Sequestrado
Nikolai POV
O festival da lua estava a apenas algumas horas de distância. Eu podia sentir meu coração batendo rapidamente no peito. A longa espera pela minha vingança finalmente havia terminado. Repassando o plano mais uma vez na minha cabeça, meus olhos escanearam o mapa mais uma vez para me lembrar de todas as rotas de saída.
Eu me encostei preguiçosamente na van que Drew havia arranjado para nós para o sequestro, aguardando Stephan e os outros. O material da fantasia e da máscara que eu usava era feito de um tecido áspero e eu prometi rasgá-lo da minha pele assim que terminasse. Quando eles chegaram, entramos no carro e logo chegamos à estrada.
Era um ambiente barulhento; diferentes matilhas de todo o mundo se reuniram para celebrar um homem. Era óbvio que eles foram compelidos a estar aqui devido ao terror reinante de Jonas entre os lobisomens. Seu título de alfa mais superior não era em vão. Ninguém ousava desafiá-lo ou desobedecê-lo.
O festival estava prestes a começar em alguns minutos. Eu disse a Drew para mover o carro diretamente para a rota de saída e esperar no carro como minha defesa de backup, ordenando a todos que ligassem seus fones de ouvido de vigilância e ajustassem seus cronômetros para 45 minutos. Caso houvesse um problema, eu daria um sinal de emergência.
Stephan e eu saímos do carro, puxando a máscara sobre nossos rostos e nos dirigindo para a entrada principal. Como era uma grande reunião, certamente haveria hordas de segurança. Felizmente, Stephan já havia feito arranjos com uma matilha vizinha para conseguir nosso passe de entrada. Eu o elogiei pela jogada inteligente, pois também havia pensado nisso.
Quando finalmente entramos, toquei o ombro de Stephan, dando-lhe um sinal. Ele acenou em afirmação e desceu o caminho de degraus para dentro do prédio para obter uma visão mais clara de onde estava o alvo.
Era um grande salão multiuso com dois andares, decorado e projetado como um restaurante cinco estrelas, com luzes baixas e lustres no teto e mesas de tamanho médio por toda parte com três cadeiras ao redor para os convidados. A seção VIP estava um pouco próxima ao pódio e tinha duas cadeiras ao redor de cada mesa.
Depois de um tempo, ele acenou com dois dedos no ar, um sinal de que Jonas e sua família ainda não haviam sido vistos. Ele já havia contado cinco homens que estavam como guardas de segurança de plantão, monitorando todos os movimentos suspeitos perto do pódio. Enquanto me movia diretamente para os assentos próximos ao pódio, sem saber que era para os VIPs, dois seguranças corpulentos se aproximaram de mim.
"Podemos saber quem são seus convidados VIP?" Um perguntou, olhando para mim com desconfiança. "Apenas elites com convites são permitidas a sentar aqui, senhor."
"Oh, eu não sabia," respondi, e voltei direto.
Eles trocaram olhares e vi um dar sinais ao outro para me manter de olho. Dei uma volta como todos os outros, esperando pacientemente pelo início do programa. Depois do que pareceram eternidades, Jonas entrou no salão. Ele usava uma camisa de linho endurecida de cor vermelha com placas de armadura de metal nos ombros e uma couraça de bronze cobrindo o peito até o estômago, com grevas cobrindo as pernas. Ele estava totalmente vestido como um soldado do exército romano, a única coisa que faltava era o capacete.
Ele fingiu surpresa ao ver o grande número de pessoas que apareceram. Bastardo, eu o xinguei em silêncio, rangendo os dentes. Maldito bastardo. Ele sabia o quanto era temido entre as pessoas. Então por que estava agindo como se fossem seus amigos? Meus olhos viajaram para a mulher que estava ao seu lado, vestida com um vestido vermelho muito revelador. Eu fiz um palpite selvagem, presumindo que ela fosse sua esposa.
De onde eu estava, não conseguia ver suas feições claramente para determinar se ela parecia mais jovem ou mais velha. Mas eu não podia me aproximar agora, isso chamaria atenção. Minha raiva cresceu enquanto eu observava Jonas caminhando majestosamente enquanto acenava para a multidão ao subir no pódio.
"Bem-vindos, senhoras e senhores," ele falou bruscamente no microfone. "É uma honra ter esse número de pessoas se juntando a mim na celebração. Como todos vocês devem ter adivinhado, é difícil ganhar e manter minha dominância como o número um do mundo."
Eu ansiava por arrastá-lo do palco e rasgá-lo ao meio. Mas me mantive calmo.
"E minha maior alegria," ele continuou, estendendo a mão para apresentar uma nova figura no palco. "É que minha filha está seguindo meus passos, me sucedendo." Ele sorriu tão amplamente que pensei que seus lábios iriam se rasgar. "Estou tão orgulhoso dela."
Quando ele terminou, uma rodada de aplausos explodiu da multidão. Meus olhos ainda estavam em sua filha. Ela usava uma vestimenta típica das mulheres no antigo reino de Roma, um longo pedaço de tecido preso na cintura com um cinto. Parte do tecido estava dobrada sobre o cinto para parecer que eram duas peças de roupa. O tecido que ela usava estava habilmente drapeado ao redor do corpo e era ligeiramente transparente.
Observando sua constituição e físico, e o longo cabelo preto que caía nas costas, gravei essas informações na memória. Tudo o que eu precisava fazer agora era esperar o momento certo. Eu estava menos preocupado com o discurso de Jonas, sua voz desaparecendo no ar enquanto meus olhos estavam focados no alvo, aguardando pacientemente o momento perfeito para atacar.
"Champanhe, senhor?" Um garçom passou bem na minha frente e sorriu.
Meu lado lobo estava coçando para emergir e estrangular o idiota, mas eu me contive. De qualquer forma, eu não podia me dar ao luxo de perder a calma aqui.
"Vá embora!" rosnei. O garçom, vendo meu humor, se afastou sem perder mais um minuto. Voltei meus olhos para o alvo e descobri que ela havia saído. Amaldiçoando o garçom estúpido que me distraiu, rapidamente aproximei o microfone da boca. "Stephan, você ainda tem os olhos no alv-
"Oi, bonitão," senti alguém passar um dedo sobre meu ombro. Num piscar de olhos, deixei cair o microfone. Virando-me, meus olhos caíram sobre a jovem que estava no pódio com seu pai. Eu a reconheci porque ela era a única usando o tecido transparente com uma máscara no rosto.
Era quase cômico. Estávamos procurando por ela, e aqui estava ela, voando direto para meus braços. Eu entrei no jogo, certificando-me de manter minha voz baixa. "Bonitão? Como você pode dizer isso quando estou usando uma máscara?"
Seus olhos me examinaram e eu pude ver a fome neles. Aproximando-se de mim, ela se pressionou contra mim e deu uma pequena risada. "Seu corpo me diz tudo o que preciso saber." Eu quase estremeci, sentindo o nojo correr por mim.
Ela estava se jogando descaradamente em cima de mim. Isso tornava meu motivo mais forte. Fingi uma risada, me desvencilhando de seu abraço indesejado. "Entendo."
"Você se importa se dançarmos um pouco ou que tal irmos para um lugar... mais tranquilo," ela sugeriu, piscando para mim e fazendo um biquinho. "Será muito mais divertido, eu prometo."
Eu assenti, o tempo todo pensando em como eu iria gostar de fazê-la sofrer. Vadia sem vergonha.
Ela começou a se dirigir para os fundos do salão. "Não estou usando nenhuma roupa íntima," ela sussurrou no que achava ser uma voz sexy, me chamando para segui-la.
"Drew, prepare-se," eu disse. Isso ia acabar logo. Enquanto eu me dirigia na direção dela, uma pequena multidão nos separou. Eu xinguei, com medo de tê-la perdido. Olhei ao redor freneticamente. E então a vi à distância, além dos guardas de segurança.
Eu a vi se dirigir para a sala próxima à rota de saída. Forçando meus olhos, vi um flash de seu cabelo preto passando por uma curva. Eu sabia que ela estava se movendo na direção da nossa rota de saída onde o carro estava estacionado. Sem perder mais tempo, dei um sinal para Stephan seguir, certificando-me de que não estávamos sendo seguidos. A área estava semi-escura, então me transformei em lobo, pronto para atacar. Observei de uma curta distância enquanto ela passava os dedos pelo cabelo e suspirava. O mais silenciosamente possível, me aproximei furtivamente dela.
Um galho se quebrou sob meus pés, fazendo-a pular de surpresa. Seus olhos se arregalaram. Mesmo no escuro, eu podia ver o medo em seus olhos. Quando ela abriu a boca para soltar um grito, eu a agarrei com força, tapando sua boca com a mão. Não muito tempo depois, chegamos ao carro, e eu me transformei de volta em humano, nu. Então, vendamos seus olhos com um pequeno pedaço de pano, seu corpo lutando fazendo contato comigo embaixo. Uma excitação instantânea percorreu meu corpo, endurecendo meu membro, mas ignorei o impulso. Eu queria completar a tarefa.
Fiz um sinal para Stephan jogá-la no carro, enquanto eu observava ela gritar e chorar, lutando para escapar de seu aperto. "Vamos," ordenei a Drew enquanto entrava no carro. A garota ainda estava sentada, tremendo enquanto tentava se libertar.
O som de seus soluços me irritou, então dei um golpe forte em seu rosto para calá-la. Quando ela desmaiou, eu exalei. Isso tinha sido mais fácil do que eu esperava.
Fixando meus olhos na forma agora silenciosa da garota, apertei os punhos, exultante. Agora eu poderia vingar minha Ella ao máximo. Por cada maneira que a fizeram sofrer, eu faria Jonas sofrer. Quando ele visse a dor que eu infligiria à sua filha, então ele sentiria a dor que eu senti. E até lá, eu não pararia. Isso apenas havia começado.