




Se tocando pensando nele...
PONTO DE VISTA DE JULIA
Observo enquanto William cobre meu pequeno corte e morde meus lábios com os pensamentos inapropriados que estou tendo agora.
Instantaneamente, lembro da noite passada, e um calor toma conta do meu corpo. Eu me contorço na cadeira, pressionando uma perna contra a outra para aliviar a pulsação na minha intimidade.
"Há algum problema?" pergunta William, olhando para mim de forma estranha.
"Todos eles," respondo sem pensar, e ele levanta uma sobrancelha.
"Então me conta, talvez eu possa te ajudar," ele olha para mim, aumentando minha excitação.
Ele poderia me ajudar. Oh, sim, eu poderia usar suas mãos grandes e habilidosas para me aliviar. Consigo sentir suas mãos tocando minha pele... Mordo meu lábio, imaginando seus toques.
Meu rosto pega fogo quando vejo meus pais na cozinha, batendo papo animadamente sem fazer ideia dos pensamentos indecentes que a filha deles está tendo agora mesmo.
"Eu...," olho para baixo enquanto ainda pressiono minhas pernas juntas, "eu preciso tomar um banho," digo, levantando-me rapidamente.
"Outro?" minha mãe pergunta. "Você acabou de tomar banho," ela aponta para meu cabelo molhado.
Queria que o chão se abrisse e me engolisse agora.
Meu Deus, que vergonha!
"Com licença," digo, praticamente correndo para fora da cozinha.
Subo as escadas a uma velocidade impressionante; meu quarto fica no final do corredor. Corro até lá e fecho a porta atrás de mim.
"Meu Deus!" digo, ofegante, encostando minhas costas na porta.
Meu coração disparado, meu sexo ainda pulsando de tesão. Ia precisar de uma atenção especial agora; sabia que só um banho não daria conta do recado.
Caminho até minha cama, rapidamente tirando minhas roupas. Passo minhas mãos sobre meus seios e desço até minha intimidade molhada.
Este é o efeito que Will tem sobre mim.
Antes, eu já sentia coisas absurdas por ele. Agora que conheço o toque dele na minha pele nua, meu Deus, vai ser praticamente impossível ficar perto desse homem sem lembrar da noite passada, sem querer ele dentro de mim de novo, me comendo com força.
Com esse pensamento, começo a estimular minha intimidade. Passo meus dedos sobre meu clitóris, que anseia por ser tocado. Massageio em círculos, mordendo meu lábio para suprimir um gemido alto.
Insiro um dedo dentro de mim, fazendo um movimento de vai e vem, imaginando que é Will me tocando. Começo a me esfregar no meu dedo, agora colocando um segundo dedo dentro de mim. Me esfrego freneticamente nos meus dedos, e com minha outra mão livre, massageio meu clitóris.
"Caralho," mordo meu lábio novamente para reprimir um gemido alto.
"Julia," ouço alguém me chamar.
Porra, estou quase lá...
Só mais um pouquinho...
"Julia," a pessoa chama novamente. Aumento os movimentos, chegando intensamente nos meus dedos.
"Caralho," digo, ofegante.
"Está tudo bem?" a pessoa pergunta.
Levanto-me rapidamente, minhas pernas fracas pelo orgasmo. Rapidamente visto minhas roupas e caminho até a porta para abri-la.
Abro a porta e vejo William parado lá, de braços cruzados. Ele me olha de forma estranha.
"Oi," digo, corando, lembrando do que acabei de fazer, pensando nele, e me perguntando se ele ouviu algum gemido que escapou da minha boca.
"Está tudo bem?" ele pergunta, me analisando.
"Por que não estaria?" respondo à sua pergunta com outra pergunta.
"Você está toda desarrumada aí, e suada..." ele olha para dentro do meu quarto. "Eu ouvi alguns... hum... barulhos?!"
Mordo meu lábio nervosamente, sem saber como responder.
"Tem alguém aí com você?" ele pergunta, e antes que eu possa responder, ele invade meu quarto, olhando em cada canto como se estivesse procurando alguém.
"Você está louco?" pergunto, virando para encará-lo, irritada por ele ter invadido meu quarto.
"Desculpe, Julia. Por favor," ele diz, arrependido. "Juro que ouvi alguns... barulhos. E, bem," ele sorri envergonhado, "eu ia arrancar a cabeça da pessoa que estava com você."
"Não entendo," cruzo os braços.
"Você é filha do meu melhor amigo. Praticamente uma criança. Acha mesmo que eu deixaria qualquer cara chegar perto de você? Nem a pau!" ele dispara.
"Eu não sou mais uma criança!" digo, irritada.
"Julia," ele tenta argumentar, mas o interrompo.
"Por favor, saia do meu quarto," dou passagem para ele sair, e ele o faz.
"Desculpe," ele se desculpa novamente, ainda na porta do meu quarto.
"Tudo bem. O que você queria aqui?" pergunto, curiosa.
"Seu pai disse que você poderia me ajudar a encontrar a mulher que estou procurando..."
Engulo em seco.
"Então, você está interessado nela?" pergunto.
"Quero saber quem ela é," ele responde, apoiando-se na porta. "Você pode me ajudar?"
"O que eu ganho com isso?" pergunto, e ele ri, balançando a cabeça.
"Um chocolatinho?" ele sugere com um sorriso maroto.
"Essa 'mulher misteriosa' vale apenas um chocolate?" pergunto, cruzando os braços.
"Eu vou te ensinar a dirigir," ele sorri triunfante porque sabe que eu não recusaria isso.
"Está bem. Por onde começamos?"
"Sua mãe me passou a lista de convidados. No total, são 1.500 pessoas. A gente precisa filtrar todas as mulheres que a gente não conhece, e depois vamos ligar para elas uma por uma."
"Você está louco!" rio, incrédula. "É quase impossível encontrá-la."
Tento fazê-lo mudar de ideia.
"Will, você tem qualquer mulher aos seus pés, cara. Esqueça ela!"
Ele balança a cabeça.
"Uma coisa que poucos sabem," ele sussurra como quem conta um segredo, "eu nunca desisto do que eu quero."
Sinto meu corpo tremer como nunca antes com suas palavras. Ele está interessado em mim? Mas esse interesse continuará quando ele descobrir quem eu sou?
Pensei que seria apenas mais um encontro sem sentido com ele. Quando eu imaginaria que ele iria atrás da "mulher misteriosa do baile"?