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Capítulo 4 A Sra. Lancelot está prestes a causar problemas

Vendo a situação, Mark se aproximou rapidamente e pegou as chaves, assumindo o papel de motorista. Daphne abriu a porta do passageiro e entrou sem olhar novamente para Charles.

Mark se sentiu tímido, com medo de que Daphne dissesse algo que irritasse o Sr. Lancelot.

Ele hesitou e disse: "Sra. Lancelot, você..."

"Dirija", interrompeu Daphne.

Mark olhou no retrovisor, viu a falta de reação do Sr. Lancelot e começou a sair do estacionamento.

O silêncio preencheu o carro durante toda a viagem. Mark se sentiu sufocado pela atmosfera dentro do carro.

Nem o Sr. Lancelot nem a Sra. Lancelot tinham intenção de falar, e um frio emanava de ambos.

O Sr. Lancelot era naturalmente temperamental, mas até mesmo a Sra. Lancelot, que estava de bom humor agora, estava assim!

Charles estava no banco de trás, seu olhar fixo incontrolavelmente na pessoa silenciosa no banco do passageiro, com emoções se agitando em seus olhos das quais ele próprio não estava ciente.

Meia hora depois, o carro parou na entrada do hospital.

Charles segurou firmemente o pulso de Daphne e a puxou em direção à ala VIP no departamento de internação.

"Sr. Lancelot", Daphne fez uma careta de dor, incapaz de se conter e zombou friamente, "Se continuar me segurando assim, será acusado de ferimento intencional antes mesmo de eu ser condenada."

Ouvindo sua voz, Charles finalmente soltou a mão, deixando seu pulso vermelho da pressão.

Daphne o encarou.

Sentindo-se desconfortável sob seu olhar, Charles sentiu um leve arrependimento, mas assim que pensou na possibilidade dela ser a mentora por trás da lesão de Kayla, aquele traço de remorso desapareceu completamente.

"Siga-me", ele virou a cabeça e marchou em passos largos em direção à ala de Kayla, abrindo a porta com a mão erguida.

Ao abrir a porta, Kayla, meio deitada na cama, viu Charles e um sorriso surgiu em seu rosto. Ela o chamou com profunda dependência, "Charles."

Charles rapidamente foi até ela, confortando-a, enquanto Daphne entrou neste momento.

Vendo o casal afetuoso, Daphne comentou sarcasticamente: "Devo me desculpar primeiro? Vocês querem terminar o caso primeiro?"

"...Srta. Murphy... por favor, não entenda mal, não é o que você pensa entre Charles e eu." Kayla ficou nervosa ao vê-la, tentando explicar.

Daphne: "?"

Suas emoções estavam calmas quando disse significativamente: "Se soltar a mão dele, essa declaração pode ser mais persuasiva."

Enquanto falava, ela se aproximou da cama e, ao se aproximar, observou a aparência de Kayla em sua totalidade.

Gentil e bondosa, frágil.

Essa foi a primeira impressão de Kayla sobre ela, e não é de se admirar que Charles não conseguisse esquecê-la.

"Charles..." Kayla segurou a mão de Charles com um toque de desgosto.

Daphne testemunhou essa cena.

Ela se sentiu um pouco irônica em seu coração, entendendo que Kayla estava fazendo isso de propósito.

Nada mais era do que querer vê-la criar uma cena na ala como uma briguenta e provocar Charles.

Pensando que Kayla estava com medo de que Daphne a incomodasse, Charles a confortou, dando tapinhas em suas costas e usando um tom muito mais gentil, "Está tudo bem, estou aqui."

"Charles." Daphne se sentiu nauseada. "Eu ainda estou aqui."

Como Charles poderia trair abertamente ela como se fosse tão facilmente intimidada? Charles fez ouvidos moucos e continuou a confortar as emoções de Kayla.

"Mark, até quando você vai ficar olhando?" Daphne olhou para a porta, já à beira da raiva.

Mark entrou sem saber como foi descoberto, "Sra. Lancelot."

"Use seu telefone para capturar imagens do seu chefe sendo íntimo com outras mulheres," Daphne falou calmamente, "Estou curiosa para saber se a reputação do CEO do Grupo Lancelot será afetada quando as notícias de infidelidade no casamento vierem à tona."

Mark: "!!!"

"Charles..." O rosto de Kayla empalideceu ao soltar a mão de Charles.

"Daphne, você já causou problemas o suficiente?" A presença de Charles se tornou fria enquanto ele dava tapinhas nas costas de Kayla para consolá-la. "Eu te trouxe aqui para pedir desculpas a Kayla."

Daphne tirou o telefone e abriu o gravador de vídeo, "Pensei que você me chamou aqui para pegar vocês dois no ato."

Assim que essas palavras foram ditas, a sala ficou em silêncio.

"O que você acha que aconteceria se eu enviasse isso para sua mãe?" Daphne clicou em salvar e colocou o telefone na bolsa.

A expressão de Charles ficou um pouco fria.

Daphne olhou para o rosto dele, ainda tão bonito como sempre, mesmo com seu rosto cheio de indiferença, ele era extremamente agradável aos olhos.

"Você está me ameaçando?"

"Só estou brincando, achei que vocês dois eram um par perfeito. Posso imprimir capturas de tela de cada cena que acabei de gravar e usá-las como papel de parede." Daphne falou casualmente, passando o olhar sobre os dois.

"Mas você tem certeza de que é assim que quer discutir as coisas comigo?" Charles não se moveu.

Sua atitude claramente indicava que, não importa o que você dissesse, ele ficaria do lado de Kayla.

"Tudo bem," Daphne disse, colocando sua bolsa no chão.

Ninguém conseguia entender o que ela estava fazendo.

Exceto Mark, que se sentia inquieto e tinha a sensação de que a Sra. Lancelot estava prestes a agir!

E ele estava certo.

Daphne se aproximou e segurou seu braço, falando com um tom quase idêntico ao anterior: "Se você tem algo para discutir, faça isso rapidamente. Depois, Mark e eu temos alguns assuntos para conversar."

Mark exclamou interiormente!

Rapidamente, ele se manifestou, sua calma habitual não estava em lugar nenhum: "Chefe, sou completamente inocente quando se trata da Sra. Lancelot. Não fiz nada para te trair."

"Por que tanta pressa?" A voz de Daphne teve um efeito calmante, "Você não pode se comparar a Kayla. Olhe para ela, tão calma."

Mark...

Charles...

Um toque de ameaça brilhou nos olhos de Kayla.

Mark sentiu a mão de Charles em seu braço como se estivesse queimando.

"Mark Thompson," Charles falou, suas palavras carregando um aviso.

Mark queria separar sua mão da de Daphne. Mas... ele não conseguia!

Com espanto, ele olhou para a Sra. Lancelot, que permanecia composta e indiferente. Por que a Sra. Lancelot tinha tanta força?!

"Chefe..." Mark queria chorar, "Sou verdadeiramente inocente quando se trata da Sra. Lancelot."

A aura de Charles ficou mais fria e sinistra.

Então, no momento seguinte, ele pegou um travesseiro e o colocou atrás das costas de Kayla, retirando a mão enquanto o fazia.

Daphne levantou uma sobrancelha e também retirou a mão de Mark, encontrando uma cadeira para se sentar.

Mark suspirou aliviado.

Kayla percebeu o acordo tácito entre os dois, e a mão escondida sob o cobertor se apertou involuntariamente.

"Segundo Charlie, a Srta. Baker me acusou de contratar alguém para te agredir, e ela tem provas," Daphne mudou de assunto, sua expressão inescrutável, "Gostaria de me mostrar as provas?"

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