. Ele tem cabelo escuro. Musculoso, uhm... tem uma, uh, tatuagem de lobo no braço."

A Luna murmurou algo que eu não consegui ouvir bem.

"Vincenzo!" ela gritou. "Vincenzo Gaspare Moreno!"

Num piscar de olhos, uma figura apareceu na porta. Era o cara. Desta vez ele estava de calça, embora estivesse sem camisa, seus abdominais exibidos à perfeição. Meu coração subiu à boca, meus olhos piscando freneticamente.

"Stai cercando di uccidermi? É isso?" a Luna latiu. Eu estremeci como resultado. "Quantas vezes eu tenho que martelar nesses seus ouvidos grandes que isto é uma casa. Uma casa, Vincenzo, não um bordel."

Após sua última declaração, Vincenzo olhou para mim. Não, a expressão correta seria me encarou. Seus olhos me perfuraram, o ódio neles muito visível.

"Olhe para mim, e não para a empregada!" a Luna disparou. "De todos os lugares que você acha que poderia ter seu encontro, foi na minha sala de jantar. Como ousa?"

Vincenzo cerrou o maxilar, seu olhar ardente combinando com o da Luna.

"Você deveria se considerar sortudo por seu pai não estar por perto. Ele definitivamente não lidaria com isso de forma leve como eu estou agora." A Luna então se aproximou dele. Ela era muito mais alta do que Mamãe e eu, e era de longe mais alta do que o considerado médio para mulheres. No entanto, de pé, cara a cara com esse cara, ela parecia uma anã.

"Esta deve ser a última vez que você traz qualquer uma dessas vadias aqui novamente. A última vez, Vincenzo." Ela apontou seu dedo polido para ele e saiu pisando forte.

Vincenzo permaneceu na sala. Seus olhos estavam tão ardentes que eu podia literalmente sentir o calor emanando deles. Engoli em seco, esperando que o chão se abrisse e me engolisse.

Então, ele me olhou de cima a baixo, com o mesmo brilho de desgosto que Mia me ofereceu mais cedo. Exceto que desta vez, a intensidade era para os céus. Depois de destruir minha autoestima, ele saiu, batendo a porta atrás de si.

Eu me sobressaltei, abrindo os olhos lentamente novamente.

"Você vê agora, Rina? O que te levou à La Stanza Nera em primeiro lugar!" Mamãe disse, com um tom de pânico.

Eu não prestei muita atenção nela. Meu cérebro estava correndo, processando tudo isso de uma vez—principalmente o fato assustador de que o cara que eu delatei, o cara que eu vi nu era o filho do Alfa.

La merda. Deusa tenha misericórdia.

N/A: Rina com certeza tem algo vindo em seu caminho kkk.

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