




Capítulo 5 Ainda está tentando correr?
Layla olhou para cima e viu Samuel parado atrás dela, forte e imponente.
Ela ficou atônita. Não esperava que ele interviesse.
Samuel afastou a mão do cara.
"Quem... quem é você para se intrometer?" o garoto ruivo gritou, segurando a mão.
"Ninguém mexe comigo," disse Samuel friamente, com a testa franzida.
"Senhor, ele é o Sr. Holland. Devemos ir."
"Sr. Holland? Desculpe, desculpe..." O garoto ruivo rapidamente se curvou e saiu correndo.
"Owen..."
"Não é da sua conta," Owen retrucou, empurrando a mão de Layla e saindo.
Layla engoliu a amargura, disse: "Obrigada," e foi embora.
"A primeira vez do Sr. Holland jogando de herói, mas o coelhinho não apreciou," Joseph provocou.
Samuel não era de se intrometer. Se ele não quisesse se envolver, não se importaria nem se o coelhinho fosse despido na frente dele.
Então, ele estava interessado nela?
Estranho. Samuel não mexia com mulheres, certo?
Era só um jogo; o herdeiro da família Holland, Samuel, era inteligente demais para se envolver com uma garçonete de bar.
Além disso, ele estava noivo.
Às 3 da manhã, Layla finalmente saiu do bar barulhento.
Dor de cabeça, zumbido nos ouvidos e um coração ainda mais exausto.
Ela e Owen eram meio-irmãos. Owen era mimado pelos pais, sem ambição e sempre causando problemas. O relacionamento deles era péssimo.
Mas esta noite, ele deixou aqueles garotos ricos a assediarem, fazendo Layla se sentir péssima. Não importava o que acontecesse, eles eram família. Pelo menos, ela o considerava seu irmão.
Uma buzina repentina de um Rolls-Royce preto interrompeu seus pensamentos, a janela traseira se abaixou, revelando aquele rosto frio.
"Entre," disse Samuel. Ele não entendia por que estava preocupado que ela pudesse ser intimidada, esperando ali todo esse tempo.
Vendo o coelhinho sair parecendo desanimado, ele não pôde deixar de chamá-la.
É ele de novo, aquele prostituto!
Layla estava de mau humor e não queria lidar com ele.
Ela acelerou o passo, ouviu a porta do carro se abrir atrás dela e começou a correr.
"Entre de boa vontade, ou eu te arrasto para dentro."
Uma mão agarrou sua mochila por trás.
"Me solta," Layla lutou.
"Ainda correndo? Acredite ou não, eu quebro suas pernas?" Samuel a prendeu contra a parede, suas mãos acima da cabeça dela.
As mulheres geralmente corriam para ele. Esta foi a primeira vez que ele correu atrás de uma. Ela havia quebrado muitos dos "primeiros" dele.
Layla, como um pássaro com asas quebradas, só podia torcer o corpo. "Me solta, ou eu chamo a polícia!"
"Vai em frente."
Os olhos de Layla brilharam de raiva. "Você acha que se comportar como um CEO autoritário te faz um? Você é só um prostituto; do que você está se achando?"
Ela ainda pensava que ele era um prostituto. Samuel ficou de repente curioso sobre a reação dela quando descobrisse sua verdadeira identidade. Seria um grande espetáculo.
"Entre no carro; eu tenho algo a dizer."
"Estamos quites agora. Não tenho mais nada a dizer a você."
Samuel não tinha paciência para as palavras dela e a empurrou diretamente para dentro do carro.
"Me solta."
"Socorro—"
"Meu sapato!"
O tênis de lona de Layla já havia sido chutado para fora quando o carro começou a se mover.
O interior super luxuoso do carro, completo com um teto estrelado, tinha um charme romântico que deixou Layla tão maravilhada que ela esqueceu de ficar brava.
Seu olhar arregalado era meio fofo, especialmente porque Samuel não estava acostumado a alguém tão "simples" há anos.
"Se você gostar, eu desmonto e te envio para que você possa admirar em casa."
Layla voltou à realidade, irritada. "Quem se importa? Seu negócio deve estar indo muito bem, né?"
"Dirigindo um carro tão caro, sentando em cabines VIP, bebendo vinho de milhões de dólares. Seus serviços devem custar uma fortuna?"
"Não muito. Só alguns milhões de dólares por minuto, mais ou menos."
"Entre as pessoas que você atende, eu sou a mais pobre? Você não vai conseguir nenhum dinheiro de mim."
"Que tal pagar com seu próprio corpo?" Samuel disse, divertido.
Layla corou e rangeu os dentes. "Eu não vou me vender como você."
"Até mesmo essa linha de trabalho tem seus padrões."
Layla ficou momentaneamente sem palavras.
"Não me deixe te pegar neste bar ou em qualquer outro bar novamente," Samuel avisou.
"O que te dá o direito de interferir comigo?"
Só porque ele é Samuel!
"Se você ousar ir a um bar novamente, eu vou notificar sua escola. Duvido que sua escola prestigiada daria uma bolsa de estudos a uma estudante que trabalha em um bar."
"Você nem sabe em qual escola eu estudo! Você está me perseguindo?" Layla estava ficando ansiosa.
"Você só precisa saber que se eu descobrir, eu vou informar sua escola," Samuel estreitou os olhos.
"O que exatamente você quer?"
"Você vai descobrir em breve."
'Ele não pode ser do tipo que força garotas a se prostituírem, certo?' O coração de Layla estava disparado, e ela se arrependeu de ter se envolvido com ele.
O Rolls-Royce parou no portão da escola.
"Sr. Holland, chegamos."
Samuel a segurou e a pressionou de volta no assento quando a mão ansiosa de Layla acabou de tocar a porta do carro.