




Capítulo 3 O bilionário incógnito
"Maggie, você acabou de encontrar alguma operação clandestina para fazer um certificado falso e tentar me enganar com isso?" Arya Stark ainda estava desconfiada, examinando o certificado de casamento repetidamente para verificar sua autenticidade.
Apontando para o selo oficial, Maggie disse: "Mãe, ele foi emitido pelo cartório de registro de casamentos - garantidamente genuíno."
"E onde está meu genro? Por que você não o trouxe para conhecer sua mãe?" Arya olhou para a porta e acrescentou: "Eu só queria que você namorasse, conhecesse alguém antes de qualquer coisa séria. Mas você foi em frente e se casou sem nem entender quem ele é."
"Você não sabe de tudo já? Ele trabalha na Visionary Futures Group, tem trinta anos, está se saindo muito bem e é bonito..." Os pensamentos de Maggie se voltaram para os momentos que passou com Fiorello e ela disse: "Ele parece gentil, e com os pais falecidos, sem irmãos ou irmãs, a situação familiar dele é simples, sem muitos dramas."
A falta de problemas com a sogra era um ponto positivo.
Arya levou um bom tempo para digerir a notícia. Segurando o certificado de casamento, ela não sabia se pressionar sua filha para se casar tinha sido certo afinal.
Como ela não podia entender que Maggie tinha sido coagida, que tinha se apressado em se casar apenas para fazê-la feliz?
Arya tinha sido diagnosticada com câncer e tinha mantido segredo de Maggie. Desde que o último relacionamento de Maggie tinha terminado, ela estava relutante em sair com alguém.
Arya estava preocupada que, se morresse, Maggie ficaria sozinha, sem ninguém para cuidar dela ou ajudá-la com os desafios da vida, sem alguém para valorizá-la.
Por isso, Arya pressionou Maggie a sair em encontros, a encontrar um homem confiável, a ter uma família.
Agora que estava feito, lamentar não mudaria nada.
"Maggie, faça meu genro vir até a casa," Arya disse depois de se acalmar. "Você pode estar casada, mas eu ainda preciso avaliá-lo."
"Ok, vou perguntar a ele, e podemos jantar juntos amanhã." Maggie disse, "Mãe, vou montar a barraca agora. Está quente lá fora, e você não está bem, então por favor descanse em casa e não saia."
Depois de se certificar repetidamente de que sua mãe entendeu, Maggie empacotou suas coisas para montar sua barraca.
A barraca de Maggie estava no mercado noturno da Rua Elm, onde ela vendia artesanato feito à mão, incluindo joias de sua própria criação.
Para apoiar seu negócio de vendedora, ela comprou uma van usada, chegando pontualmente às cinco todas as noites e só desmontando às onze da noite.
Em meses bons, ela conseguia fazer cerca de seis mil dólares, o que era mais do que suficiente para viver na cidade cara.
Maggie se formou como designer de joias. Alguns anos atrás, um incidente a tornou persona non grata no ramo de joias, e nenhuma empresa a contratava. Decidindo enfrentar a situação, ela lançou seu próprio empreendimento.
Maggie montou sua barraca enquanto o mercado noturno ganhava vida. Em meio ao burburinho, ela encontrou um momento para enviar uma mensagem para Fiorello.
Maggie: [Minha mãe quer te conhecer. Livre para jantar amanhã?]
A mensagem enviada desapareceu sem deixar rastro, assim como uma pedra afundando no oceano.
Os negócios logo se animaram, e Maggie se envolveu na agitação, a mensagem não pesando muito em sua mente.
A sorte estava do seu lado naquela noite. Maggie embolsou mais de duzentos dólares até fechar sua barraca pontualmente às onze em ponto.
Acomodada em sua van, ela contou os ganhos do dia quando seu telefone tocou.
Era Fiorello respondendo: "Desculpe, estou em uma viagem de negócios para a Cidade A. Estarei de volta em alguns dias. Vamos marcar o jantar quando eu retornar."
Maggie entendia as exigências de um emprego corporativo, com viagens de negócios sendo muito familiares. Ela respondeu sucintamente: "Ok."
Embalar e ir para casa não mudou muito em sua vida, além de ter um certificado de casamento extra. Sua rotina era tão inalterada que nos próximos dias, suas manhãs ocupadas e noites tardias a fizeram quase esquecer que tinha um marido.
Uma noite chuvosa, após outro longo turno, ela só chegou em casa à meia-noite, e seu carro quebrou bem em frente à casa.
Maggie, segurando um guarda-chuva, saiu para inspecionar o veículo. Esse carro de segunda mão não era estranho a problemas, mas embora não tivesse problemas graves, os menores eram abundantes.
Apesar da necessidade frequente de reparos, comprar um carro novo estava fora de questão - custaria metade de um ano de renda. Então, ela o consertaria toda vez e o manteria funcionando.
Depois de uma rápida verificação, a ideia de pagar algumas centenas de dólares a mais para a oficina de reparos a fez sentir um aperto no coração.
Com o bairro ainda a cem metros de distância, a chuva se intensificou e, dada a hora tardia, ela não teve escolha a não ser deixar sua van na beira da estrada. Ela se aventurou para trás para recuperar suas mercadorias sob a proteção de seu guarda-chuva.
Ela precisava trazer de volta as joias não vendidas para mais ajustes, e também algumas peças dadas a ela para reparos que ela estava determinada a terminar naquela noite.
O vento rugia, e Maggie lutava, guarda-chuva em uma mão e uma caixa grande na outra, meio encharcada e parecendo bastante miserável.
Sem saber, não muito longe dali, Fiorello, recém-chegado da Cidade A, testemunhou todo o espetáculo de seu Rolls-Royce.
A silhueta de Maggie parecia frágil, como se uma rajada pudesse levá-la embora, mas havia uma determinação nela, uma inabalabilidade que nem a chuva mais forte poderia lavar. O vento arrancou seu guarda-chuva, encharcando-a completamente. Segurando a caixa e baixando a cabeça, ela seguiu em direção ao seu prédio de apartamentos.
Ela era uma das personagens menos significativas da cidade, sempre tendo que suportar o peso das tempestades da vida sozinha.
Comovido, Fiorello pegou um guarda-chuva e disse ao motorista: "Volte para a antiga mansão." Depois, ele saiu do veículo e caminhou rapidamente em direção a Maggie.