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Capítulo 3

Chrissy

20:15

O som da campainha ecoa pela casa, e eu desço apressadamente para atender. Sei que é o Max; ele mencionou que passaria por aqui. Quando abro a porta, vejo suas costas. Ele está absorto em uma ligação, alheio à minha presença. A frustração cresce dentro de mim. Ele não pode dedicar alguns momentos para nós? Finalmente, ele termina a ligação e entra, fechando a porta atrás de si. Quando ele me agarra pela cintura, sinto seu desejo pressionado contra minha bochecha, e não posso negar a intensa excitação que isso desperta em mim.

"Sua mãe está em casa?" ele pergunta, seus lábios beijando febrilmente meu pescoço.

"Não, ela só volta por volta das 9," consigo gemer entre os beijos, sentindo-me perdida na paixão. Mas, no meio de tudo isso, percebo que precisamos falar sobre o estado do nosso relacionamento, tudo o que ficou por dizer.

"Caramba, Max, precisamos conversar," eu suspiro.

"Mmm," ele continua a beijar meu pescoço, suas mãos explorando ansiosamente por baixo do tecido da minha blusa, acariciando meus seios. Ele leva um deles à boca, e não consigo resistir ao prazer que percorre meu corpo. Seu toque se intensifica, percorrendo meu corpo, pressionando-me contra a parede, alinhando-se com sua ereção inegável. Sei que ele quer mais do que apenas preliminares, mas não estou pronta para isso. Deveríamos ter uma conversa séria, mas ele sempre me cala com um beijo. Isso é suficiente?

Ele me levanta pelos quadris e me coloca gentilmente no sofá, seus lábios traçando um caminho do meu torso até a cintura, demorando-se na minha calcinha rosa. Ele tenta removê-la, mas eu o puxo para um beijo. Admito que estou molhada, mas não deixarei que avancemos além da exploração lúdica.

"Deixe-me te foder, amor... Não posso esperar mais," ele sussurra, seu hálito quente contra minha pele, retomando seus beijos apaixonados. Eu o empurro gentilmente, e ele me olha com confusão nos olhos. "Por quê? Você não gosta?!" ele pergunta, aparentemente sincero, mas seus dedos continuam a esfregar meu clitóris, me deixando sem palavras. Eu nem sei mais como pará-lo; estou completamente consumida pelo momento. Ele me acaricia com os dedos, e já estou no auge, e logo nossos lábios se encontram famintos.

Quando ele se afasta, pretendendo se livrar das roupas, eu paro. Quando ele vem me beijar novamente, eu fico firme, determinada a abordar a questão urgente.

Ele se endireita, sentando-se ao meu lado, seu olhar fixo em mim com uma mistura de frustração e irritação. Ele parece zangado.

"Você tem um problema comigo ou com o que estou fazendo?" ele pergunta, sua voz tensa.

"Não, não é isso. É sobre nós, nosso relacionamento," eu respondo, procurando as palavras certas. "Max, você não entende? Eu pensei que você queria isso tanto quanto eu."

"O que você quer dizer? Chrissy, você está brincando comigo agora? Eu pensei que você também desejava isso," ele responde, sua voz aumentando.

"Sim, eu quero isso, mas não assim. Você está fazendo tudo certo fisicamente, mas emocionalmente, você mal tem tempo para mim. Sempre que tento falar, você me cala com um beijo ou algo assim. Você nem explicou por que não pôde vir ontem. Eu não deveria pelo menos saber?" eu o questiono, o desespero se infiltrando nas minhas palavras. Ele desvia o olhar, passando a mão pelos cabelos de forma brusca.

"Eu estava ocupado, só isso," ele finalmente admite, se agachando ao meu nível e segurando minhas mãos. "Desculpe, Chrissy. Vou compensar quando conseguir controlar minha agenda."

Suas palavras pesam sobre mim. Sei que ele está lidando com os negócios do pai, atividades escolares e inúmeras outras responsabilidades, mas não consigo afastar a sensação de vazio, como se eu nem tivesse um namorado.

"Você já disse isso cem vezes, Max! Não quero parecer que estou reclamando, mas você sabe que não está sendo justo comigo," eu expresso, minha voz cheia de uma mistura de frustração e tristeza.

"Desculpe, amor. Vou resolver tudo para que possamos fazer o que você quiser. Eu sinto sua falta, e..." ele para, seus lábios capturando os meus.

"Max, minha mãe—" eu começo, mas ele me interrompe.

"Eu sei. Só isso..." ele murmura, selando minhas palavras com outro beijo. Suas mãos continuam a explorar por baixo da minha blusa, seu toque me causando arrepios. Seu telefone toca de repente, e ele se desculpa para atender. Quando volta, sua expressão é de decepção. Eu sei o que isso significa; ele vai embora de novo, como sempre.

"Eu tenho que—" ele começa, mas eu o interrompo.

"Não se preocupe. É a porta. Apenas feche-a ao sair," eu digo, minha voz tingida de resignação, enquanto me dirijo para as escadas.

"Chriss! Amor, eu prometo—" ele implora.

"Não se preocupe, Max. Já estou acostumada," digo a ele, minhas palavras carregando um toque de amargura. E com isso, ouço a porta bater. Ele se foi.

Sozinha, estou cheia de incertezas. Não sei o que fazer, e não consigo determinar de quem é a culpa. Sou eu ou ele? Parece que ambos estamos fingindo querer esse relacionamento, ou talvez seja só eu fingindo. Eu me importo com ele, mas meus pensamentos frequentemente se voltam para Dayle. Me pego desejando que fosse Dayle no lugar de Max.

Deito de costas, meu olhar fixo no teto, relembrando os eventos de hoje. Chegaram rumores de que Dayle e Lauren estão juntos agora. Mal começou o semestre, e ele já seguiu em frente de Trisha, Doreen, Stacy e até a mais recente, Molly.

Por que anseio por alguém que troca de namorada tão frequentemente quanto troca de roupas e sapatos? Assim como seu guarda-roupa, ele troca de namoradas, e a escola está destinada a testemunhar as consequências desse carrossel bizarro.

Meu telefone toca, interrompendo meus pensamentos. Pego-o apressadamente, atendendo a chamada sem olhar para a tela.

"Chriss!"

"Ken Salazar!" eu provoco friamente.

"Sim, Horton! Ele veio?"

"Você quer dizer o cara que mente e faz promessas vazias? Ou o que finge se importar só porque é amigo do ocupado?" eu retruco, minha frustração evidente.

"Você acabou de desabafar comigo?" Ken responde, surpreso.

"Sim, desabafei. Não é a Ellen, né?"

"Não, querida, não é a Ellen. O que quer que tenha acontecido, não é minha culpa. Vou falar com ele—" ele começa.

"Por quê?" eu interrompo, minha voz tingida de exaustão.

"Porque você é minha amiga, e eu não quero te ver machucada," ele responde sinceramente.

"Por que você sempre tem que falar com ele? Se ele realmente se importa como diz, por que continua indo e vindo? Isso faz algum sentido? Estou cansada de como Max me trata. Ele até..." Minha voz se perde.

"Pegue leve consigo mesma, querida. Ele não vai escapar dessa, eu prometo. Tenho que ir agora. Meu pai precisa de mim, ok?"

"Por que não!" Desligo, jogando meu telefone de lado. Achei que Ken entendia o que eu estava passando, mas ele também se foi, e não é culpa dele.

Será que minha mãe vai voltar de onde quer que tenha ido? Droga, nem são nove ainda.

Eu o vejo novamente, Dayle. Ele está conversando com Lauren no corredor, seu sorriso radiante. Não consigo evitar desejar que fosse eu. Ele coloca a mão na cabeça dela e se inclina para beijar sua testa. Enquanto isso, estou a poucos metros de distância, fingindo pegar livros do meu armário. Roubo olhares para ele, e ele percebe, suas sobrancelhas se franzem antes de desviar rapidamente o olhar. Espero que ele não se aproxime de mim. Por que sou tão teimosa, ignorando seu aviso para não cruzar nossos caminhos? Oh, Deus!

"Ei, Chriss?!" A voz de Ellen rompe meus pensamentos, me trazendo de volta à realidade.

Eu me viro para encará-la. Nossos armários são adjacentes, e Ken está absorto em uma ligação, tão ocupado quanto Max. Meu erro, Ken não tem nada a ver com Max nesse aspecto.

"Ellen! O que houve?" eu respondo, tentando soar casual.

"Ouvi o que aconteceu com você ontem à noite. Ken me contou," ela diz, preocupação estampada em seu rosto.

"Claro que ele contou!" eu retruco, meu tom frio. Ajusto minha blusa vermelha e prendo meu cabelo atrás da orelha, depois tranco meu armário. Dayle e Lauren passam por nós, trocando olhares amigáveis com Ken. O código dos populares, como sempre.

"Não vamos falar sobre isso," murmuro, minha voz tingida de cansaço.

"Por que você continua olhando para aquele cara? Ele não é páreo para o Max," Ellen questiona, curiosidade evidente em seus olhos.

"Eu nunca disse que era. Max é um amor, ao contrário de certas pessoas!" eu respondo sarcasticamente.

"Eu sei que você está chateada com o Max, mas ele vai se acertar. Ele está lidando com muita coisa, talvez demais, mas ele realmente se importa com você. Ele só—" ela começa, tentando defendê-lo.

"Sério, você parece entendê-lo melhor. Se quiser, pode namorar com ele!" eu interrompo, minha frustração tomando conta de mim.

Não acredito no que acabei de dizer. Max, aqui e ali. Ellen se afasta, raiva estampada em seu rosto, e minha expressão cai. Ken se aproxima, perguntando sobre Ellen.

"Eu disse a ela que ela poderia namorar com o Max, e ela ficou... brava!" eu confesso, decepção enchendo minha voz.

"Isso é uma piada séria!" Ken exclama, sua descrença evidente.

"Eu não quis dizer isso! Ela estava falando demais, como se conhecesse o Max melhor do que eu!"

"Bem, acho que ela gosta do Max tanto quanto você," Ken comenta casualmente.

"O quê?!"

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