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Capítulo 4 Alguém veio procurá-lo!

Aaron estava deitado na cama, observando enquanto Nora se sentava ao lado dele. Ele disse: "Foi você quem me salvou?"

"Sim," respondeu Nora, sentindo a testa dele e notando que ele ainda tinha uma leve febre.

A luz do sol do lado de fora filtrava pelas janelas, lançando um brilho suave em seu rosto.

Aaron estudou seus traços delicados, surpreso que a pessoa que o salvou fosse tão jovem e bonita.

Ele tentou se mover, lutando para se sentar.

Nora rapidamente o pressionou para baixo. "Não se mexa; você não pode se levantar ainda."

Aaron sentiu que algo estava errado.

Ele franziu o cenho. "O que você quer dizer?"

"Suas pernas estão quebradas, então você não pode sair da cama ainda."

Suas pernas estavam quebradas!

O rosto de Aaron escureceu, e ele cerrou os punhos com força.

Ele tentou mover as pernas, mas as encontrou completamente dormentes. Ele havia sobrevivido a um desastre, apenas para ficar aleijado!

As pupilas de Aaron se contraíram, e uma aura fria o cercou.

"Não se agite; não vai te fazer bem algum," disse Nora calmamente, vendo a expressão fria e feroz de Aaron. "Não se preocupe, você não ficará acamado para sempre. Eu posso te curar."

Ela poderia curar suas pernas!

Os olhos de Aaron se iluminaram como se alguém o tivesse puxado das profundezas geladas de um lago para a margem, e ele pudesse respirar livremente novamente.

"Quanto tempo levará para curar minhas pernas?" perguntou Aaron.

"Pelo menos dois a três meses, no máximo um ano mais ou menos. É difícil dizer," respondeu Nora honestamente.

Difícil de dizer? Sua habilidade médica era confiável?

"Você não é médica? Por que não pode ter certeza? Eu quero que você cure minha perna o mais rápido possível." A voz de Aaron estava fria, dando ordens habitualmente.

Nora o olhou. "Você está me dando ordens? Eu te salvei por bondade, e é assim que você trata sua salvadora?"

Aaron juntou os lábios finos e a examinou novamente.

"Você é tão jovem. Você realmente tem confiança de que pode me curar?"

Os lábios vermelhos de Nora se curvaram levemente. "Se você não acredita em mim, pode chamar sua família para vir te buscar. Não é minha obrigação te curar."

Não era o momento certo para alguém levá-lo embora.

Os olhos de Aaron permaneceram fixos, e ele não disse nada.

Vendo seu silêncio, Nora perguntou: "Me dê o número de telefone da sua família. Vou fazer uma boa ação até o fim e fazer com que eles venham te levar para casa."

As sobrancelhas de Aaron se franziram. "Eu não disse que não acredito em você."

Pensando nas notícias que ouviu no shopping, Nora perguntou: "Qual é o seu nome e de onde você é?"

Os olhos castanhos de Aaron escureceram, e ele ouviu Nora continuar, "Houve uma grande notícia hoje, dizendo que o novo presidente do Grupo Gordon sofreu um acidente de carro, e sua vida estava incerta. Você não seria o Aaron, não é?"

A notícia de seu acidente havia virado manchete.

Uma luz sombria piscou nos profundos olhos negros de Aaron.

"Não," ele negou imediatamente.

Aaron não podia revelar sua verdadeira identidade para Nora ainda, pois precisava manter seu paradeiro oculto e encontrar uma maneira de capturar o mentor por trás disso.

"Mesmo não?" Nora olhou para ele inquisitivamente.

"Não," Aaron ainda negava.

Nora semicerrou os olhos. "Mas suas roupas são de boa qualidade."

Embora danificadas, a qualidade claramente era de um designer renomado.

Ouvindo a palavra "roupas", Aaron de repente percebeu que seu corpo sob o cobertor estava quase nu.

Seus olhos se aprofundaram ao olhar para Nora. "Você me ajudou a tirar minhas roupas?"

"Quem mais?" Nora retrucou.

Aaron ficou sem palavras.

Nora o tinha visto completamente!

"Se você não é o Aaron, então quem é você?" Nora examinou Aaron, vendo seu comportamento frio, seus olhos estreitados. "Você não seria o líder de uma organização criminosa, perseguido por inimigos e caiu de um penhasco, seria?"

Aaron ficou sem palavras.

O que ela estava pensando?

"Mamãe, o homem está com amnésia," Samantha espiou pela porta, correndo com suas pernas curtas.

Alex e Billy seguiram de perto.

"Amnésia?" Nora olhou para Aaron com ceticismo.

Os olhos de Aaron piscaram, e ele respondeu com um aceno.

Já que as crianças lhe deram uma desculpa, ele poderia muito bem fingir ter amnésia.

"Mamãe, parece que ele não tem dinheiro para pagar as despesas médicas. Só podemos deixá-lo ficar e trabalhar para pagar sua dívida," sugeriu Billy a Nora.

Nora levantou uma sobrancelha, seu olhar varrendo as mãos de Aaron. Suas mãos eram longas e bem formadas, com uma fina camada de calos nas palmas.

Aaron não parecia um homem que poderia fazer trabalho pesado, especialmente porque ele estava atualmente aleijado!

Nora estudou Aaron por um momento, balançou a cabeça e, depois de dar mais algumas instruções, saiu com Alex, Billy e Samantha.

Observando a figura esguia de Nora desaparecer na porta, Aaron soltou um longo suspiro.

Ele olhou ao redor, seu olhar caindo na mesa de cabeceira.

Havia um telefone lá, provavelmente deixado pelos trigêmeos.

Aaron juntou os lábios finos, estendeu a mão para o telefone e discou um número.

Do lado de fora.

Nora chamou Alex para cima, "Alex, você pode ajudar a mamãe a verificar como é o herdeiro do Grupo Gordon, Aaron?"

Alex, sendo muito inteligente, instantaneamente conectou os pontos.

"Mamãe, você suspeita que o homem que salvamos seja o Aaron, o herdeiro do Grupo Gordon?"

"É possível." Nora assentiu.

Alex entrou no quarto, pegou seu computador e sentou-se ereto.

Seus pequenos dedos claros dançaram pelo teclado.

Depois de um tempo, ele franziu o cenho.

"Mamãe, não consegui encontrar nenhuma foto do Aaron."

Aaron era misterioso.

Nora levantou uma sobrancelha e olhou o perfil de Aaron.

Aaron tinha vinte e oito anos, era o único filho em sua família. Aos dezesseis, ele já havia obtido duplos mestrados em finanças e direito, tornando-o uma pessoa extraordinária com alta inteligência e educação.

No ano passado, Aaron havia acabado de assumir o Grupo Gordon, e em pouco mais de um ano, ele já havia levado a empresa a novas alturas.

Uma figura tão proeminente no mundo dos negócios certamente seria uma pedra no sapato de muitas pessoas.

"Tudo bem, se você não conseguir encontrar, então esqueça."

Era melhor se a pessoa que ela salvou não fosse Aaron para evitar problemas desnecessários.

Nora desceu para pegar o remédio que havia preparado. Ao abrir a porta do quarto no primeiro andar, ela viu Aaron descansando com os olhos fechados.

"Acorda, é hora de tomar seu remédio."

Aaron abriu os olhos e olhou para a tigela de remédio escuro e turvo, franzindo instintivamente o cenho.

"O que você está olhando? Você vai beber sozinho, ou devo tampar seu nariz e forçar?" Nora perguntou.

Aaron lançou a ela um olhar descontente. "Você é uma mulher. Poderia ser um pouco mais gentil?"

Nora respondeu com um revirar de olhos. "Lembre-se disso: aproveitadores não têm voz ativa."

Aaron ficou sem palavras.

No futuro, ele definitivamente iria mimar Nora com dinheiro, fazendo-a se derreter por ele!

"Abra a boca."

Depois que Aaron terminou o remédio, ao ver seu cenho franzido, Nora colocou um pedaço de doce em sua boca.

O doce mascarava o amargor do remédio, e o cenho franzido de Aaron relaxou ligeiramente.

Nora olhou para ele. "Você realmente tem amnésia e não lembra seu nome?"

Os olhos de Aaron piscaram. "Não me lembro."

Nora pensou por um momento. "Que tal chamarmos você de Thomas a partir de agora?"

Que nome escolhido casualmente.

"Por que Thomas?"

"Apenas uma escolha aleatória," respondeu Nora francamente.

Era a primeira vez na vida de Aaron que alguém o tratava tão casualmente.

"Onde está o pai daqueles três filhos?" Aaron pensou em algo de repente e perguntou em voz baixa.

Ouvindo isso, o rosto de Nora mudou ligeiramente.

"Thomas, não somos familiarizados. Por favor, não se intrometa na privacidade um do outro."

Aaron olhou para Nora e, depois de um momento de silêncio, ele disse: "Estava sendo presumido. Se você não quiser falar sobre isso, não perguntarei novamente."

A luz do sol lá fora gradualmente desapareceu, e já era crepúsculo.

Aaron de repente sentiu o aroma do bolo.

Seu pomo de Adão se moveu ligeiramente. "Quem está cozinhando em casa?"

"Meus três filhos estão assando um bolo."

"Você permite que crianças tão jovens assem um bolo?"

"Eles gostam de cozinhar sozinhos; por que eu deveria impedi-los?" Um brilho suave passou nos olhos de Nora.

Seus filhos eram verdadeiramente os melhores presentes que Deus lhe havia dado.

"Mommy, o bolo está pronto. Venha comer!"

"Está bem," Nora disse, saindo com a tigela de remédio vazia.

"Mommy, o homem pode comer bolo agora?" Samantha perguntou.

"Ainda não."

"Por quê!"

"Porque o estômago dele ainda está muito fraco."

"Está bem então!"

O som da mãe e das crianças rindo e conversando vinha de fora. Aaron olhou para a luz e sombras fora da janela, sentindo que o ar havia se tornado muito mais fresco.

Na hora do jantar, Nora trouxe a Aaron um prato de biscoitos e uma tigela de sopa de cogumelos.

"Você não pode comer alimentos de difícil digestão por enquanto, então coma os biscoitos com moderação. A sopa de cogumelos é mais adequada para você," disse Nora.

Aaron olhou para a leve sopa de cogumelos, pegou-a relutantemente e a bebeu de uma vez.

O sabor era surpreendentemente bom, então ele pediu a Nora por outra tigela.

Depois, ele comeu os biscoitos elegantemente. Nora o observou por um tempo e discretamente franzia os lábios.

Era apenas um biscoito comum, mas Aaron fez parecer uma refeição gourmet.

Depois de terminar a refeição, Nora não pôde deixar de suspirar, "Você tem um bom apetite. Alimentar você não é tarefa fácil."

Aaron ficou um pouco sem palavras. Ele acabara de pedir outra tigela de sopa, e Nora já o estava chamando de glutão.

À medida que a noite caía, o mundo ficava em silêncio, e a terra afundava no sono.

Aaron deitou-se na cama, ouvindo a tranca da porta sendo girada suavemente. Seus olhos afiados se abriram de repente.

Alguém tinha vindo procurá-lo!

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