




Capítulo 1
"Elizabeth Percy, não se iluda. Eu nunca vou te amar!"
O homem agarrou seu pescoço, prendendo-a no sofá, com o rosto torcido de desgosto. "Estou farto de você. Comporte-se. Em seis meses, vamos nos divorciar!"
"Eu não empurrei Esme Russel. Ela caiu na piscina sozinha!" Elizabeth disse fracamente.
Ela estava encharcada, seu corpo frágil tremendo, ainda aterrorizada por quase ter se afogado.
"Pare de mentir. Você é amiga da Esme há anos. Sabe que ela tem medo de água!" Seu aperto se intensificou.
Só porque ela e Esme eram amigas há anos, ele imediatamente a culpou.
Uma lágrima escorreu pela bochecha de Elizabeth.
Era difícil acreditar que o homem que a repreendia por causa de outra mulher era seu marido!
Ela amava Alexander Tudor há quatro anos e estava casada com ele há três.
Três anos atrás, quando descobriu que poderia se casar com Alexander, ela estava nas nuvens.
Mas depois de se casar com ele, descobriu que era a mãe dele, Elara Tudor, que não deixava sua amada Esme se casar com ele. Ela era apenas uma ferramenta!
Quando Esme caiu na piscina, todos correram para salvá-la, cercando-a de preocupação.
Mas quando Elizabeth caiu na piscina, ninguém se importou. Ela quase morreu naquela água gelada.
Ele lembrava que Esme tinha medo de água, mas esqueceu que ela também tinha medo de água.
Quando Elizabeth percebeu que seu casamento cuidadosamente mantido era apenas uma casca vazia, não pôde deixar de rir.
Vendo-a sentada no sofá com um sorriso frio, os olhos de Alexander ficaram ainda mais frios.
"Mulher louca!"
Sim, ela era louca.
Para se casar com Alexander, ela desafiou seu pai repetidamente, virando a família Percy de cabeça para baixo. Ela até cortou os laços com eles, fazendo seu pai, Declan, adoecer e acabar no hospital.
Declan a havia avisado: "Casar-se com um homem que não te ama só vai te trazer dor. Você não vai vencer."
Mas ela tolamente acreditou que, enquanto Alexander estivesse disposto a se casar com ela, seria o maior reconhecimento dela. Ela também acreditava que seu amor tocaria Alexander.
Ela jurou a Declan que estava confiante nesse casamento e que não perderia, mas estava errada.
Se ela ganhava ou perdia nunca dependia dela. Dependia de Alexander.
Nesse momento, o telefone de Alexander tocou. Vendo o identificador de chamadas, a raiva em seu rosto desapareceu.
Na sala de estar silenciosa, Elizabeth ouviu vagamente a voz doce de uma mulher do outro lado da linha.
Ele pegou seu paletó, seu tom gentil, "Não se preocupe, estarei aí em breve."
Ele desligou o telefone, lançou um olhar feroz para Elizabeth e saiu.
"Alexander."
A voz de Elizabeth estava rouca, tentando fazê-lo ficar, "Eu também tenho medo de água."
Alexander nem sequer hesitou, achando suas palavras ridículas.
Esme tinha pavor de água porque quase se afogou ao salvá-lo quando ele foi sequestrado.
'Elizabeth tem um certificado de mergulho, mas diz que tem medo de água?'
'Ela acha que mentir vai me fazer amá-la?'
'Ela está delirando!' Alexander pensou.
Elizabeth o observou abrir a porta, lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela estava de coração partido, percebendo que ele nunca a havia escolhido de verdade em todos esses anos.
Com os olhos vermelhos, ela perguntou: "Nesses sete anos, você já me amou, nem que seja um pouco?"
Ele finalmente se virou, zombando: "Você acha que tem o direito de falar sobre amor comigo? Elizabeth, guarde sua piedade barata. Isso me enoja!"
Seus olhos estavam cheios de raiva.
Ela sabia que ele tinha outra pessoa que queria se casar, mas ainda assim tramou para se casar com ele. Era essa a ideia de amor de Elizabeth?
O coração de Elizabeth doía. Ela fechou os olhos, lágrimas escorrendo lentamente.
Ela não conseguiu conquistar nem um pouco da confiança de Alexander em sete anos.
Em vez de continuar se atormentando, era melhor acabar com isso agora.
Ela não queria mais ficar em um casamento que o enojava.
Elizabeth enxugou as lágrimas, olhou para ele e disse: "Alexander, vamos nos divorciar."
Alexander parou no meio do caminho. Ele se virou para ela, olhos arregalados de surpresa.
Ele não podia acreditar que Elizabeth acabara de dizer isso. Por três anos, ela desempenhou o papel de esposa perfeita.
Não importava o quão duro ele fosse, ela nunca mencionou divórcio.
O que era isso?
A garganta de Alexander apertou, suas sobrancelhas franziram. "Elizabeth, pare com isso. Vá ao hospital e peça desculpas a Esme!"
Elizabeth mordeu o lábio, sentindo-se completamente entorpecida.
Ela reuniu suas forças e, pela primeira vez, retrucou: "Eu disse divórcio. Você não entende?"
Alexander ficou atordoado com seu surto, seus olhos escurecendo.
Ela estava ao lado do sofá, perto, mas sentindo-se a quilômetros de distância.
Ele não olhava cuidadosamente para Elizabeth há muito tempo.
Ela havia perdido peso, não era mais a mulher vibrante que era antes do casamento. Agora, ela parecia desbotada.
Era maio, e Lisboa ainda não havia esquentado completamente. Elizabeth havia caído na piscina, encharcada em água fria, agora tremendo e parecendo miserável.
Ele deveria estar feliz que Elizabeth queria o divórcio, certo? Mas olhando para o rosto dela, ele sentia como se não pudesse respirar.
"Você tem certeza disso?" Alexander perguntou, olhando para Elizabeth. Ela parecia uma estranha para ele agora.
Ela havia tramado para conseguir esse casamento. Ela estava realmente pronta para deixá-lo ir?
Alexander, todo elegante, parecia alto e bonito. Aquele rosto dele era o que Elizabeth não podia resistir. Ela suportou seus olhares frios e a presença de Esme apenas para manter esse casamento.
Ela pensou que tinha feito tudo o que podia por esse casamento. Mas é preciso dois para dançar. Ela não queria mais ser uma marionete, nem queria se colocar entre ele e a mulher que ele realmente amava.
"Eu pensei bem," Elizabeth disse, acenando com um sorriso caloroso.
A sobrancelha de Alexander se contraiu, e ele apertou o paletó com mais força. Aquele sentimento estranho e irritante estava de volta.
"Eu te amei por sete anos, Alexander. Eu perdi." Elizabeth forçou um sorriso gentil, mesmo que doesse.
Ela havia perdido. Alexander nunca a amou desde o início. Ela não queria admitir isso antes, mas agora tinha que admitir.
Alexander ouviu, sentindo-se especialmente irritado.
"Faça o que quiser."
Com isso, ele bateu a porta e saiu.
Elizabeth não era estranha a fazer cenas. Se ele a ignorasse por alguns dias, ela agiria como se nada tivesse acontecido.
Ela desabou no sofá, um sorriso amargo no rosto.
"Hora de acordar desse sonho de sete anos," ela pensou.
Ela pegou o telefone e discou um número.