Capítulo Quatro - Vê-la sob uma luz diferente.
Wyatt
Alyssa me encara com os olhos arregalados e está atordoada. Acabei de informá-la que haverá quatrocentos convidados e cobertura da mídia. Além disso, não será em um hotel, mas em um dos resorts mais caros da Califórnia, que estará fechado ao público para o casamento. É meu primo que vai se casar. Ele está na lista dos cinco mais ricos com menos de trinta anos em todo os Estados Unidos por causa do seu negócio de tecnologia e sua futura esposa é uma das maiores modelos de moda do mundo atualmente. É um grande evento. Eu acho que ele é um idiota por se casar aos vinte e três anos, mas quem sou eu para julgar? Ele está apaixonado.
Ela salta de pé e começa a andar pela sala de estar, "Não, eu não posso. É muita pressão. Você precisa encontrar outra pessoa." Ela entra em pânico.
"Você já concordou. Não vai desistir de mim agora." Eu afirmo firmemente.
"Sim, porque você ameaçou meu maldito emprego." Ela retruca.
Eu dou de ombros, "Você poderia ter pedido demissão."
Ela para, coloca as mãos nos quadris e me encara, "Nem todos nós temos o luxo de ser bilionários, Wyatt."
Eu me levanto e caminho em direção a ela, ficando a poucos centímetros de distância, "Você está agindo como uma mimada." Eu rosno.
"Mimada? Sério? Eu não sou uma maldita criança. Acho que estou sendo razoável, considerando que você está me chantageando." Ela grita.
Deus, eu adoraria tirar essa atitude dela na cama. Eu sei muito bem como lidar com mimadas como ela, mas ela não é minha, então não posso. E também não quero que ela seja minha.
"Você está agindo como se eu estivesse pedindo para você fazer algo terrível."
"Estou sendo forçada. Você espera que eu fique feliz com isso?" ela resmunga.
"Sim. Você vai passar o fim de semana em um lindo spa e resort com comida incrível e vinho caro e assistir duas pessoas que se amam se casarem. Você vai passar duas noites em um quarto deslumbrante e não vai custar um centavo. Em troca, você só precisa sorrir e fingir que gosta de mim. Muitas mulheres ficariam gratas."
Você pensaria que eu estava pedindo para ela ir para um lugar horrível comigo. Estou oferecendo a ela um fim de semana que ela só poderia imaginar ter.
"Sim, fingir que gosto de você vai ser a parte mais difícil."
A resposta dela é curta e é difícil para mim não retrucar. Eu respiro fundo algumas vezes para poder responder calmamente.
"Confie em mim, você poderia passar o fim de semana com alguém pior do que eu. Você não precisa gostar de mim; apenas faça parecer que gosta."
"Tanto faz. É só isso? Se for, você pode ir agora. Eu tenho planos para a noite."
Acho que ela já teve o suficiente de mim por um dia.
"Você não pode falar comigo assim." Eu sibilo, cerrando os punhos.
As palavras não deveriam ter saído, mas saíram.
"Eu posso falar com você como eu quiser. Você está na minha casa. Eu não estou no trabalho. Você está interrompendo meu tempo pessoal, Wyatt. Você pode mandar em mim no trabalho, mas não aqui. Está na hora de você ir embora."
Ela se endireita, confiante, e fala cada palavra com um tom severo.
Eu me aproximo e acaricio o rosto dela com a ponta do meu polegar. Ela engole em seco, e sua bochecha fica vermelha sob meu toque.
"Se eu realmente quisesse, gatinha, eu poderia mandar em você em mais lugares além do trabalho." Eu murmuro, pressionando meu corpo contra o dela de propósito.
Ela geme suavemente, "O-o-o que isso significa?"
Eu rio alto, "Ah, você adoraria saber."
Eu poderia tê-la de joelhos, implorando por mim, se fosse isso que eu quisesse. Ela não tem ideia das coisas que eu poderia fazer ela fazer. Estou confuso sobre de onde vêm todos esses pensamentos. Nunca a vi sob essa luz. Por outro lado, nunca vi os lados dela que ela me mostrou hoje, e sua atitude e a maneira como ela está se impondo contra mim são as razões pelas quais estou vendo-a de forma diferente. Talvez isso esteja me excitando.
Estou tentado a fechar qualquer espaço entre nós e beijá-la, mas não vou, não esta noite. Se eu fizesse isso, ela seria massa nas minhas mãos e esqueceria tudo o que me disse esta noite.
Eu sorrio e retiro minha mão, "Vejo você de manhã, Alyssa. Não se atrase." Eu aviso.
Ela fica lá, me encarando, muito perplexa para falar. Eu dou uma risada e saio, deixando o apartamento dela. Eu estava temendo este fim de semana, mas agora não estou. Posso garantir que será divertido para nós dois. Talvez eu também a torture por diversão. Não gosto quando as pessoas não me ouvem ou discutem comigo. Vou chamar isso de vingança. Espero que Alyssa não estrague tudo. Preciso que todos saiam do meu pé, mesmo que por um curto período.
Se dependesse da minha família, eu já estaria casado e com uma família agora. Tenho apenas trinta e três anos e ainda tenho tempo. Não estou com pressa. Nem sei se é algo que eu quero. Precisaria ser uma mulher especial para me fazer casar com ela. Uma que aceite todas as partes da minha vida. Não vai funcionar se ela não aceitar.
Entro no meu carro e dirijo para casa. Não tenho planos para esta noite, mas tenho muito trabalho. Costumo trabalhar aos sábados na maioria das semanas, mas como estarei fora neste fim de semana, quero garantir que tudo esteja em dia antes de sair, ou ficarei estressado. Sou um perfeccionista em mais de uma maneira; tudo precisa ser feito corretamente.
Vou ficar acordado até altas horas da madrugada. Não costumo dormir bem. Tem sido assim desde que me lembro. Estou bem, desde que consiga algumas horas de sono. Amanhã será um dia longo entre o trabalho e as compras de um vestido com Alyssa. Algo me diz que ela não vai facilitar minha vida, e provavelmente com razão. Ela vai perdoar e esquecer uma vez que estivermos lá.