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Capítulo 7 Sou divorciado

À noite, o Restaurante Pera estava agitado. Toda a equipe de neurocirurgia se reuniu aqui para jantar e dar as boas-vindas a Evelyn.

"A Dr. Kyte. Que ela lidere o departamento de neurocirurgia do Hospital Moris para novas alturas," declarou o diretor do departamento. Ele não era habilidoso em cirurgia, mas havia subido na hierarquia por antiguidade.

Inicialmente, ele estava descontente com a chegada de uma nova diretora adjunta, mas logo percebeu que o florescimento do departamento de neurocirurgia também refletiria bem nele. Além disso, ela era uma neurocirurgiã muito habilidosa.

Com isso em mente, ele tratou Evelyn muito bem.

"Senhor Jackman, você me lisonjeia demais," respondeu Evelyn, levantando seu copo. "Eu não sou muito de beber, então vou brindar com suco."

Com isso, ela tomou sua bebida de uma vez.

A multidão aplaudiu, não se importando com sua recusa ao álcool, especialmente porque sabiam que ela tinha uma cirurgia importante agendada para o dia seguinte.

Todos aproveitaram a refeição, incluindo Evelyn.

No banheiro, Evelyn se refrescou lavando o rosto.

"Dr. Kyte," alguém a chamou ao sair,

Virando-se, ela viu o Dr. Bruno Mullen de seu departamento. "Posso ajudá-lo, Sr. Mullen?"

"Por favor, agora somos colegas, então apenas me chame de Bruno," ele disse com uma risada jovial, suas bochechas levemente coradas, talvez pelo álcool.

"Está bem então." Evelyn assentiu.

Houve um breve silêncio, levando Evelyn a olhá-lo curiosamente. "Vamos voltar para o jantar? Eles estão nos esperando."

"Eu... Eu tenho uma pequena pergunta para você," ele disse, visivelmente nervoso.

"Vá em frente," Evelyn incentivou, sentindo o que poderia estar por vir.

"Bem..." Ele gaguejou por um momento antes de finalmente perguntar, "Você tem namorado?"

Bruno ficou embaraçado, como um estudante aguardando uma repreensão.

"Você tem?" ele pressionou, parecendo ansioso.

Evelyn riu e balançou a cabeça, "Não, não tenho."

"Mesmo? Isso é ótimo..."

"Sou divorciada," ela o interrompeu antes que ele pudesse terminar.

"Divorciada?" Bruno não podia acreditar no que ouvia.

"Sim, algum problema com isso?"

"Não... Não," Bruno respondeu, sua expressão caindo.

Ela era PhD e bastante jovem. Ele tinha esperanças de que talvez houvesse uma chance para ele se a perseguisse. Mas ele não queria uma mulher divorciada.

Ele decidiu reconsiderar. Aquela enfermeira que havia mostrado interesse nele também não era tão ruim.

Bruno saiu, e Evelyn quase riu. Ela não estava surpresa. Ser uma mulher divorciada a poupava de muitos problemas.

Ao se virar para sair, um homem saiu do banheiro masculino.

Seus olhares se encontraram.

Evelyn não pôde deixar de reclamar de seu destino tortuoso. Por que ela estava encontrando ele aqui? Estaria ele a seguindo?

"Dr. Kyte, você tem uma maneira única de rejeitar as pessoas," Dermot comentou com um toque de sarcasmo.

Evelyn revirou os olhos, pensando que a culpa era de Dermot.

Ela passou por Dermot. Depois do expediente, ela não era mais uma médica, então tinha todo o direito de ignorá-lo.

"Você bebeu?" Dermot franziu a testa, segurando seu pulso com expressão de desagrado.

Evelyn sacudiu a mão, irritada. "Sr. Doyle, você está ultrapassando os limites. Se eu bebi ou não não é da sua conta."

Ela o encarou, seu rosto corado de raiva. O leve rubor realçava sua pele clara. Seus olhos brilhavam claros, seu nariz era proeminente, e seus lábios estavam levemente franzidos.

Que mulher inteligente e bonita!

Por um momento, Dermot ficou atordoado.

Aquela era a primeira vez que ele via Evelyn sem máscara. Ele podia dizer que ela era bonita mesmo com a máscara, mas sem ela, ela era deslumbrante.

"Não quero confiar a vida de Cassie a um bêbado," ele disse, voltando à realidade com um rosto sério.

Evelyn respirou fundo, sua educação lembrando-a de manter a compostura. "Suas preocupações são infundadas, Sr. Doyle. Eu não bebi, e estarei sóbria na cirurgia de amanhã."

Suas roupas ficaram com cheiro de álcool no restaurante. Ela não gostava de álcool.

Ouvindo isso, Dermot relaxou um pouco, embora permanecesse cético. "Bom ouvir. Acredito que você não vai correr riscos ao lidar com vidas humanas."

"Com licença." Evelyn estava ansiosa para encerrar a conversa e sair.

"Você não gosta de mim?" ele perguntou de repente, percebendo desagrado em seu rosto e uma leve irritação em seus olhos.

Evelyn ficou surpresa. Será que era tão óbvio?

Ela pigarreou, tentando esconder seus pensamentos. "Do que está falando, Sr. Doyle? Mal nos conhecemos. Por que eu não gostaria de você?"

Ela estava certa. Eles nunca tinham se encontrado antes, então não havia motivo para ela não gostar dele.

Dermot afastou seus pensamentos.

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