Capítulo Oito
*Ponto de vista de Evelyn
Eu andava pela sala procurando novos líderes e antigos para me conectar. Sentei-me em uma mesa com um grupo de homens e sorri para todos, perguntando quem queria dançar comigo. Fiquei tonta e coloquei a cabeça nas mãos. Pensei que estava bebendo muito rápido, aceitando todas as bebidas que me compravam, mas os flashes invadiram minha mente. Tocava como um filme na minha mente. Grey e Kelly rodopiavam pela pista de dança, enquanto eu sentava respeitosamente sozinha. Um simples terno preto e branco e sapatilhas. Nem sequer estava maquiada. Eu estava sozinha, com uma bebida, sorvendo-a lentamente. Observava tudo ao meu redor enquanto o mundo continuava. Sentia-me presa, como se estivesse sufocando ali. Não fiquei o tempo todo. Saí horas antes de Grey e Kelly. Abri os olhos para os homens na mesa me encarando. "Você está bem?" O homem de Nova York perguntou, um líder de caridade. Ele estava cometendo crimes, mas se cobria com caridades. Era um homem inteligente. "Estou, obrigada. Fiquei tonta por um momento. o álcool, eu suponho." Eu ri. Eles riram também, mas eu podia perceber que ninguém acreditou completamente no que eu disse. O homem de Nova York se levantou e veio até mim, estendendo a mão. "Pronta para dançar?" Eu balancei a cabeça positivamente, pegando sua mão alegremente. Seu nome era Wilson, e sua aparência era marcante. Ele era bem arrumado, com uma barba ducktail perfeitamente alinhada. Eu sabia que Sana se apaixonaria por ele. Ela amava um homem com barba bem feita. Eu não podia discordar dela. Se o homem mantivesse assim, limpo, e cheirasse a aquele óleo de barba, bem, eu também estava fisgada. Ele me puxou para perto dele para a música lenta. Eu podia sentir os olhares em mim, julgando a mulher que dançava com homens com quem não era casada. Uma observação injusta, já que seu marido estava sentado à mesa com outra mulher carregando seu filho. Tenho certeza de que ninguém está ciente disso. "Por que você não está dançando com seu marido esta noite, Evelyn? Notei que você deu uma volta com todos os líderes aqui. Sorrindo e falando com todos que notaram você, como costumava fazer antes do marido. Todos sabemos que você não vai levar ninguém para casa, então para que está trabalhando?" Fechei os olhos com as palavras de Wilson em meu ouvido. "Não tenho passado muito tempo socializando desde a morte de meu pai. Sinto que não estou destinada a viver a vida de uma esposa domesticada. Não fui criada para isso. Meu pai me criou para comandar um império, não para servir bebidas aos homens que o fazem." Senti Wilson rir. Ele se inclinou para trás para olhar nos meus olhos. "Eu estava me perguntando onde aquela pequena fogo-fátuo feroz foi parar, lembro-me." Sorri de volta para ele, piscando, antes de encostar a cabeça em seu ombro. Avistei alguém familiar me observando enquanto dançava.
Depois de terminar minha dança com Wilson e entregar a ele o mesmo cartão que dei aos outros com quem falei. Voltei ao bar e tinha uma bebida me esperando de um homem de Baltimore. Olhei para ele, brindando no ar, antes de dar um gole. Duas mulheres mais velhas, esposas, se aproximaram do bar também. Olharam para mim e depois uma para a outra. "É simplesmente desrespeitoso vir a um baile como este e se jogar para todos os homens com uma aliança de casamento óbvia no dedo." Uma delas disse, direcionando suas palavras para mim. Como flechas, elas me atingiram bem no estômago. Eu não pretendia me jogar para ninguém. Eu queria chamar a atenção, sim, mas como Wilson disse, esses homens sabem que não quero levá-los para casa. A verdade é que esses homens prestam atenção em mulheres fortes que sabem o que querem. Lidei com homens assim a vida toda. Eles têm mulheres se jogando para eles todas as noites. Mulheres que querem seu dinheiro ou proteção. Diabos, elas podem apenas querer o nome. Eles precisam de alguém que vá deixar uma impressão. Eles precisam de algo que vão lembrar. Se eu quero que eles me ouçam, me ajudem ou estejam do meu lado, preciso que prestem atenção em mim. Não me importo com a aparência para as pessoas neste banquete. Não me importo com o que dizem sobre mim ou o que querem. Vim aqui com um propósito, e vou realizar o que vim fazer. Recebi outra bebida do homem de Baltimore enquanto eu ficava ao lado do bar, a poucos passos das mulheres e seus anúncios públicos. Olhei para elas e sorri. Elas me lançaram um olhar de desprezo. Olhei para Grey, que estava desfilando com Kelly, como se fosse um cavalo de exposição. Revirei os olhos e coloquei minha bebida na frente da mulher com o comentário alto. "Aqui, querida, simplesmente não consigo beber mais se quiser chegar onde quero estar esta noite. Pense nisso como caridade. Você está um pouco tensa, relaxe!" Não esperei por uma resposta antes de ir para a mesa de Baltimore. Elas não me seguiram.
Quando cheguei à mesa, simplesmente me sentei. Dois dos homens pareciam familiares, além daquele que enviou a bebida. "Vocês se importam se eu descansar um momento aqui, esses saltos estão me matando esta noite." Perguntei alto por cima da música. "Obrigada pelas bebidas. Preciso diminuir meu consumo, então doei uma para alguém precisando de diversão." O homem riu, vendo a bebida na frente da mulher no bar. "Você é Evelyn Moretti; conheci seu pai." Ele disse alto de volta para mim. Eu balancei a cabeça, "e você é?" Seu nome era Lucas Sarro. Esse nome soava como material de mafioso para mim. Balancei a cabeça novamente. "Você já ouviu falar de mim?" Eu tinha ouvido falar dos homens Sarro, mas não especificamente de Lucas. Ele riu de mim quando eu disse isso. Ele me contou que seu pai estava envelhecendo, então ele envia seus filhos para cuidar da maioria dos negócios agora. "Eu sou o mais velho." Ele parecia orgulhoso desse fato. "Bem, eu sou a única filha do meu pai. A gangue Moretti tem padrões elevados, então demorou um pouco para eu ser convidada." Respirei fundo, "porque sou uma garota." Ninguém disse nada até que um dos irmãos se manifestou, "Evelyn, seu pai estava tão orgulhoso de você. Mal podia esperar para te passar as rédeas de seu império. Ele me disse uma vez que sua filha seria a rainha suprema e não teríamos com o que nos preocupar." Suas palavras aqueceram meu coração. Eu amava muito meu pai. Ele era meu super-herói e pensar que ele falava tão carinhosamente sobre mim quando eu não estava lá, para esses homens, me fez sentir mais forte. Ele confiava em mim para cuidar de seu império, antes de Grey, e é exatamente isso que pretendo fazer sem ele. Fiquei ali por um tempo, sorrindo bobamente, ouvindo histórias sobre meu pai e a família Sarro. "Estou tão feliz que a relação era tão forte entre meu pai e sua família." Eu disse, entregando meu cartão a Lucas. "Mantenha contato." Sorri e me afastei da mesa.
Eu estava me saindo tão bem com a atenção que tanto desejava. Ganhando o apoio que vim buscar aqui. Outro líder de uma gangue menor se aproximou de mim, estendeu a mão pedindo para dançar. Sorri, assenti e observei o homem percorrer meu corpo com seus olhos azuis penetrantes. Ri um pouco, sabendo por dentro que ele não tinha chance. "Olá, Sra. Moretti", ele disse enquanto envolvia suas mãos em minha cintura. Sorri, sentindo-me feliz por ele ter usado meu sobrenome de solteira. Embora não o tivesse mudado quando me casei com Grey, sempre fui tratada como Sra. Em um momento isso me fazia sentir especial, não mais. Enquanto dançávamos, ele tentava quase me convencer sobre sua pequena gangue. Eu educadamente ouvi e sorri. Observei seus olhos dançarem com as luzes. Ele olhou atrás de mim. Seus olhos mudaram. Parecia ter visto um fantasma. Um homem, que reconheci como Beck, tenente de Dante Stryker, interrompeu nossa dança. "Receio que terá que encontrar outro parceiro de dança. O Senhor Dante Stryker pediu pela Srta. Moretti." Ele usava um sorriso amigável, mas de alguma forma ameaçador, tão ameaçador que o líder se afastou, nos dando espaço para sair.
Fiquei surpresa - ele também tinha vindo?
Segui pelas escadas em direção ao balcão enquanto praticamente todos na sala, incluindo meu marido, me observavam abrir as cortinas, fazendo sinal para eu entrar.