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5. Anjo

Alekos coloca o telefone do escritório no viva-voz e disca um número. Depois de alguns toques, um homem atende. "Aconteceu alguma coisa?"

Se Alekos fala com um tom de autoritário, o outro homem soa... derrotado.

"Não exatamente, mas preciso que venha ao meu escritório. Reyes está com você?"

"Sim."

"Então, ambos."

"Estamos a caminho."

O homem, que eu imagino ser Stefan, desliga, e Alekos disca outro número. Um momento depois, uma mulher atende.

"Senhor Raptou?"

"Florence, você tem o resto do dia livre."

Aquela era a secretária dele, se não me engano.

Alekos não espera que ela diga mais nada e desliga.

Se a secretária tem o resto do dia de folga e Stefan e Reyes estão a caminho aqui, então Alekos realmente está pensando em me foder em sua mesa. Quantas mulheres ele já fez se curvar sobre ela antes de mim? Ele pode dizer que sou sua mulher, mas eu sei melhor. Eu sou, como ele disse, 'só um buraco pra ser usado pelos homens'. É exatamente por isso que eu me mantive longe de homens e nunca namorei. Não que eu pudesse ter namorado se quisesse, já que meu pai praticamente me empurrou para os braços de Carlos logo depois que fiz dezesseis anos. E por causa do que Alekos fez depois que me disse que estava apaixonado por mim.

A mesa está fria e dura. Não era bem isso que eu tinha em mente para a primeira vez que fizesse sexo. Enquanto a maioria das meninas imagina um destino tropical e um homem para realizar todos os seus desejos quando perdem a virgindade, eu só quero uma cama e um homem com experiência. Mesmo que Alekos tenha muita experiência, eu não quero ser fodida no escritório. Será que é pedir demais um jantar agradável e depois um quarto de hotel? Nem quero que ele me leve para a casa dele.

Os olhos tempestuosos dele permanecem no meu rosto, depois descem para o meu peito. Uma expressão entediada em seu rosto, o que está me deixando desconfortável. Aposto que ele já está se arrependendo de propor que eu seja sua mulher. Seja lá o que isso signifique. Ele nunca teve um relacionamento sério, sempre namorando por algumas semanas antes de passar para a próxima mulher. Uma vez que ele se cansar de mim, eu já terei meu plano em movimento.

Fingir ser sua mulher vai provavelmente vai partir meu coração de novo, mas consigo sobreviver a isso.

Sob jeito nenhuma circunstância posso permitir-me apaixonar por ele de novo.

Eu não vou ficar. Assim que encontrar uma maneira segura de sumir, vou embora.

"Se arrependendo de ter dito 'sim' para ser minha mulher, Angel? Pense bem, porque uma vez que meus irmãos de sangue e eu te fodermos, você será nossa."

A única coisa que eu lamento é não ter tirado minha carteira de motorista. Mas o acidente que tirou a vida da minha mãe me deixou com medo de dirigir. E tecnicamente eu não aceitei a proposta dele.

"Não. A menos que tenha mudado de ideia sobre eu ser sua mulher. Tenho certeza de que você preferiria alguém com seios maiores."

Ele parece divertido. "Eu odeio peitos grandes," ele resmunga. Claro. Todas as mulheres com quem ele esteve no passado tinham seios grandes. "Sabe, toda essa história sobre Carlos não faz sentido. Porque seu pai queria que você se casasse com Carlos? Há algo que você não está me contando."

"Como assim?"

"Não sei. Você me diz."

Típico de Alekos. "Bem, há algo, mas..."

"Mas?"

Eu ajeito uma mecha de cabelo atrás da orelha. Por que ele teve que soltar meu coque? Meu cabelo sempre acaba atrapalhando. "Eu estava no segundo ano, quando me toquei pela primeira vez." Os olhos dele começam a brilhar de desejo. "Você quer saber em quem eu estava pensando, quando gozei pela primeira vez?"

Os olhos dele piscam vermelhos novamente. O que há de errado com eles? "Quem?"

Dou de ombros, sem querer contar a ele.

Seus lábios se curvam em um sorriso. "Estou começando a achar que você foi enviada aqui para me espionar."

Dou uma risada de desdém. "Você acha que sou uma espiã?" Ele arqueia uma sobrancelha. "Esqueça que perguntei isso. Que tal fazermos um contrato?"

Acho que acabei de cavar minha própria cova.

Alekos parece interessado. "Que tipo de contrato?"

"Um que prove que não sou uma espiã?" Faço o meu melhor para explicar. "Não sei."

"Gosto da ideia de um contrato. Um que declare que você pertence a mim e aos meus irmãos de sangue, e que você nos obedecerá em tudo o que dissermos, sem fazer escândalo. Em troca, nós vamos protegê-la de qualquer dano. Se não o fizer, teremos que puni-la."

"Espere um minuto—" Tento protestar, mas Alekos não me deixa falar.

"Se tentar contatar seu pai ou amigos, vamos puni-la. Se fizer algo suspeito, vamos puni-la. Você nos desobedece, vamos puni-la." Minha testa se franze. "Se acreditarmos que você é uma espiã, nós vamos torturá-la, antes de matá-la."

E eu achava que o Carlos era controlador. E essa obsessão por punições, qual é? Que tipo de punição?

"O que eu tenho a ganhar com tudo isso?" Exijo saber.

Alekos se inclina para trás em sua cadeira. "Você terá que chupar meu pau diariamente. E dos meus irmãos de sangue também."

Dou uma risada, porque isso é a coisa mais absurda que já ouvi. Chupar o pau dele. Como se fosse algum prêmio. "Você deveria marcar uma consulta com um psiquiatra."

Alekos finge que não ouviu meu comentário. "Você nunca sairá da mansão sem perguntar a Reyes, Stefan ou a mim primeiro. Você estará disponível para nós sempre que quisermos. Quando engravidar, a criança será nossa, mesmo que legalmente só possa ter dois pais."

Ele acabou de surtar quando mencionei estar grávida do filho dele? Agora está planejando o que aconteceria se eu ficar grávida. Não que isso vá acontecer. Pelo menos não com Alekos.

Além disso, eu simplesmente não posso trazer uma criança a este mundo, não quando estou em perigo. Não quando Carlos está atrás de mim.

"E se eu não quiser ter filhos?"

Talvez um dia, quando estiver segura, e tiver encontrado um homem que realmente me ame...

Alekos está calmo quando diz: "Agapi, eu vou te encher tanto de porra que você não vai ter outra escolha a não ser carregar meu filho."

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