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04 — Tire minha virgindade

Julian olha para mim com uma expressão séria... Ele pisca algumas vezes, tentando entender minhas palavras, parece estar alucinando... "Diga de novo?"

"Eu quero que você f-" Julian me puxa pelo braço para dentro do apartamento, impedindo que a palavra foda escape completamente pelos meus lábios novamente.

Ele fecha a porta com uma mão, mantendo os dedos firmemente ao redordo meu braço... Seu toque firme me deixa ainda mais sensível.

"Você está drogada?" Julian pergunta seriamente, e diante dos meus olhos revirados, enquanto me desvencilho de sua pegada, ele completa, "Você está definitivamente drogada."

"Por que está me olhando como se eu fosse louca?" Cruzo os braços, fazendo meus seios saltarem no decote. E posso jurar que isso chama a atenção de Julian por um instante, mesmo que ele rapidamente desvie o olhar.

Hum...

"Porque você parece estar drogada." Ele suspira, passando a mão pelos cabelos loiros, "Você está se ouvindo?"

"Sim. Eu quero que você tire a minha virgindade." Digo firmemente, e ele resmunga, "Escute, faz sentido! Você é bonito, as mulheres sempre estão aos seus pés, e você é ótimo em ter relações de uma noite!"

"Você não está falando sério."

"Sim, estou. Além disso, você é meu amigo..."

"E o melhor amigo do seu pai." Ele enfatiza, "Preciso mencionar que sou dez anos mais velho que você?"

"Isso significa mais experiência... E é tudo o que uma virgem precisa!"

Julian dá uma risada seca, cruzando os braços também, "Vamos considerar que nada disso importa. Ainda assim, eu não me envolvo com virgens."

"Por quê?" Pergunto, decepcionada, dando de ombros.

Ele suspira, cerrando os dentes... "Angelee, você não deveria agir assim só porque não deu certo com um idiota. Você ainda é jovem, com certeza, vai encontrar alguém que vale a pena esperar..."

"Não, não estou fazendo isso para me vingar dele." Me viro, andando pelo apartamento, sentindo meus nervos se exaltarem. "Você não entende... Não é como se eu quisesse esperar tanto tempo."

Julian franze a testa, enquanto me sento no banco, "O que você quer dizer?"

"Porque ele queria se casar com uma virgem, eu tive que me conter por quatro anos! Mas enquanto eu me segurava, ele estava se envolvendo com outras! Fiquei frustrada por quatro anos, Julian!" Jogo meu corpo para trás, apoiando-me na ilha da cozinha, e acrescento com um grunhido, "Ele teve a audácia de dizer que eu sou como a comida favorita que ele deixa para comer por último! Sério, não posso acreditar que perdi tanto tempo com um bastardo como ele!"

Ele se aproxima em silêncio, como se sua mente estivesse cheia de pensamentos... e para na minha frente.

Olho para ele novamente com uma expressão conflituosa.

"Ele nem sequer me tocou direito esse tempo todo... Você entende? Não quero perder minha virgindade porque estou com raiva do Eric. Estou apenas cansada de ter que me satisfazer sozinha. Hah, me sinto como uma idiota."

Julian engole em seco - observo seu pomo de Adão se mover lentamente, atraindo meus olhos.

"Sabe... talvez o problema seja eu." Murmuro, baixando a cabeça e desviando os olhos dele, encarando a pele pálida das minhas coxas.

"Você não é o problema, Angel." Julian diz em um tom baixo, levemente rouco.

Quando levanto os olhos timidamente e encontro os dele, ele engole em seco novamente.

"Não, tenho certeza... Não consigo deixar um homem excitado..." Minha voz me falha no momento seguinte, quando as mãos de Julian se espalham pelos meus joelhos, abrindo espaço para o corpo dele se encaixar entre minhas pernas abertas.

Descansando as mãos na ilha da cozinha, como se me encurralasse, Julian pressiona os quadris contra os meus, esfregando seu membro duro diretamente entre o meio das minhas pernas.

Meu Deus.

Prendo a respiração e fecho os lábios, tentando evitar que qualquer som saia entre eles, e vejo um sorriso discreto surgir nos lábios de Julian.

"Vi? Você não é o problema..." Ele diz, tirando uma de suas mãos do balcão, deslizando pelo meu braço até alcançar meu quadril.

Acho que estou sonhando-

Meus pensamentos são interrompidos quando Julian puxa meu quadril em direção ao dele e se pressiona mais forte contra a parte mais sensível de mim - e desta vez, não consigo conter o gemido baixo que escapa alto.

Encaro os lábios de Julian enquanto ele diz lentamente, "Se há algo errado, com certeza é com aquele idiota... Especialmente quando você está nessa roupa íntima..."

Um sorriso bobo aparece nos meus lábios enquanto pestanejo lentamente, me inclinando ligeiramente, "Você gostou?"

"Se eu gostei?" Ele se inclina também, aproximando nossos rostos ainda mais, deslizando a mão pela minha coxa nua, subindo minha saia, ameaçando alcançar minha virilha. "Tenho tido dificuldade para esquecer... como você pode perceber."

Rindo, cruzo as pernas em torno de seus quadris.

Simplesmente adoro como Julian parece surpreso e como ele prende a respiração, fechando os olhos, tentando mudar seus pensamentos.

Huh, consigo sentir seu calor invadindo meu corpo, se misturando ao meu, e até consigo sentir o cheiro de seu perfume afundando deliciosamente em minha pele.

"Não deveríamos estar fazendo isso..." Ele murmura, ainda com os olhos fechados, como se a razão estivesse vencendo a batalha dentro de sua mente...

"E por que não?" Murmuro de volta, roçando meus lábios contra seu queixo, ameaçando subir.

"Você é... a filha do meu melhor amigo..."

Deslizo minhas mãos lentamente por sua camisa, explorando o tecido que faz cócegas em meus dedos, até finalmente alcançar o cós de suas calças. Mordo os lábios, e sei que ele pode sentir, pois meus dentes roçam contra seu queixo também.

Seu calor está subindo em minha cabeça.

Eu sei que estou perdendo a cabeça.

Eu sei que não deveria estar passando a mão por suas calças, quase tocando a ereção que, infelizmente, não está mais tocando a minha calcinha.

E ele também sabe disso - porque sua mão segura firmemente a minha, impedindo-me de continuar.

"Angel..." Meu apelido escapa tão sutilmente por seus lábios que faz minha pele arrepiar.

"Não precisa saber ninguém, Julian." Sussurro, movendo meus lábios para encontrá-los com os dele, roçando sutilmente nossas bocas juntas enquanto adiciono no mesmo tom baixo, "Apenas uma vez."

"Eu não quero te machucar." Ele diz, quase sussurrando, contra minha boca. Seus olhos são intensos, e consigo ver a fome brilhando neles.

Baixando os olhos, finalmente entendo por que ele não se envolve com virgens. Na verdade, apenas por sentir ele roçar contra mim, sei que ele é enorme. E isso provavelmente deveria me assustar, já que nunca tive coragem de enfiar meus próprios dedos, mas... Meu Deus, estou tão excitada.

Eu o quero.

"Não me importo." Desvencilhando a mão que ele segura, finalmente desço até a ereção que, mesmo dentro de suas calças, não consigo segurar adequadamente. Tento apertar e ouço um gemido rouco escapar lá do fundo da garganta de Julian.

Meu corpo está tão quente... é como se eu fosse um vulcão com anos de erupção atrasada.

"Julian..." Este é o fio de sanidade que falta para a convicção dele se quebrar.

Ele segura minha nuca abruptamente e me puxa para um beijo fervoroso, provando meus lábios primeiro antes de forçá-lo a se abrir, para colocar sua língua em minha boca, causando arrepios prazerosos quando toca e se entrelaça com a minha.

E ele está me pressionando ainda mais contra seu quadril, desta vez encaixando adequadamente sua ereção no meio das minhas pernas, roçando contra meu clitóris, enquanto pressiona meus seios contra seu peito, tornando o beijo mais profundo e apaixonado...

Enquanto uma mão dita o ritmo segurando minha nuca, consigo sentir a outra mão baixando a alça do meu top e sutiã, que podem não ser os mesmos que ele viu na noite passada, mas certamente ficarão gravados em sua mente.

E quando ele desenlaça os dedos do meu cabelo, trazendo ambas as mãos para os meus quadris, espero que ele me levante daquela maldita bancada e me leve para a cama... De fato, Julian parece estar prestes a fazer isso... Exceto que a campainha do apartamento toca, tão baixo que não damos muita atenção.

Mas a segunda tentativa é rápida e frenética, o que faz nossas bocas se separarem lentamente.

Com os olhos fechados firmemente e sua ereção pulsando dentro de suas calças, contra minha calcinha molhada, ele permanece imóvel, sem mover um músculo.

Rezo aos céus para que a campainha não toque novamente, para que eu possa continuar a me deliciando com seu toque... Mas isso não é o que acontece, é claro.

Julian abaixa a cabeça e resmunga, aparentemente irritado e decepcionado.

Quando ele levanta seus olhos verdes e inspeciona meu rosto, Julian traz sua mão amorosamente para minha bochecha, depositando um rápido beijo em meus lábios.

"Eu volto já..." Ele diz, acariciando minha bochecha com o polegar antes de se afastar.

Meu coração está batendo freneticamente... tão rápido que poderia rasgar meu peito.

O que diabos estou fazendo?

Pressiono meus joelhos um contra o outro, tentando me livrar da cócega que está tomando conta do meu ventre...

“Cathy?” A voz surpresa de Julian me traz de volta à realidade repentinamente.

Ah... Claro... Minha visita repentina provavelmente estragou seus planos...

Sinto uma mistura de ansiedade e tristeza martelando em meu peito, mas luto para me levantar do banco, puxar minha saia para baixo, enquanto arrumo meu cabelo que provavelmente foi bagunçado pelo beijo fervoroso.

Beijo.

Beijei Julian Adams...

O melhor amigo do meu pai.

"Não, estou um pouco ocupada agora..." Julian diz, com o braço bloqueando a entrada do apartamento. Mas quando me aproximo e coloco minha mão em suas costas, sinto ele congelar imediatamente.

Não se preocupe, Julian... Não vou estragar sua noite.

"Está bem, estarei lá em breve. Obrigada pelo conselho, vou para casa." Dou um sorriso doce e olho para a garota alta, que me olha surpresa e um pouco... zangada?

Loira, olhos azuis, magra... Sim, esse é exatamente o tipo de Julian Adams....

Meu completo oposto.

Temerosamente, Julian recua o braço e me permite passar.

Com minhas bochechas queimando de vergonha e talvez de outros sentimentos que não gostaria de admitir nem para mim mesma, me afasto do apartamento. Mas antes de virar as costas, cumprimento essa Cathy com um sorriso amigável.

Meus passos são rápidos, e logo estou destrancando minha porta que, felizmente, está bem em frente, para que eu possa desaparecer da vista de ambos.

O estrondo da porta ecoa alto demais. E enquanto estou encostada nela, abaixo os olhos, ouvindo o que está acontecendo do lado de fora.

"... Acho que você está livre agora?"

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