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Capítulo 3 Com o que mais você não está satisfeito?

"Chefe, devo reservar um restaurante?" Mark considerou cuidadosamente e perguntou.

Charles beliscou a têmpora, irritado. "Não precisa."

Ele sabia que Daphne estava desabafando sua insatisfação. Se gastar dinheiro pudesse fazê-la se sentir um pouco melhor, então deixe-a gastar.

Assim que ele disse isso, outra mensagem de débito chegou em seu telefone, com um gasto de mais de trinta milhões.

Mark e os quatro seguranças continuaram seguindo Daphne de loja em loja. Daphne olhava para o nariz, e o nariz olhava para o coração dela.

Ninguém disse uma palavra, assumindo silenciosamente o papel de carregar as coisas.

Depois que Daphne terminou de fazer compras, as joias naturalmente acabaram nas mãos vazias de Mark. Justo quando estavam prestes a continuar navegando, o telefone de Charles tocou.

O coração inquieto se sentiu um pouco aliviado ao ver o nome do chamador. A testa franzida também relaxou. Com dedos esbeltos bem definidos, Charles atendeu o telefone, sua voz incomumente gentil, "Kayla."

Mark: "..."

Os quatro seguranças: "..."

Chefe! Você esqueceu que a Sra. Lancelot ainda está aqui!

"Sr. Lancelot, a Kayla sofreu um acidente de carro a caminho do hospital para um check-up. Ela ainda está inconsciente na sala de cirurgia." A voz no telefone estava alta e ansiosa. "Você poderia vir? Ela continuou dizendo seu nome antes de entrar na sala de cirurgia."

"Mande-me o endereço, irei imediatamente." O coração de Charles se apertou, e ele respondeu rapidamente.

Ele desligou o telefone.

Seu olhar caiu sobre Daphne. Ele queria explicar algo, mas então percebeu que era desnecessário. Ele apenas instruiu seu assistente, "Vocês acompanhem a Daphne e deixem ela comprar o que quiser. Se ela não puder carregar, que entreguem na casa à tarde."

Os seguranças: "Sim, Chefe."

Charles se afastou rapidamente.

Daphne, Mark e os seguranças restantes ficaram para trás.

O clima ficou constrangedor.

Mark sentiu a necessidade de dizer algo para salvar a reputação do Sr. Lancelot. Ele levantou a mão para ajustar os óculos com um leve sorriso no rosto. "Sra. Lancelot, não se preocupe. O Sr. Lancelot voltará depois de resolver seus negócios."

"Vocês trabalharam duro." Daphne disse com um tom significativo.

Mark: "?"

Daphne olhou para o shopping decorado e disse lentamente, "Trabalhar dia e noite é uma coisa, mas mentir é outra. Você já viu alguém ir encontrar uma amante e voltar no meio do caminho?"

Mark: "..."

Os seguranças: "..."

Por um momento, os cinco a olharam com pena nos olhos.

Isso deve ser a dor de se casar em uma família rica. Sabendo claramente que seu marido está com outra mulher, mas incapaz de ficar com raiva ou chateada.

"Não me olhem com essa expressão de pena." Daphne não pôde deixar de provocá-los com sua resposta.

"Qualquer item aleatório em suas mãos vale mais do que seu salário anual ou até mesmo de dez anos."

Suas palavras foram bastante estimulantes!

"Tem algo que vocês queiram?" Daphne perguntou.

Os cinco levantaram as cabeças em uníssono.

Eles não conseguiam acompanhar o pensamento não convencional da Sra. Lancelot.

"Ele vai encontrar a amante enquanto eu uso o dinheiro dele para comprar coisas para vocês." Daphne acenou com o cartão em sua mão.

Ela não percebeu que ainda se importava com Charles a abandonando por Kayla.

Neste momento, tudo o que ela queria era gastar todo o limite do cartão dele.

Mark: "!"

Os seguranças: "!"

Os cinco a olharam horrorizados. Daphne sentiu que esse grupo de pessoas não podia brincar, e continuou fazendo compras usando o cartão que Charles lhe havia dado.

Daphne pensou que ele passaria o dia no hospital com Kayla, mas ele apareceu inesperadamente enquanto eles estavam comendo.

Ele a puxou com força em direção ao estacionamento, segurando seu pulso com uma pegada incomumente forte.

"Pum!" Ele jogou Daphne contra o carro.

Seu corpo doía, e ela franziu instintivamente as sobrancelhas. Por que ele está ficando louco? Antes que ela pudesse reagir, as palavras interrogativas atingiram seus ouvidos.

"Por que você machucou a Kayla?" Charles queimava de raiva incontrolável.

Se não fosse por sua sanidade restante, ele perderia o controle de sua força. "Por que você contratou alguém para atropelá-la com um carro?"

"Eu te prometi o carro, a casa e o dinheiro."

"O que mais você poderia querer?" Charles parecia ser do inferno, emanando um hálito gelado.

Seus olhos estreitos, profundos e negros eram afiados e arrepiantes, capazes de devorar uma pessoa.

"Quando eu a machuquei?" Daphne estava completamente confusa com a reprimenda.

"Ainda é significativo fingir agora?" Charles falou, "Você arranjou deliberadamente uma viagem de compras hoje apenas para aproveitar a oportunidade de matar a Kayla, não foi?"

"Você sabe que se eu estivesse com ela, nem mesmo minha morte lhe traria algum mal."

Cada palavra de Charles causava medo nos corações das pessoas.

Inicialmente irritada, Daphne ficou mais calma ao ouvir suas palavras.

Ela o olhou dessa forma e acrescentou um toque de zombaria às suas palavras, "Bem, Sr. Lancelot, você é o primeiro a fazer traição parecer tão justa."

"Daphne!" Charles ficou bravo.

"Você precisa de tratamento se seu cérebro estiver doente." Daphne ignorou seu status ao confrontá-lo. "Por que eu abriria mão dos bons dias depois de me divorciar de você apenas para contratar alguém para atingi-la? O que eu ganho com isso?"

"O que você quer dizer com 'ganhar'?" A aura de Charles se tornou cada vez mais perigosa.

Daphne percebeu a situação e de repente entendeu, "Você acha que eu ganho algo com isso?"

Charles não respondeu.

Mas sua expressão e atitude forneceram a resposta de que ele pensava que sim.

"O que eu ganharia?" Daphne retrucou com perguntas consecutivas, sua mente clara. "Você me vê como uma substituta? Você está me traindo? Você ainda anseia por outra pessoa, enquanto está casado comigo?"

Charles: "..."

Ele achou essas palavras um tanto penetrantes e explicou, "Eu não te trai."

"Traição emocional ainda é traição." Daphne não poupou palavras.

Charles franziu as sobrancelhas, "Não mude de assunto."

"Você é quem está procurando defeitos onde não existem." Daphne retrucou.

Charles permaneceu em silêncio, encarando-a com uma intensidade ameaçadora, como se a estivesse conhecendo pela primeira vez.

Daphne não tinha interesse em desperdiçar seu tempo com ele; ela não gostava de ser falsamente acusada. "Se ela disse que eu contratei alguém para atingi-la, você acredita nela tão facilmente?"

"Sim," a raiva de Charles gradualmente diminuiu sob seu olhar sincero, mas a frieza ao redor dele permaneceu.

"Ela nunca mente."

"Eu, e ela tem evidências de que eu a atingi," Daphne apertou sua bolsa, mostrando emoções, "Tudo bem, vamos. Vou acompanhá-lo ao hospital para vê-la."

A aura fria ao redor de Charles se dissipou com essas palavras. Ele não esperava que ela cooperasse assim.

Afinal, se fosse ela, não iria.

Por um momento, ele se sentiu conflituoso e inseguro se deveria acreditar naquela evidência.

"Afasta," Daphne o encarou bloqueando seu caminho, falando friamente.

Charles soltou seu aperto e olhou para a figura distante, sentindo uma sensação de irritação inexplicável. Suprimindo suas emoções, ele pegou as chaves do carro e abriu a porta.

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