Capítulo 6
Acordei em um lugar estranho, muito mais agradável do que todos os armazéns da última semana, era um quarto grande com um sofá perto da cama, parecia que alguém dormia ali. Havia uma TV na parede e, se você olhasse mais para dentro do quarto, poderia ver uma pequena área de estar, acho que é onde o sofá deveria estar, e um banheiro. O quarto estava decorado todo em branco com um toque de rosa. Eu não sabia onde estava, mas essa pessoa é definitivamente rica. Vi um copo de água e comprimidos, ao lado havia um bilhete. "Por favor, tome esses comprimidos, são analgésicos para sua ferida, não drogas. Eu prometo. Damon." Ferida, levantei a roupa de cama e vi que estava limpa e realmente havia um curativo na minha perna. Então tudo voltou à minha mente, eu pulando no mar, sendo baleada e depois sendo puxada da água por um cara muito bonito. Acho que ele me chamou de anjo, pode ter sido uma ilusão. Tomei um gole de água e decidi não tomar os analgésicos. Estava com muita dor, mas não sei onde estou.
A porta se abriu lentamente e uma garota de cabelos loiros compridos e olhos azuis entrou. "Onde estou?" Foi a primeira coisa que perguntei a ela. Ela se aproximou de mim como se eu fosse pular e correr ou mordê-la. "Meu nome é Rachel e você está em um apartamento em Nova York. Damon, o cara cujo apartamento é este, te tirou da água e te trouxe para o apartamento para o médico te costurar, aparentemente, você foi baleada." "Qual é o seu nome?" ela me perguntou. A garota chamada Rachel parecia muito doce e talvez alguém em quem eu pudesse confiar, mas a confiança não viria tão facilmente desta vez. Devo ter demorado para responder a ela, pois ela continuou. "Ninguém aqui vai te machucar, eu prometo." "Você pode me dizer seu nome?" "Danielle," eu disse. "Posso me aproximar, Danielle?" Eu assenti. Se é o lugar dela, por que ela me pergunta?
"É um prazer te conhecer, Danielle. Você pode me dizer o que lembra?" Eu pulei porque percebi que Nikki e Hannah ainda estavam lá fora em algum lugar, mas logo percebi que não era uma boa ideia com a ferida. "Danielle, por favor, não se mexa, você vai arrebentar os pontos," Rachel me implorou. "Meus amigos, onde estão eles?" "Você tinha amigos com você?" Rachel perguntou em choque total. "Sim, sim, onde estão eles, eles deveriam pular no mar comigo." "Foi só você, Danielle, elas não pularam. Você pode me contar o que aconteceu desde o início, se puder?" ela me perguntou. "Por que devo confiar em você?" "Posso te contar o que sei," ela me disse. Isso parecia uma ideia muito melhor. Eu teria que descobrir se este também é um lugar de onde devo escapar.
"Você e outras meninas foram sequestradas e chegaram a Nova York, não sei de onde você é ou as outras meninas, mas foram levadas para o porto. Quando o barco estava perto do cais, você pulou no mar e os homens no barco atiraram em você. Damon pulou na água, te tirou e te trouxe para cá." Algo cheirava mal e não era eu. "Você não está me contando tudo, por que esse Damon estava lá, ele estava lá para comprar uma de nós?" Perguntei a ela muito cética. "Não, ele não estava lá para comprar ninguém, ele estava lá para salvar vocês, meninas. Meu namorado ouviu falar dessa família que está trazendo meninas. Ele enviou seus homens e Damon com seus homens para resgatar vocês, ele também enviou o FBI, mas o barco chegou mais cedo do que o esperado.
Os homens de Damon levaram as outras meninas para um armazém onde esperaram pelo FBI." "Isso significa que você sabe onde estão minhas amigas?" "Ainda não." "O que você quer dizer com 'ainda não'?" "A família que te sequestrou e as outras meninas emboscaram as vans com as meninas e as levaram de novo, alguns agentes do FBI ficaram feridos e 2 morreram." "Meu Deus, então eu sou a única que escapou." Eu estava em choque total. "Sim, Danielle, e eu sei que você não confia em ninguém e entendo isso, mas você terá que tentar confiar em nós porque essa família estará te procurando, você é a única que pode identificar os homens que te levaram." "Você continua falando da família e que eu devo confiar em vocês? Quem é essa família? E quem são as pessoas em quem devo confiar agora?" "A família à qual me refiro é uma família da máfia que está agindo por conta própria e as pessoas em quem você deve confiar são Damon e seus homens, eu e Massimo e seus homens." Ela explicou.
"Por que esse Damon tem homens e seu namorado Massimo, por que ele tem homens." Eu estava muito curiosa sobre todas essas pessoas e seus homens. "Nossa, Danielle, você tem muitas perguntas." Eu respondi a ela. "Se eu tivesse feito mais perguntas na noite em que fomos levadas, talvez não tivéssemos sido levadas." "Entendo, Danielle, que tal uma xícara de café e algo para comer, depois eu te conto o resto." "Seria bom, estou morrendo de fome." Devo dizer que a ideia de comida adequada me fez esquecer todas as minhas perguntas. "Posso te ajudar," Rachel perguntou. "Não estou vestindo muito." "Tenho certeza de que você estava molhada e Damon te trocou, trouxe uma calça jeans e uma camiseta para você, podemos ver se servem, mas tenho medo de machucar sua ferida. Fique aqui, vou ver o que tem no armário de Damon que podemos usar." Ela foi até o armário de Damon e isso me deu tempo para tentar levantar e ir ao banheiro. Eu estava lutando com uma perna, estava realmente com muita dor. "Danielle, espere, deixe-me te ajudar, para onde você quer ir." "Banheiro, por favor." Rachel me ajudou até o banheiro e me deu a calça para vestir.
Eu podia ouvir Rachel conversando com alguém, mas não conseguia entender o que ela estava dizendo. Tentei sair do banheiro, mas estava morta de cansaço, apenas com esse pequeno movimento, quando Rachel se aproximou de mim. "Danielle, vou te ajudar." Eu estava segurando em Rachel quando bateram na porta, se pudesse, provavelmente teria pulado da minha pele de tanto susto. "Está tudo bem, Danielle, é só o Paul, ele vai te ajudar até a cozinha, você está muito fraca para andar e eu não consigo te carregar." "Eu consigo andar." Insisti, embora soubesse no fundo que não conseguiria. "Não seja teimosa, Danielle, você passou por muita coisa nos últimos dias, deixe ele te ajudar. Entre, Paul." Paul se aproximou de mim, assim como Rachel, com medo de que eu pudesse tentar fugir. "Oi, meu nome é Paul; você se importaria se eu te ajudasse?" Não podia acreditar na educação desse cara, me deixou mais tranquila, mas ainda estava com medo. Olhei para Rachel. "Estarei com você o tempo todo, Danielle, não precisa se preocupar." Então assenti com a cabeça, Paul me pegou no colo e me levou até a cozinha, onde outro cara já estava colocando uma cadeira macia perto da cozinha. Paul me colocou suavemente na cadeira. "Danielle, gostaria de um café, um latte ou um espresso, infelizmente, é tudo o que sei fazer." Café soava divino. "Café, por favor." Enquanto Rachel fazia o café, ela me deu um prato com algumas frutas frescas. Comecei a devorar a comida sem nem mastigar, só queria algo no estômago. "Devagar, Danielle, você vai passar mal, ainda vou fazer ovos e bacon." Quando Rachel disse isso, me senti tão envergonhada pela minha reação. Empurrei o prato para longe de mim. "Não, Danielle, coma as frutas, apenas mais devagar, não quero que fique mal se comer tão rápido." Puxei o prato de volta para mim e comecei a comer novamente, mas mais devagar desta vez. Rachel trouxe uma mesa mais perto de mim e uma cadeira, depois trouxe nossos pratos e café e nos sentamos para comer. Quando terminamos de comer, Rachel me fez aquela pergunta terrível novamente.
"Você pode me contar como foi sequestrada?"