Quando foi a última vez que você transou?
Ponto de vista de Arianna.
Atualmente, as manhãs para mim são horríveis. Eu deito na minha cama desejando e esperando, como aprendi a fazer nos últimos dias, por algum milagre que transforme tudo isso em um sonho ruim, mas infelizmente a realidade era muito dura.
Levantei da cama e passei a mão pelo meu cabelo. Apertei o roupão em mim e fui até a janela. Fiquei por um tempo encarando a grande extensão de terra que se estendia diante dos meus olhos, infelizmente, só conseguia ver árvores e nenhum prédio à vista.
Corri para o banheiro para tomar um banho e saí quase imediatamente porque ouvi uma batida firme na porta. Franzi a testa e apertei o roupão. A pessoa provavelmente ficou impaciente e bateu mais alto. Respirei fundo e respondi: "Pode entrar."
"Oi, eu sou Sofia, sua empregada pessoal." Suspirei aliviada ao ouvir sua voz. Ela então entrou no quarto e fechou a porta enquanto sorria amplamente para mim. Ela estava segurando várias sacolas nas mãos, que eu presumi serem roupas. Ela era uma mulher muito bonita, com cabelos pretos como a noite e pele oliva linda com olhos azul-claros. Ela parecia amigável o suficiente, mas eu não queria ter nenhum tipo de relacionamento com ninguém daquele lugar horrível.
Apenas assenti levemente e me virei sem olhar para ela novamente, e ela deve ter percebido minha falta de simpatia e não disse muito. Ela colocou as sacolas na cama e falou. "Senhorita, o Sr. Andino gostaria de vê-la na sala de jantar. Deixe-me ajudá-la a se vestir."
Me virei para ela e arqueei a sobrancelha surpresa. "Quem é ele?"
Ela pareceu surpresa e respondeu: "O Sr. Andino é o dono desta casa e o mestre."
Concordei em entendimento. "Muito obrigada, Sofia, mas consigo fazer isso sozinha. E por favor, diga ao Sr. Andino que não estou com fome e não irei me juntar a ele na sala de jantar. Sim, Sofia, feche a porta ao sair. Gostaria de ter um tempo para mim mesma."
Seu rosto ficou um pouco pálido. "O Sr. Andino não vai gostar disso, Senhorita. Por favor, apenas venha para a sala de jantar, ele fica irritado rapidamente e pode fazer qualquer coisa."
Franzi um pouco a testa. "Não é como se ele fosse me matar só porque recusei tomar café da manhã. Quer dizer, é minha escolha e minha vida, então farei o que eu quiser."
Vendo que eu estava muito firme sobre isso, ela saiu e fui para o banheiro para terminar meu banho que foi interrompido. Eu tinha que admitir que aquele idiota era rico, quero dizer, olhe ao redor do quarto, tudo ali gritava dinheiro, a cama com dossel, o abajur que ele quebrou. Vi online uma vez e custava milhares de dólares, apenas um abajur. O banheiro era ainda mais surpreendente, minha boca se abriu em choque enquanto eu absorvia tudo.
Tomei um banho luxuoso com bolhas, óleos perfumados e tudo mais. Saí do banheiro e fui até a cama escolher uma roupa adequada. Surpreendentemente, a roupa íntima estava disponível. Tirei meu roupão e cuidei da minha pele com os diferentes produtos de beleza que vi nas sacolas.
Então, de repente, a porta se abriu. Eu me levantei rapidamente e tentei pegar meu roupão, mas era tarde demais.
"Merda! Quem diabos faz isso?" Me virei para a porta ainda nua e encontrei o mesmo par de olhos que vi ontem, o idiota. Ele estava vestido adequadamente desta vez, com uma camisa branca e um par de calças cinza, a camisa o fazia parecer absolutamente delicioso, dava vontade de arrancá-la e ver o corpo por baixo. Balancei a cabeça para recuperar um pouco da minha racionalidade que parecia ter me abandonado.
Ele me observou da mesma forma que fez ontem, mas desta vez era mais intenso, seus olhos estavam cheios de luxúria e eu não conseguia olhá-lo diretamente, seu olhar fazia algo comigo que eu odiava absolutamente. Senti o calor se acumulando no meu abdômen enquanto seu olhar percorria minha pele, parando nos meus seios e na parte inferior. E ele nem sequer parecia um pouco envergonhado, mas eu sim, olhando para ele todo vestido e eu nua. Avistei meu roupão na cômoda e corri em direção a ele como se minha vida dependesse disso.
Eu estava muito consciente do seu olhar quente na minha bunda e simplesmente queria morrer de vergonha. Amarrei meu roupão em volta de mim e recuperei um pouco da minha confiança, olhando-o desconfiada. "Você não tem a cortesia básica de desviar o olhar, hmm? Não lhe ensinaram a bater antes de entrar no quarto de alguém."
Ele sorriu da mesma forma que parecia falsa não importa como eu olhasse para ela. Ele saiu da porta e veio até mim. "Fui ensinado isso, Bella, mas esta é minha casa, então não se aplica aqui e como eu poderia saber que veria tal visão aqui, verdadeiramente bela."
Revirei os olhos e murmurei entre dentes 'idiota'. Seus olhos brilharam perigosamente e suas palavras me deixaram atordoada. "Ouvi isso, e da próxima vez que acontecer..." ele se inclinou e sussurrou no meu ouvido "vou te colocar sobre o meu joelho."
Estremeci ao ouvir sua voz. Meus joelhos fraquejaram ao ouvir aquilo. Parecia tão sombrio, mas estranhamente me excitou. Em minha mente, amaldiçoei meu corpo traidor inúmeras vezes. E daí se ele era bonito, sexy pra caramba e rico, ele não passava de um idiota para quem fui vendida.
Surpreendentemente, ele não me tocou e se afastou um pouco de mim e me olhou de cima a baixo novamente!
"Se vista, Bella, ou posso simplesmente abandonar o autocontrole que cultivei com muito cuidado. Se eu não te ver nos próximos minutos, saiba que vou te observar se vestir." Ele sorriu novamente e saiu confiante, porque ele sabia e eu sabia que certamente faria o que ele disse. Me vesti rapidamente em um vestido mini florido e deixei meu cabelo solto sobre os ombros.
Saindo do quarto, vi Sofia perto da porta. Ela se aproximou de mim e sussurrou enquanto descíamos as escadas. "Você está bem? O Sr. Andino..." ela parou e me olhou expectante.
Tentada a pintar o idiota de preto, suspirei internamente e a consolei "Estou bem, não se preocupe, e ele não fez nada comigo." Ela suspirou aliviada e me acompanhou em silêncio pelas escadas. Não tive tempo de admirar a decoração interior, porque o homem sentado na cabeceira da mesa chamou minha atenção.
Ele parecia frio e indiferente, totalmente diferente do homem provocador e brincalhão que vi esta manhã. Seus olhos me atraíam profundamente. Havia algo neles. Eu podia sentir que ele era um homem com uma história, mas eu absolutamente não queria me envolver nisso. Eu realmente não me importava.
Ao descer o último degrau com Sofia, ela imediatamente se afastou para o lado e me deixou caminhar até a mesa sozinha. Sentei-me na cadeira mais distante dele e observei os pratos na mesa de jantar de mogno. Parecia antiga e desgastada, mas não menos bonita.
"Coma." Ele latiu para mim e me virei para olhá-lo, mas recusei. Ele me lançou um olhar de lado e continuou folheando a revista de negócios que segurava em suas mãos. Notei o relógio que ele estava usando, era um Patek Philippe. Engoli em seco ao perceber que esse cara era provavelmente mais rico do que eu pensava.
Olhando para a comida, estava mais tentada do que nunca. Naquele exato momento, meu estômago me traiu ao soltar um ronco alto. Fiquei vermelha de vergonha e cobri minha barriga com a mão. Lancei um olhar rápido para o Sr. Andino e vi um leve sorriso em seus lábios. Fiquei surpresa com o que vi, mas quase imediatamente desapareceu. Aconteceu tão rápido que não sabia se era real ou falso.
Depois de ser traída pelo meu estômago, comecei a devorar a comida sem me importar. Não percebi o quão faminta estava.
"Quando foi a última vez que você transou, Arianna?"
Engasguei com a comida e tossi, meu rosto ficou vermelho e meus olhos lacrimejaram. Sofia correu até mim e me deu um copo de água. Segurei o copo como se fosse a salvação e finalmente parei de engasgar.
Olhei para o homem que causou minha quase morte e ele parecia impassível, como se eu não tivesse acabado de ter um encontro com o inferno por causa dele. "Responda minha pergunta, bella." Lutei contra a vontade de chutá-lo onde o sol nunca brilha e acabar com aquilo.
"O que isso importa para você, Sr. Andino."
"Não me interrogue, Bella, respostas, não perguntas." Ele falou lentamente enquanto me encarava. Às vezes esqueço que ele me faz sentir medo como ninguém jamais fez.
"Não vou responder a isso. Minha vida sexual não tem nada a ver com você."
"Então vamos considerar que você não transa há muito tempo. Você está usando anticoncepcional?"
Estava ficando rapidamente irritada com suas perguntas incessantes e desnecessárias, e ele ainda tinha aquele rosto convencido, mas indiferente enquanto me questionava. Levantei e bati na mesa, encarando-o "Não vou mais fazer isso. Sabe de uma coisa, vá se ferrar, idiota." Mostrei o dedo do meio para ele e corri escada acima antes que ele pudesse dizer algo. Vi seu rosto se contorcer em uma máscara de fúria enquanto tentava chegar até mim, mas foi interrompido por uma ligação telefônica.
Fui para o meu quarto e tranquei a porta, deitando na minha cama enquanto elaborava um plano de fuga. Não podia mais ficar aqui, especialmente agora que tinha irritado o Sr. Andino.