




Capítulo 5 Dividindo a conta, você está louco!
De volta em casa, Arya já estava dormindo, e Maggie andava em silêncio, cuidando para não acordar sua mãe.
Naquela noite, Maggie sofreu de insônia e só conseguiu pegar no sono pouco antes do amanhecer.
Seu relógio interno era pontual, e mesmo que fosse dormir tarde, ela acordaria às sete da manhã.
Ela preparou o café da manhã para sua mãe e saiu de casa, precisando levar seu carro ao mecânico, pois o usaria mais tarde para sua barraca de vendas à noite.
Depois de deixar o carro para reparos, Maggie lembrou que precisava dele para reabastecer seus suprimentos no mercado, o que a levou a ligar para sua melhor amiga.
Após a ligação, Maggie esperou à beira da estrada perto da oficina mecânica.
Cerca de meia hora depois, um BMW vermelho parou ao lado de Maggie, e sua melhor amiga Dulcinea Quixote acenou, "Maggie, entre."
Maggie entrou no carro, colocou o cinto e, como Dulcinea sabia seu destino, seguiram direto para o mercado.
"Sabe, aquele carro velho seu já deveria ter sido aposentado há muito tempo. Por que continuar consertando? Siga meu conselho e compre um novo," disse Dulcinea.
"É mais fácil falar do que fazer. Um carro novo custa dinheiro," respondeu Maggie com um sorriso. "Está tudo bem. Vai funcionar com alguns reparos."
Ela e Dulcinea se conheciam desde o ensino médio e eram próximas há mais de uma década.
Dulcinea administrava um salão de beleza bem-sucedido e vinha prosperando ao longo dos anos. Maggie frequentemente recorria a ela em busca de ajuda e era profundamente grata.
"Maggie, por que se submeter a tanto? Com seu talento, trabalhar em um mercado noturno é abaixo de você. Você era a melhor aluna e a mais bonita de nossa turma. Se não fosse por aquele incidente, você..." Dulcinea se interrompeu ao perceber que estava prestes a dizer algo inapropriado e mudou rapidamente de assunto, vendo a reação de Maggie. "Você ainda é jovem. Já tentei te arrumar antes, mas você recusa. Você realmente quer ficar solteira para sempre? Já se passaram anos. Você superou mesmo o Samwise Gamgee? Ouvi dizer que ele voltou para a cidade, abriu um escritório de advocacia, e eu verifiquei - ele ainda está solteiro. Se você não consegue esquecer, deixe sua amiga aqui te ajudar a encontrá-lo."
Ao ouvir o nome Samwise Gamgee, Maggie sentiu uma sensação leve e indescritível a envolver, desencadeando uma cascata automática de memórias que rapidamente se tornaram obscuras. Parecia que, de fato, algumas coisas desaparecem com o tempo.
Maggie balançou a cabeça, "Dulce, eu sei que você quer o meu bem, mas não é necessário. Na verdade, eu segui em frente há muito tempo."
"Se você seguiu em frente, por que ainda não arrumou um namorado? Ouvi de sua tia que ela te apresentou a vários caras e você recusou todos," Dulcinea disparou como uma metralhadora, incapaz de parar uma vez que começou.
Maggie interrompeu gentilmente, "Dulce, eu me casei."
"Se casou? E daí? Sempre disse que você deveria dar esse passo..." Dulcinea de repente percebeu o que ouviu, seus olhos se arregalaram de espanto para Maggie, "O que você acabou de dizer? Casada? Você nem tem um namorado, onde você se casou, pegou alguém na rua?"
Era fantástico.
A notícia do casamento de Maggie foi mais chocante do que o sol nascendo no oeste.
Maggie riu da reação de Dulcinea, explicando, "Sim, me casei. Não foi alguém da rua; minha mãe o encontrou para mim em um site de relacionamentos, e já temos a certidão de casamento."
"Você teve um casamento relâmpago?" Dulcinea pisou no freio e parou o carro, precisando investigar a fundo essa atualização explosiva.
Dulcinea levou Maggie até uma loja de bebidas próxima, pronta para interrogá-la, "Conte tudo ou enfrente as consequências. Me diga tudo, quem é esse cara?"
Maggie, entre risos e lágrimas, disse, "Ele se chama Fiorello Flores. Ele trabalha na Visionary Futures Group, é local, tem trinta anos, é órfão..."
Ela descreveu o básico do que sabia.
Ver Maggie falar com tanto detalhe fez Dulcinea acreditar nela.
"Fiorello Flores?" Dulce refletiu sobre o nome, sentindo uma vaga sensação de familiaridade.
Afinal, a família de Maggie não era proeminente o suficiente para se misturar na alta sociedade. Eles tinham meios mais simples e não faziam parte dos mesmos círculos sociais. Como CEO da Visionary Futures Group, Fiorello mantinha um perfil discreto, nunca concedendo entrevistas ou fazendo aparições na televisão.
Dulcinea sentiu um leve lampejo de familiaridade, mas não se deteve nisso.
"Claro, vou trazê-lo para você conhecer em algum momento," disse Maggie.
"Tenho que conhecê-lo, afinal ele está se casando com minha melhor amiga," refletiu Dulcinea. "A verdadeira questão agora é, ele tem uma casa? Quanto ele ganha? Ele vai dividir o salário com você depois do casamento? Quando vocês estão planejando o casamento?" Dulcinea disparou uma série de perguntas pragmáticas e baseadas na realidade.
Maggie balançou a cabeça, "Não perguntei sobre a renda dele. Ele não tem uma casa, mas tem um carro. Tenho minha própria renda. Posso me sustentar. Não preciso que ele me dê o salário dele. Quanto ao casamento, é apenas uma formalidade, não uma necessidade. Concordamos em ter uma vida simples juntos, e decidimos dividir tudo igualmente."
Dulcinea estava chocada. "Maggie, você perdeu o juízo? Não está pedindo nada e está se casando sem uma casa? Vai ser mais difícil para você a longo prazo, especialmente com a educação das crianças. Como você vai se virar sem uma casa? Um carro mal é um ativo. E dividir tudo, tudo bem por agora, mas você conseguirá fazer o mesmo quando se trata de ter filhos?"