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Capítulo 6 Grandes notícias sobre Magnus

Na manhã seguinte, Ofélia correu para o hospital ao ouvir que Jennifer estava doente. Em seus braços, ela carregava uma sacola transbordando de lanches e brinquedos.

"Jennifer, você emagreceu tanto!"

"Madrinha!"

Desde o nascimento de Jennifer, Ofélia estava encantada por se tornar sua madrinha.

"Vem cá, dá um beijo na sua madrinha! Ai, minha pobre bebê, até suas mãozinhas estão inchadas!"

Enquanto Ofélia cobria Jennifer com carícias afetuosas, a menininha protestava, "Madrinha! Você está muito entusiasmada! Meu rosto está doendo!"

"Desculpa, desculpa! Olha, a madrinha trouxe todos esses petiscos e brinquedos para você. Gostou deles?"

Juniper repreendeu, "Não é como se ela estivesse gravemente doente ou algo assim. Você vai mimá-la demais."

Ofélia ignorou a preocupação com um gesto, "Crianças precisam de carinho, não é, Jennifer?"

Os olhos de Jennifer se iluminaram de alegria enquanto ela piscava para Ofélia. "Eu te amo!"

"Te amo mais!" Ofélia fez um coração com os dedos.

Enquanto Jennifer estava ocupada vestindo suas bonecas Barbie, Ofélia puxou Juniper para fora do quarto do hospital para uma conversa séria.

"Você encontrou o Magnus na boate ontem à noite?"

Juniper congelou, "Como você descobriu isso?"

"O Michael mencionou. Ele disse que você ficou bêbada com o Magnus apesar da sua alergia a álcool. Ele me pediu para verificar como você estava quando tivesse a chance. Quer dizer, o Magnus realmente exagera; ele sabia da sua alergia e mesmo assim..."

"Estou bem, tomei um anti-histamínico. Além disso, aquela garrafa de bebida? Fiz trinta e cinco mil dólares. Saí ganhando."

Ofélia franzia a testa para ela, "O que você está dizendo? Isso é loucura! Se sua sorte tivesse acabado, uma alergia a álcool poderia ter te matado, boba! Se eu soubesse, não teria te apresentado a esse trabalho lucrativo. Se você não estivesse trabalhando naquela boate, nunca teria cruzado o caminho dele de novo!"

Juniper suspirou, "O que será, será. Se não fosse dessa vez, seria outra, certo?"

Ofélia olhou para ela com uma mistura de afeto e preocupação, "Qual é o seu plano agora? Por seis anos, sempre que você está fora da vista dele, ele arruína sua carreira, te exclui das empresas do círculo. Apenas ontem à noite, no seu primeiro reencontro, ele quase te matou. E se for ainda pior da próxima vez?"

Ela balançou a cabeça, "Eu nem sei. Vou ter que lidar com o que vier. Não posso me preocupar com isso agora."

"E quanto à Jennifer? Você planeja manter a existência dela em segredo do Magnus para sempre?"

Juniper deu um sorriso irônico, "Que outra escolha eu tenho? Apresentá-la a ele? Ele vai pensar que estou usando Jennifer como refém moral para que ele me perdoe. Mas não houve chance para nós desde seis anos atrás. Ninguém conhece o caráter dele melhor do que eu. Qualquer um pode traí-lo, menos eu. Se eu o traísse, o fato de ele não ter tirado minha vida já é misericórdia suficiente."

Ofélia estremeceu, "Esse homem... ele é aterrorizante!"

Mas para Juniper, tudo isso era muito familiar, "Ele sempre foi assim obsessivo. Quando ele ama, é profundo até os ossos. E quando ele odeia, é sem limites."

Seis anos atrás, Juniper estava trabalhando em um bar durante o verão quando um cliente embriagado tocou sua mão. Magnus, ao ouvir isso, arrastou o homem para um beco escuro e quebrou o pulso dele.

Temendo retaliação contra Magnus, Juniper envolveu os braços em volta da cintura dele, suplicando entre lágrimas para que ele parasse. Se ela não tivesse intervindo, não teria ficado surpresa se ele tivesse espancado o homem até a morte.

Depois desse incidente, Magnus não permitiu mais que ela trabalhasse meio período. Ele lavava obsessivamente os dedos que o bêbado havia tocado até ficarem em carne viva. Só então ele os beijava gentilmente, tratando-os como tesouros preciosos.

Naquela noite, a possessividade dele se intensificou enquanto a segurava na cama, cobrindo cada centímetro dela com beijos.

Ele disse a ela, "Juniper, não deixe ninguém te tocar além de mim. Eu não suportaria."

Esse era o paradoxo de Magnus: tanto o seu amor quanto o seu ódio não tinham limites.

"Estou com medo de que ele leve a Jennifer embora de mim, para se vingar," ela confessou.

Ofélia arfou, "Ele é torcido o suficiente para fazer isso!"

Naquele momento, o telefone de Ofélia começou a tocar - era o editor-chefe do jornal.

"Alô, chefe?"

"Onde diabos você está?! O escândalo do Magnus atingiu o topo dos trending nas redes sociais! Fomos passados ​​novamente este mês!"

O escândalo dele?

Desligando, Ofélia abriu o Facebook.

Trending: "Magnus Noivo!"

"Meu Deus! O que diabos é isso!" Ofélia praguejou chocada.

Juniper pensou que havia problemas no escritório de Ofélia, "O que aconteceu?"

Ofélia entregou o telefone a ela, "Olha essa notícia bombástica sobre o Magnus!"

A mulher, Mary, era uma estranha para Juniper.

Mas mesmo assim...

"Ele está noivo, isso é ótimo. Desejo a ele tudo de bom," ela disse calmamente.

Os olhos de Ofélia se arregalaram, incrédulos, examinando o rosto de Juniper em busca de qualquer sinal de tristeza, mas ela permaneceu composta, sem nenhum sinal de aborrecimento.

"Por que está me encarando assim?" Juniper perguntou.

"Você está reagindo de forma bastante estranha a isso, sabe. Você costumava ser loucamente apaixonada pelo Magnus, até enfrentou seu pai por ele, e agora..."

Juniper deu um sorriso irônico, "Como se supõe que seja uma reação 'normal'? Chorar não trará o Magnus de volta. Além disso, ele ficar noivo significa que ele está pronto para seguir em frente, e isso é uma boa notícia para mim. Talvez se ele estiver feliz com a noiva, ele esqueça de se vingar de mim."

Ofélia conseguiu esboçar um sorriso apertado, "É uma maneira de ver as coisas, não é ruim."

Pressionada a voltar para a redação, Ofélia saiu às pressas.

Juniper entrou no quarto do hospital vindo de fora.

Jennifer perguntou, "Mamãe, por que seus olhos estão vermelhos?"

"Hã? Apenas o vento, e o ar condicionado agressivo que estão bombeando aqui no hospital. Você está com frio, Jennifer?"

Juniper mudou rapidamente de assunto.

"Não estou com frio!"

Mas Juniper estava distraída.

Enquanto servia uma bebida para Jennifer, ela quebrou um copo.

Naquela noite, William estava trabalhando no turno da madrugada.

Juniper pediu a ele para ficar de olho em Jennifer e saiu para seu trabalho extra no Floating Life Nightclub.

No quarto do hospital, Jennifer ficou com fome e vasculhou a grande sacola que sua madrinha, uma jornalista, havia trazido, e encontrou uma revista amassada que provavelmente foi deixada por acidente.

Sem ter nada melhor para fazer, Jennifer folheou a revista.

Com seis anos, ainda não na primeira série, ela só conseguia reconhecer algumas palavras que Juniper havia ensinado a ela.

Algumas palavras a deixaram confusa, e ela coçou a cabeça.

Mas o homem rotulado como "Senhor" na capa parecia tão encantador!

Ainda mais do que o Sr. Anderson!

Seus olhos se iluminaram, e com seu dedinho pálido, apontou para o homem na revista, "Ele seria perfeito para a mamãe!"

Às nove horas, Jennifer quase tinha desgastado a revista, e sua mãe ainda não havia retornado.

Sozinha no quarto e entediada, ela saiu da cama, calçou suas pantufas de patinho amarelo e saiu.

William havia dito que estaria no segundo andar e se ela precisasse de algo, era só pedir a uma enfermeira para levá-la até ele.

Ela estava prestes a se aproximar do balcão da enfermagem quando avistou um belo Senhor perto da janela, ao telefone.

Ela olhou para os lados, quase arfando de choque.

Não era aquele o elegante Senhor da revista?

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