




Capítulo 3 Dermot Doyle
Assim que Marina terminou de falar, Evelyn saiu do escritório. As duas chegaram logo ao departamento de emergência.
Uma multidão densa cercava o departamento de emergência, e podiam-se ouvir gritos fracos.
"Médico, por favor, salve meu marido! Ele tem apenas quarenta e cinco anos! O que vou fazer se o perder?"
"Por favor, acalme-se. Estamos examinando seu marido. Precisamos esperar pelos resultados para entender a condição dele."
Marina segurou a mão de Evelyn e abriu caminho pela multidão. "Abram espaço! O médico está aqui."
Ouvindo isso, os familiares do paciente se afastaram, e Evelyn entrou no departamento de emergência.
"O que aconteceu?" Evelyn perguntou diretamente.
O médico de medicina de emergência não conhecia Evelyn, mas viu sua identificação como vice-diretora do departamento de neurocirurgia, então não perguntou mais e a informou: "Acidente de carro. Hemorragia cerebral. Ainda estamos avaliando a extensão do sangramento, mas não parece bom."
"O relatório da tomografia computadorizada da cabeça saiu," chamou uma enfermeira, entregando o relatório.
O médico de medicina de emergência verificou o relatório e franziu o cenho. "Ele está gravemente ferido. Há um sangramento significativo. A pressão intracraniana está alta, levando a uma herniação cerebral. Ele precisa de cirurgia agora."
Evelyn deu uma olhada e assentiu. "Preparem-se para a cirurgia."
"Mas..." O médico de medicina de emergência hesitou. "Nosso hospital não tem capacidade para realizar esse tipo de cirurgia."
A cirurgia craniana não era algo que qualquer um pudesse realizar.
"Transfira-o para um hospital de nível mais alto," ele sugeriu.
"A herniação cerebral dele está comprimindo o centro respiratório. Ele morrerá se nada for feito em meia hora. Temos certeza de que temos tempo para transferi-lo?" Evelyn franziu o cenho.
"Mas não temos outra escolha! Não temos um cirurgião que possa realizar essa operação." Ele também estava indefeso.
"Eu farei!" ela declarou.
"Você?" Ele a olhou com ceticismo.
Ele ouviu dizer que uma nova vice-diretora do departamento de neurocirurgia havia sido nomeada. Deveria ser a mulher diante dele.
Será que ela daria conta?
"Cirurgia? Que cirurgia?" A esposa do paciente só então percebeu sobre o que estavam discutindo, seu rosto cheio de pânico.
Evelyn se virou para ela, explicando pacientemente: "Senhora, a condição de seu marido é muito séria. Ele tem uma grande quantidade de sangramento no cérebro, e sua alta pressão intracraniana causou uma herniação cerebral. Ele precisa passar por uma cirurgia craniana imediatamente."
"O quê?" A esposa do paciente arfou, "Não, não, isso parece muito perigoso. E se ele nunca acordar?"
Além disso, o médico diante dela, embora mascarado, parecia muito jovem. Será que ele poderia realizar uma cirurgia tão grande?
"Por favor, acalme-se." Evelyn levantou a voz de repente, silenciando todos ao redor.
"Eu entendo como você se sente, mas não podemos perder mais tempo. Ele precisa de cirurgia agora. Eu sou a Dra. Kyte, vice-diretora do departamento de neurocirurgia. Eu estarei encarregada da cirurgia de seu marido, e eu lhe asseguro, farei o meu máximo."
Médicos nunca fariam promessas certas, nem mesmo ela.
"Nunca ouvimos falar da Dra. Kyte."
"Você deve estar nos assustando. Como pode ser tão sério?"
"Médicos sempre enganam as pessoas para fazer cirurgias desnecessárias apenas para ganhar mais dinheiro."
A esposa do paciente estava prestes a consentir com a cirurgia, mas hesitou ao ouvir os comentários de seus parentes.
"Vamos para um hospital maior," alguém sugeriu.
"Não podem!" Evelyn os interrompeu, com um tom severo. "O hospital de nível mais alto mais próximo fica a pelo menos duas horas de distância. Seu marido não pode esperar tanto tempo!"
"Não deixem ela te assustar."
"Quem ela pensa que é? Tudo o que ela diz vale?"
"Vamos embora agora. Não vou acreditar nela a menos que o diretor do hospital a apoie."
A esposa do paciente vacilou. Se o diretor do hospital pudesse apoiá-la, talvez confiasse em sua capacidade.
Evelyn sentiu uma dor de cabeça. No que essas pessoas estavam pensando em um momento como esse? O tempo era vida!
No entanto, salvar o paciente era a coisa mais importante. Então, ela pegou o telefone para ligar para o diretor do hospital.
"Eu a apoiarei!"
Uma voz profunda interveio, chamando a atenção de todos. Eles se viraram para ver um homem com cerca de seis pés de altura, vestido com um terno preto elegantemente ajustado, irradiando uma presença imponente.
"Eu sou Dermot Doyle, CEO do Grupo Doyle. Eu a apoio, isso pode tranquilizá-la?" ele perguntou à esposa do paciente, com voz firme.
Evelyn ficou profundamente chocada. Dermot! Era seu marido - não, seu ex-marido, Dermot!
Confusão girava dentro dela enquanto pensava, "Por que Dermot está aqui?"
"Ele veio especificamente me encontrar?"
"Por que ele está me procurando?"
"Para se casar de novo?"