Read with BonusRead with Bonus

5. OFERTA

~ Damon ~

"Vou ter certeza de retribuir o favor," Damon disse momentos antes de sair da cena. Ele podia ouvir as sirenes da polícia ao fundo, mas ainda assim tirou um tempo para conversar com a garota.

"Não se preocupe com isso, apenas vá," ela disse. Ela parecia ainda mais preocupada do que ele.

"Oh, não. Damon Van Zandt nunca esquece," ele disse finalmente.

Damon deu uma olhada na garota antes de desaparecer na noite. Seus olhos eram as coisas mais cativantes que ele já tinha visto. Eles eram azuis com tons de violeta. Ele nunca tinha visto olhos tão misteriosos e gloriosos.

Quando Damon disse a ela que não esqueceria, ele estava falando sobre estar em dívida com ela porque ela os ajudou a escapar. Naquela mesma noite, assim que o clã Van Zandt voltou para a propriedade, Damon tratou de dois assuntos. O primeiro era descobrir quem era o informante que os entregou para a polícia. O segundo era descobrir a identidade dessa garota e Damon enviou a ela um pequeno presente em troca. Não demorou muito para que seus homens concluíssem esses dois trabalhos. Na manhã seguinte, nem mesmo oito horas depois, ambos os trabalhos já estavam feitos.

"Chefe," Liam cumprimentou Damon em seu escritório. Damon estava tomando seu café da manhã com Adrian e eles estavam lendo as notícias. Não havia nada sobre a polícia invadindo a União, o que significava que suas pistas estavam bem cobertas.

"Você encontrou o informante?" Damon perguntou sem tirar os olhos dos papéis.

"Sim, senhor,"

"O que fizeram com ele?"

"Ele se foi, senhor," Liam assentiu tranquilizadoramente. "Nós o eliminamos. Sem deixar rastros,"

"Ótimo," Damon disse simplesmente.

"Para quem ele estava trabalhando?" Adrian perguntou.

"Apenas um bandido de Jersey City tentando ganhar dinheiro," Liam respondeu. "Ele não está ligado a outras famílias,"

"Tem certeza disso?" Damon perguntou.

"Sim, verificamos. Muito minuciosamente,"

"E eu pensei que você tinha feito isso antes de começarmos a reunião?" Damon lançou um olhar para Liam e ele engoliu em seco instintivamente.

"Me desculpe muito, chefe. Isso nunca mais vai acontecer. Vou reforçar a segurança," Liam disse.

"Claro que algo assim nunca mais pode acontecer," Adrian resmungou. "Se não fosse por aquela garçonete, quase fomos pegos pela polícia. Você sabe o quão constrangedor teria sido?"

"Sim, entendo completamente," Liam só pôde baixar a cabeça, sabendo muito bem que tinha feito besteira.

"Isso é uma merda de amador," Damon resmungou. "Estou começando a me perguntar se você consegue fazer seu trabalho, Liam,"

"Isso nunca mais vai acontecer, eu prometo, chefe," os olhos de Liam se ergueram instantaneamente. "Pela minha vida, eu prometo,"

Damon só precisou de um olhar nos olhos de Liam para saber que ele não estava brincando. Ele morreria antes de permitir que algo assim acontecesse novamente.

"Está bem, pode ir," Damon disse.

Liam assentiu com a cabeça e virou-se. Mas antes que pudesse chegar à porta, Damon chamou novamente.

"Você fez a segunda coisa que te pedi para fazer?"

Liam rapidamente se virou. "Sim. Nós enviamos o dinheiro, as flores e a mensagem para ela. Como você pediu, chefe,"

"Ótimo," Damon disse. "Pode ir então,"

Liam saiu da sala e Damon ficou com seu consigliere de confiança. Damon voltou a ler os papéis, mas podia sentir o olhar de Adrian penetrando em seu espaço.

"Você mandou flores para ela?" Adrian perguntou. "Nunca imaginaria que você fosse romântico,"

"Ela salvou nossas peles, pensei em ser um pouco decente," Damon soltou uma risada e fechou o jornal.

"Decente, é?" Adrian zombou ironicamente. "Sim, você mesmo,"

Damon nem se ofendeu com aquela provocação. Julgando pela forma como tratava as garotas ao seu redor, ele nunca foi conhecido como o tipo 'decente'. Na verdade, ele nem mesmo chamava essas garotas pelos nomes. Ele apenas atribuía números a elas, e trocava de garotas como trocava de gravatas.

"Tenho um tempo antes da minha próxima reunião. Mande minha número um e número dois aqui, por favor," Damon disse a Adrian, provando exatamente seu ponto.

"Nem é tarde da tarde ainda, e você já está com apetite," Adrian brincou enquanto se dirigia para a porta. Damon apenas lhe deu um olhar entediado. "Eles estarão aqui em breve, chefe,"

A semana de Damon e seus negócios continuaram a prosperar sem problemas. O pequeno incidente na União nem chegou aos jornais, então sua reputação ainda estava intacta. Damon seguiu seus dias como normalmente faria, cuidaria dos negócios, planejaria a expansão e desfrutaria do tempo de lazer com seu grupo cuidadosamente selecionado de companheiras femininas.

Mas desde aquele incidente, Damon achou difícil seguir com sua vida como de costume. Os dias estavam bem, mas as noites eram estranhas. Ele se viu sonhando com ela e seus olhos, e acordava se sentindo inquieto e agitado. Os sonhos sempre começavam da mesma forma. Ele estava andando pelo corredor comprido e Violet estava caminhando em sua direção. Ele sentiu a vontade de falar com ela, então levantou a mão e bloqueou o caminho dela.

"Então, o que uma garota como você está fazendo em um lugar como este?"

"Uma garota como eu?" ela perguntou.

"Bonita, inteligente e... claramente inexperiente,"

Ela estreitou os olhos e o olhou como se estivesse ofendida.

"Pra sua informação, estou bem qualificada para este trabalho," ela afirmou com firmeza. "Trabalho aqui desde—"

"Eu não estava falando sobre o trabalho," Damon a interrompeu.

"E-está falando sobre o quê então?"

"Eu vi a forma como você me olha e desvia o olhar," seus olhos se moveram para os lábios dela e voltaram para os olhos. "Por quê? Não consegue lidar com um pouco de calor?"

Ela soltou um pequeno suspiro, sem saber o que dizer. Damon apenas sorriu e se aproximou. Ambas as mãos dele estavam nas paredes, prendendo a garota em seu lugar. Ela olhou para cima e Damon pôde ver o medo em seus olhos. Ela se contorcia e isso fazia o sangue de Damon ferver. Ele estava realmente gostando daquilo.

Damon lambeu os lábios e seus olhos se tornaram sombrios e intensos. Ela engoliu em seco e virou o rosto para o lado quando a boca dele pousou na pele de seu pescoço. Ele inalou o cheiro dela e ela cheirava tão divinamente que ele quase se perdeu.

"D-Damon..." ela respirou.

"Grite se precisar," ele murmurou em sua pele. "E se precisar que eu pare, é só dizer,"

Sem perder mais um segundo, a boca de Damon se conectou ao ponto sensível em seu pescoço. Ele beijou e chupou com força em sua pele como se estivesse prestes a devorá-la viva. Suas mãos se levantaram para empurrá-lo para trás, mas Damon as segurou e a prendeu acima de sua cabeça.

Damon diminuiu a distância entre seus corpos e podia sentir ela se contorcendo contra ele. Ela se debatia e se contorcia, claramente inexperiente em lidar com o próprio corpo. Damon distribuiu beijos por todo o pescoço e mandíbula dela, parando bem antes de seus lábios se tocarem.

"Diga-me, o que você quer?" ele sussurrou ofegante.

"Eu não quero que você... pare,"

Isso era exatamente o que ele queria ouvir. Ele soltou um sorriso de lado e a jogou na cama. Ele rasgou suas roupas até que ela estivesse deitada nua diante dele, impotente e faminta. Antes de se inclinar para capturar seus lábios, ele vislumbrou seus belos olhos, o brilho azul e arroxeado. Isso o fez sorrir. E ele sorria enquanto reivindicava o corpo dela para seu prazer. Ele distribuiu beijos dos lábios até o pescoço e peito dela. Passou a língua sobre os mamilos e os chupou até que ficassem duros. Ele continuou descendo até encontrar sua entrada. Ela estava crua, rosada e molhada, completamente intocada.

A carne de Damon queimava de desejo. Ele estava tão excitado por essa garota que era doloroso conter-se. Damon se posicionou em sua entrada e a ponta tocava sua umidade quente. Era tão bom que Damon sentiu a necessidade de parar e saborear aquele momento. Ele deslizou ao longo de suas dobras, apenas provocando-a.

"Damon, por favor..."

Damon apenas sorriu enquanto ela implorava desavergonhadamente por ele. Ela tentou se contorcer mais perto, mas ele a segurou firmemente no lugar. Suas mãos estavam em suas coxas e ele a abriu completamente. Ela tremia diante dele e ele adorava ver isso. Ele deu mais um momento para olhá-la antes de se afundar dentro dela, forte e profundo.

E foi nesse momento que o sonho parava. Sempre parava antes que ele pudesse chegar à parte boa, e isso estava deixando-o louco. Damon estava frustrado e, não importa quantas outras mulheres ele chamasse para o seu quarto, ele nunca conseguia se satisfazer da maneira que queria.

O que diabos está errado comigo? Ele pensou consigo mesmo.

Já era a terceira noite que esse sonho acontecia. Damon tinha retribuído sua dívida com Violet. Não havia motivo para ela ainda estar em sua mente, mas estava. Quando ele disse as palavras, "Damon Van Zandt nunca esquece", não era isso que ele queria dizer. Ele não queria estar pensando em alguma garota e acordando no meio da noite, mas Violet e seus belos olhos estavam assombrando-o. E não importava o que fizesse, ele simplesmente não conseguia esquecê-la.

Isso é uma merda.

Damon acordou às quatro da manhã hoje e não conseguiu voltar a dormir. Ele soltou um suspiro profundo e foi para seu escritório. Ele sabia que precisava fazer algo para tirar essa garota de sua mente. Ele decidiu por um copo de uísque e um cigarro para lhe fazer companhia, mas nem mesmo essas coisas foram suficientes. Damon pensou por um momento antes de apertar um botão em sua mesa. E cerca de cinco minutos depois, Adrian apareceu em sua porta. Ele ainda estava com suas roupas de dormir, ofegante e ansioso.

"Você me chamou?" ele perguntou.

"Sim, sente-se," Damon disse.

"São quatro da manhã, eu presumiria que isso é sério," Adrian disse enquanto se sentava. "O que está acontecendo?"

"O que você sabe sobre o gerente do bar na União?"

"Dylan Carvey?" Adrian estreitou os olhos. "Ele é apenas esse cara jovem gerenciando o bar. Ele tem conexões com garotas e pequenos negócios de drogas. Ele é um cara legal, no entanto. Por quê?"

"E a garçonete é irmã dele?"

"Isso mesmo,"

"Isso significa que ela está fora dos limites?"

Adrian olhou para Damon incrédulo, mas Damon manteve sua pergunta.

"Dylan não vai te vender a irmã dele, se é isso que você está insinuando," Adrian disse com firmeza. "Ele pode te arrumar outras garotas. Qualquer outra garota. Ele é conhecido por esse tipo de coisa,"

"Ele é um cafetão com um código moral, é isso que está dizendo?" Damon zombou.

"Damon, por que está me fazendo perguntas sobre um gerente de bar? O que você quer?" Adrian estava começando a ficar irritado agora.

"Quero que marque uma reunião com ele. Eu quero falar com esse cara,"

"Uma reunião? Para quê?"

"Ah, eu não sei, amenidades? Nunca é ruim fazer amigos e aliados, não acha?"

Adrian revirou os olhos dramaticamente e balançou a cabeça.

"Damon, eu te conheço. Você não é o tipo de cara que faria qualquer coisa sem motivo. O que está planejando fazer?"

"É simples, na verdade," Damon disse ao se levantar. Pegou o copo de uísque consigo e voltou para seu quarto. "Vou fazer a ele uma oferta que ele não poderá recusar."

          • Continua - - - - -
Previous ChapterNext Chapter