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Capítulo Seis

Kara acordou com um sorriso no rosto, sentindo como se tivesse dormido em uma nuvem macia. Os sons do rancho entravam pela janela e despertavam uma sensação calorosa dentro dela.

Ela estava tão animada! Trabalhar neste rancho seria absolutamente incrível. Ela mal podia esperar para ver um cavalo de perto e talvez acariciá-lo, se ele não fosse comer seu cabelo. Ela tinha visto cavalos comerem o cabelo de mulheres na TV e isso não parecia particularmente emocionante.

Deixando seus pensamentos de lado, Kara saiu da cama apressada e rapidamente abriu as cortinas. A luz do sol inundou o quarto imediatamente e seu sorriso cresceu.

Ela realmente tinha um lugar lindo para morar! Todo para ela.

A terra do lado de fora da janela era verde e um belo caminho pavimentado que ela podia ver levava a um jardim de flores ainda mais bonito.

Mais adiante, a terra se estendia em uma vasta extensão de verde. Subidas e descidas de terreno ondulado, mas com muito terreno relativamente plano.

Ah, ela ia explorar isso mais tarde. Além disso, ela precisava aprender rapidamente o terreno, caso um dia precisasse se esconder ou fugir rapidamente. Embora ela realmente esperasse que isso nunca acontecesse.

Ainda sorrindo, ela correu para o banheiro e tomou um banho rápido.

Foi só quando ela foi procurar seu outro par de jeans na mochila que viu o dinheiro e lembrou de sua existência.

A visão de todo aquele dinheiro a atingiu novamente, pois ela havia esquecido dele e ficou olhando para a bolsa. Bem, ela tinha todo esse dinheiro... e apenas algumas peças de roupa. Sem produtos de higiene pessoal. Sem instrumentos de pintura.

Kara franziu os lábios enquanto decidia. Era hora de fazer compras.

Com um aceno de cabeça, ela se vestiu rapidamente, calçou suas botas e saiu em busca de Celeste.

Ela encontrou a porta da cozinha bem aberta e ouviu um alegre assobio vindo de dentro.

Celeste estava separando roupas de diferentes cores em cestos separados. Vendo uma oportunidade para começar suas tarefas, Kara se apressou.

"Bom dia, Celeste," disse ela com um sorriso, enquanto gentilmente pegava os cestos dela e continuava com a tarefa.

"Karen!" Celeste sorriu. "Bonjour, você dormiu bem?"

"Como um bebê, muito obrigada."

Celeste sorriu, parecendo linda com seu cabelo loiro grosso preso em uma trança francesa, seus olhos cinzentos brilhando na luz do sol da manhã.

"Isso é perfeito." Ela ajudou Kara a separar rapidamente as poucas roupas restantes.

"Venha. Vou te mostrar a lavanderia e tudo mais," disse ela. Kara sorriu enquanto pegava um cesto para segui-la, adorando como ela pronunciava 'laundry' como 'la-oon-drey'. Era tão sexy, pensou.

"Não temos muito o que fazer hoje, então quero que terminemos logo para podermos ir..." virando-se para andar de costas, Celeste fez uma pequena dança com os ombros. "Compras!" ela cantou.

Kara riu. "Oh, isso seria adorável. Eu preciso de algumas coisas."

Celeste assentiu. "Mal posso esperar. Não tenho ninguém para ir às compras aqui. Todo mundo está muito ocupado," ela fez um beicinho adorável. "Você vai ser minha companheira de compras, como se diz... buddy! Sim, minha companheira de compras."

Kara sorriu com um aceno de cabeça. "Eu ficaria encantada."

Três horas depois, elas terminaram as poucas tarefas domésticas e se prepararam para sair. Kara olhou para Celeste com inquietação antes de voltar para sua cabana.

"Uhm... Celeste. Eu não quero ser um incômodo..."

"Claro que não!" Celeste interrompeu com uma carranca. "O que você precisa, minha querida?"

Kara puxou os dedos. "Apenas uma bolsa, se você tiver uma extra. Eu tenho algum dinheiro, mas não tenho onde..."

"Não diga mais nada, ma Cherie," declarou Celeste com um sorriso orgulhoso enquanto produzia uma grande variedade de bolsas estilosas para Kara escolher.

Kara olhou antes de escolher uma bolsa de couro preta chique que parecia combinar com suas botas. Ela nunca tinha visto tantas bolsas juntas antes. Nem mesmo no lixão, quando as outras meninas decidiam fazer uma maratona de roubos e voltavam à noite com montes de bolsas roubadas.

Kara e Celeste guardaram o resto das bolsas no closet de bolsas dela. Um closet inteiro. Só para bolsas! Kara ficou impressionada.

Ela correu de volta para sua cabana e colocou uma pilha organizada de notas de cem em sua bolsa, uma quantia bem acima de mil Francos. Quem sabia quanto ela precisaria gastar?

Cinco minutos depois, as mulheres estavam no banco de trás de um potente Ford, sendo levadas ao seu destino.


"O que vocês querem, crianças?" Raphaël perguntou enquanto dirigia em direção ao shopping.

"Açúcar!" Zavier gritou do banco de trás, fazendo Isabelle estremecer enquanto olhava para o cabelo castanho dele.

Sem notar a expressão da mãe, Zavier se virou para Rayan com um sinal de positivo animado. Rayan sorriu de volta, divertido.

"Açúcar não é bom para você, Zavier," ela disse, inclinando o queixo dele para olhar para ela. "Nem para você, Rayan. Seu pai tem o dentista na discagem rápida, lembrem-se disso," ela avisou, sorrindo quando os dois meninos se encolheram.

Lucas zombou de onde estava reclinado no banco do passageiro da frente.

"Você alimenta essas crianças com nada além de biscoitos de chocolate por quatro anos seguidos, depois reclama quando elas ficam com a boca cheia de dentes doces. É o monstro que você criou, lide com isso," ele afirmou de olhos fechados.

Zavier se sentiu particularmente orgulhoso da parte do 'monstro' e deu um rugido alto para apoiar.

Isabelle franziu a testa antes de levantar um dedo para o filho.

"Calma, Simba," ela disse, antes de encarar a parte de trás da cabeça de Luc.

"O que foi isso, Luca-Luca?"

Lucas inclinou a cabeça, estalando as articulações do pescoço com sons altos de 'pop' antes de olhar para Raphaël.

"Por que você me fez vir junto?" ele questionou acusadoramente. Raphaël revirou os olhos para ele.

"Você preferiria ter ficado para ser usado como um parque de diversões para Luna e Liana brincarem?" ele retrucou.

Luc deu de ombros. "Talvez. Elas são tão lindas, essas suas crianças."

Raphaël sorriu orgulhoso.

"Além disso," Luc continuou. "Qualquer coisa é melhor do que a Tagarela Velha ali atrás."

Isabelle deu um tapa rápido na parte de trás da cabeça dele.

"O quê...!" Luc gaguejou.

Raphaël gemeu. "Sem violência na frente das minhas crianças. Rayan," ele disse rapidamente antes que Isabelle pudesse matar Lucas. "O que você quer comprar?"

Raphaël olhou para seu sobrinho quieto pelo retrovisor.

"Uhm..." Rayan começou, empurrando seu cabelo castanho encaracolado para trás com uma mão. "Uma pizza?" ele perguntou.

Raphaël assentiu. "Perfeito, vamos comprar pizza para vocês."

Logo eles estavam entrando no shopping, Zavier pulando de excitação no assento. Isabelle segurou a mãozinha dele no momento em que saíram do carro, confiando que Rayan se comportaria enquanto caminhava calmamente ao lado dela. O sobrinho de seu marido tinha apenas onze anos, mas ela podia ver uma maturidade precoce em seus olhos azuis profundos. Sempre esteve lá desde que ela e Raphaël o adotaram cinco anos atrás. Sabendo do lugar doloroso de onde essa maturidade vinha, Isabelle passou um braço ao redor dele para um abraço rápido e aleatório. Como ela amava essa criança. Ele sorriu de volta para ela enquanto caminhavam.

"Mamãe!" ela ouviu a vozinha de Zavier um segundo antes de alguém colidir com ela.

Isabelle se afastou de Rayan para segurar a garota que havia esbarrado nela enquanto caía no chão.

"Desculpe," a garota disse, apressadamente pegando as duas bolsas que havia deixado cair. Isabelle a ajudou.

"Oh, não, a culpa é minha. Você está bem?" ela perguntou enquanto a garota sorria e assentia, seus lindos olhos verdes brilhando.

"Oh, Karen, eu estava apenas..." uma nova voz disse de repente. "Isabelle?"

Isabelle ofegou quando Celeste apareceu diante dela. "Celeste!" ela exclamou, feliz, puxando sua amiga para um abraço. Celeste cumprimentou seus dois adoráveis afilhados e rapidamente apresentou Karen.

"Isabelle, conheça Karen. Ela é nova aqui e está ficando conosco no rancho," ela disse. Isabelle sorriu. "É ótimo te conhecer, Karen."

Kara sorriu, suas bochechas corando um pouco. Deus, aquele nome falso estava realmente pegando. "É um prazer..." ela parou, seus olhos olhando além de Isabelle para ver uma cabeça de cabelo loiro sujo, um rosto barbudo e uma carranca. Ela empalideceu.

Oh merda.

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