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Prólogo - O diagnóstico

(Para o prequel completo de A Werelion For Cat, por favor, leia o livro gratuito intitulado Emma)

Indianápolis, Indiana

Emma saiu do consultório médico com lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela tinha apenas vinte e três anos. Como ela poderia ter câncer de mama em estágio quatro?

Ela ainda estava em choque com o diagnóstico. Seu corpo inteiro estava dormente e ela estava com dificuldade para respirar. O que ela iria fazer?

Emma era uma bela loira de olhos azul escuro e traços delicados. Para alguns, ela poderia aparentar ser fraca ou frágil. Quando, na realidade, Emma era uma jovem forte e resiliente.

Ela era mãe solteira de sua filha de cinco anos, Caterina, ou Cat, como ela preferia ser chamada. Emma trabalhava duro em seu emprego no escritório do promotor público para conseguir se sustentar. Eles moravam em um pequeno apartamento de um quarto em Indianápolis.

Cat era a melhor coisa que já aconteceu para Emma. Mesmo que as circunstâncias que trouxeram Cat a este mundo estivessem ligadas ao pior momento de sua vida. Emma nunca se arrependeu de ter sua filha.

Cat era um pequeno turbilhão de energia, com longos cabelos pretos e olhos azul pálido. Emma sentia seu coração se encher de amor sempre que pensava em sua linda filha. Ela era madura e extremamente inteligente aos cinco anos.

Cat nunca reclamava quando Emma só podia comprar um ou dois presentes pequenos para o Natal e seu aniversário. Ela dizia a Emma que o Papai Noel deveria dar os presentes maiores às crianças que precisavam. Cat sempre pensava nos outros antes de si mesma, mesmo tão jovem.

Emma estava sobrecarregada de tristeza pensando em sua filha e se sentindo completamente sozinha. Ela tinha um meio-irmão chamado Leo, mas Emma não tinha certeza se confiava nele para cuidar de Cat se algo acontecesse com ela. Afinal, o pai dele foi a causa de grande parte de seu trauma da infância. Quem sabia o quão longe a maçã caiu da árvore. O que aconteceria com Cat se ela não sobrevivesse?

Depois de chegar ao seu carro, Emma começou a dirigir para a escola de Cat. Ela estava apenas seguindo os movimentos, sem prestar atenção aonde estava indo. Ela continuava vendo Cat como um bebê e depois em seu primeiro aniversário. Os cinco anos que ela teve com sua filha passaram diante de seus olhos, e ela sabia que não era o suficiente. Ela precisava de mais tempo. Cinco anos não eram suficientes.

Emma queria estar presente no sexto aniversário de Cat, que estava chegando em breve, e queria vê-la ir ao baile de formatura. Ela queria ver sua filha se apaixonar e se casar. Emma queria ter a chance de mimar seus netos.

Ela estacionou o carro e parou quando sua respiração se tornou mais rápida. Ela estava pensando em tudo o que perderia com Cat se não estivesse lá. Emma estava aterrorizada com o que aconteceria com sua filha. Por que isso tinha que acontecer com ela? Ela nunca machucou ninguém.

Emma estava sentada em seu carro chorando em frente à escola primária de Cat quando ouviu uma batida na janela, fazendo-a pular. Ela olhou para cima e viu Cat fazendo caretas para ela. Ela rapidamente enxugou os olhos e riu, mesmo com o coração se partindo em mil pedaços, pensando que talvez não conseguisse ver Cat crescer.

"Mamãe, o que houve? Por que você está triste?" Cat olhou para sua mãe com preocupação em seus grandes olhos azuis enquanto entrava no carro. Sua mãe nunca chorava, mesmo quando tinham muito pouca comida e nenhum dinheiro. Então algo terrível tinha que ter acontecido.

"Oh querida, eu acabei de receber algumas más notícias, mas vamos falar sobre isso depois." Emma não sabia como falar com uma criança de cinco anos sobre câncer. Cat estendeu a mão e segurou a mão de sua mãe.

"Seja o que for, mamãe, vamos superar juntas." Cat parecia determinada quando Emma olhou para baixo. Ela não pôde deixar de sorrir com o que sua filha tinha dito. Eram exatamente as palavras que Emma sempre dizia a Cat quando ela estava tendo um dia ruim.

"Você está certa. Vamos superar juntas. Que tal fazermos algo especial hoje? Vamos sair para comer pizza e sorvete." Emma olhou para Cat, que ainda estudava o rosto de sua mãe com um olhar além de seus cinco anos.

"Mamãe, você tem certeza de que temos dinheiro para isso?" Emma sorriu.

"Sim, querida, temos dinheiro para isso. Vamos nos divertir e esquecer de todos os nossos problemas por um tempo. O que você acha?"

"Está bem, mas você promete me contar por que estava triste depois?" Emma sabia que Cat não ia deixar isso passar. Mesmo sendo tão jovem, ela era extremamente sensível aos sentimentos dos outros.

"Sim, vamos falar sobre isso quando chegarmos em casa, está bem?" Emma estendeu a mão e alisou os longos cabelos de sua filha para longe do rosto. Olhando para sua pequena, ela teve que morder o lábio para evitar que as lágrimas caíssem.

"Está bem, vamos nos divertir." Cat podia perceber que sua mãe ainda estava chateada, mas esperaria para perguntar sobre isso até chegarem em casa.

Emma levou Cat para comer pizza em seu lugar favorito e a deixou comer o quanto quisesse. Eles até comeram lá dentro, o que nunca faziam porque não podiam pagar por bebidas ou gorjeta.

Antes de falar com ela sobre o diagnóstico de câncer, ela queria que Cat tivesse uma boa lembrança. Então, se as coisas não dessem certo, ela guardaria essa lembrança depois que Emma se fosse. Ela podia perceber que sua filha ainda estava preocupada com ela, e parecia que ela sabia que era uma distração, mas Cat não tocou no assunto novamente.

Depois de se fartarem de pizza e guardarem as sobras, caminharam até a sorveteria. Ambos pegaram casquinhas de sorvete com duas bolas. Emma riu ao ver Cat tentar equilibrar sua grande casquinha com suas mãos pequenas, mas ela estava determinada a fazer sozinha. Quando chegaram em casa, e a pizza estava na geladeira, Cat se virou para sua mãe com as mãos nos quadris.

"Estamos em casa agora. Por que você estava triste no carro?" Cat tinha uma expressão no rosto que Emma conhecia bem. Era a expressão que Cat lhe dava quando sabia que sua mãe estava tentando esconder algo dela.

"Vamos sentar no sofá para conversar, está bem?" Cat assentiu e segurou sua mão enquanto caminhavam até o sofá. Cat sentou no colo de sua mãe com a cabeça em seu peito enquanto Emma passava os dedos pelos lindos cabelos longos de sua filha.

"Está bem, mamãe, estou pronta para o que você precisa me contar." O coração de Emma se partia enquanto aconchegava sua filha.

"Você sabe que fui ao médico hoje, e ele deu algumas más notícias. Ele disse que tenho uma doença chamada câncer de mama. Isso significa que eu posso ficar muito doente." Cat olhou para sua mãe com olhos arregalados, e Emma pôde ver as lágrimas começando a se acumular neles.

"Por quê, mamãe? Por que você vai ficar muito doente? O médico não pode consertar e te fazer melhor?" A voz suave de Cat estava quebrando enquanto ela tentava não chorar.

"O médico vai me dar remédios para fazer isso desaparecer, mas pode ser que não funcione. Só precisamos esperar que eu melhore." Cat começou a chorar, e Emma chorou com ela. Ela não queria dizer a Cat que poderia morrer. Isso era uma realidade que enfrentariam outro dia.

Hoje ela iria abraçar sua filha e dar a ela o máximo de amor possível. A ideia de não estar com Cat enquanto ela crescia era quase demais para Emma suportar. Ela lutaria contra esse câncer com tudo o que tinha.

Quando Cat foi para a cama naquela noite, ela se deitou ao lado de sua mãe em sua única cama e chorou. Cat se lembrou de ouvir uma das crianças de sua classe dizer que a avó tinha morrido de câncer. Ela estava com medo de que sua mãe morresse e ela ficasse completamente sozinha.

Emma ouviu Cat chorando ao seu lado e a virou para que ficassem de frente uma para a outra. Emma a abraçou e a segurou enquanto choravam juntas. Cat chorava com medo de perder sua mãe. Emma chorava porque estava com medo do que aconteceria com sua filha se ela não estivesse lá.

Uma mãe jovem e sua filha jovem sozinhas no mundo, enfrentando uma situação difícil que nenhuma delas poderia mudar.

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