Prólogo
O Reino não precisa de uma nova Rainha!
Prólogo:
Bahm andava de um lado para o outro em seus aposentos, furioso porque sua mãe havia concordado que ele se casasse com Cynthia em um mês! Seus punhos estavam cerrados e seu sangue fervia de raiva.
"VOCÊ NÃO PODE ME OBRIGAR A CASAR COM ESSA VADIA!"
"Bahm, querido... Sinto muito. Todo o Reino concorda que ela será uma boa rainha e —"
"NÃO!! ELA NUNCA SERÁ RAINHA!!" Ele gritou, não dando tempo para sua mãe terminar a frase. "ELA NÃO SIGNIFICA NADA PARA MIM! EU PENSEI QUE VOCÊ ODEIASSE ESSA VADIA DE QUALQUER FORMA! ENTÃO POR QUÊ?!!"
"Bahm... As criaturas e seres do Reino se sentem mais seguros se tivessem uma rainha para seguir também. Eles acham que ela tem a capacidade de acalmá-lo —"
"SÓ DURANTE O SEXO!!!!" Seu rosto estava tão vermelho que sua mãe, Fei, podia ver que ele estava muito infeliz.
"Querido... Já discutimos isso. Ela é a princesa do Rei Vampiro, Fehdrik, e realmente precisamos da ajuda dos soldados mais velhos em caso de ataques iminentes do quinto reino demoníaco." Fei tentou explicar da maneira mais suave e tranquilizadora possível para seu filho, mas ele estava exaltado e não queria ouvir.
Ele não se importava se alguma guerra estava prestes a acontecer. Ele poderia derrubar qualquer um sozinho. Seria um desejo de morte se alguém planejasse atacar seu reino de Gabhaãr. Ele não entendia por que precisava de mais soldados vampiros quando já tinha muitos.
"E POR QUE VOCÊ AJUDOU ELA A AMARRAR MEU LOBO PARA QUE EU NÃO POSSA ME TRANSFORMAR SE EU SAIR DAS TERRAS?!!” Seus olhos se tornaram negros e preencheram o branco dos olhos.
Sua mãe olhou lentamente para cima. Ela pensou que Cyn tinha explicado tudo isso para Bahm e, no entanto, aqui estava ela, trazendo mais más notícias para ele.
"Ela disse que é uma punição por correr para a floresta e trazer de volta uma loba do vilarejo humano. Ela não gostou. É só por um mês —"
"O QUÊÊÊ?! EU TENHO TELECINESE!!!!! NÃO PRECISO SER UM HOMEM PARA PEGAR MULHERES!!"
Que desculpa ridícula e possessiva para Cyn ter que lançar um feitiço nele.
Fei suspirou angustiada e deixou o quarto.
Bahm, que estava preso em seu corpo de vinte e sete anos por mil gerações, agora tinha que se casar com uma mimada de quinhentos anos que gostava de controlá-lo e achava que ele era apenas dela.
Bahm só a via como um pedaço fácil e submisso, que ele podia ter a qualquer momento. Mas isso não dava a ela o direito de negociar com sua mãe, a Rainha, para se tornar a próxima rainha!
Ela não estava nem perto de ser qualificada!
Quem teria pensado que sua mãe aprovaria passar o título de Rainha para Cynthia.
A princesa vampira implacável e ciumenta do reino deles. Bahm achava que merecia uma mulher melhor e mais refinada do que ela.
Ele estava enojado.
Cynthia amava sexo tanto quanto Bahm e quando ele não dava isso a ela, ela não tinha medo de voltar para seu palácio e transar com qualquer um de seus guardas ou cozinheiros.
Bahm nunca se importou com isso porque ele também tinha centenas de empregadas e ninfas para satisfazê-lo diariamente. Ele só gostava de transar com Cyn de forma selvagem, e ela aguentava muito bem...
"Eu não acredito que todos vocês permitiram que ela lançasse um feitiço em mim. Vocês sabem como me sinto sobre magia sendo colocada em mim. QUE PORRA É ESSA!!" Bahm rugiu para Nyku, sua assistente pessoal que entrou correndo pela porta de seus aposentos.
Ela podia ouvir toda a comoção do outro lado do castelo e veio o mais rápido que pôde, com as criadas da corte informando-a.
"Bahm, sentimos muito, mas mamãe está ficando velha. Ela precisa de alguém para tomar seu lugar." Nyku disse em um tom preocupado. Todos sabiam que Bahm odiava quando usavam magia nele sem seu conhecimento. Ele odiava bruxas!
"Então você será a Rainha. Você sabe fazer tudo."
"O quê!! Não! Que nojo!" Ela franze o rosto em desgosto.
Bahm é como um irmãozinho para ela, e ela tem cuidado dele e feito parte de sua vida nos últimos 1.100 anos.
Ela dá alguns passos para trás e o examina para ter certeza de que ele não estava se sentindo mal depois de dizer tamanha bobagem.
"Eu não vou ficar feliz se você me fizer fazer isso." Ele diz calmamente. Não levantando mais a voz, mas seu tom frio como gelo.
Nyku abaixa a cabeça e responde com silêncio. Ela se sentia culpada por estarem forçando Bahm a se casar, mas mãe sempre sabia o que era melhor e ela tinha certeza de que, uma vez que Bahm se acalmasse em alguns dias, ele entenderia melhor ao longo da semana.
O castelo precisava de mais guardas para lidar com Bahm diariamente e, se isso significava combinar o palácio dos vampiros com o castelo deles, então deveriam fazer! Os vampiros são os próximos na linha que possuem a mesma força, velocidade e quase a mesma audição que Bahm.
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Bahm se viu forçado a se transformar em sua forma de Lobo-Demônio quando se teletransportou para fora das muralhas do castelo.
Ele podia sentir que Cyn estava voltando para o castelo deles e ele nem queria sentir o cheiro dela agora.
O feitiço que ela lançou nele com a ajuda das bruxas do palácio dela já estava se ativando. Ele não conseguia parar a transformação que estava acontecendo.
Ele correu para o lado direito do terreno do castelo, disparando para a floresta para descontar sua raiva nos animais à espreita e até nas árvores gigantescas que se erguiam na floresta escura.
Ele correu o mais rápido que pôde, e o mais fundo que pôde, destruindo tudo à sua vista.
Casca de árvore, pedras gigantes, pumas e até alces.
Seu grande corpo canino não era páreo para nenhum dos animais desta floresta. Seu tamanho era o de um urso polar gigante, mas esguio.
Seu pelo preto e sedoso ficou coberto de galhos e folhas enquanto ele arranhava ferozmente o tronco de uma árvore. Ele correu mais fundo na floresta, em direção à mesma aldeia humana onde encontrou aquela loba.
Ele rugiu e rosnou no ar. Caminhando em círculos e relembrando a conversa que sua mãe e a assistente Nyku tiveram com ele. Ele nem tinha certeza de por que começou a vir para esse lado da floresta para descontar sua raiva, mas isso sempre o acalmava.
Sniff Sniff
O nariz de Bahm se contrai e ele para de arranhar o novo tronco de árvore.
Seu focinho capta um cheiro de coco e mangas. Cheira doce demais para estar vagando por essas partes da floresta.
O cheiro estava muito longe, mas ainda assim chamou sua atenção e fez sua boca salivar.
Ele decidiu seguir o cheiro que chamou sua atenção.
Correndo pela floresta escura e densa com sua velocidade demoníaca, ele chegou a poucos metros do cheiro de dar água na boca.
Ele parou entre um arbusto de amoras e se agachou atrás dele. O que seus olhos capturaram foi pura inocência.
Um lobo pequeno, de cor mel, com alguns padrões circulares brancos ao longo de suas costas.
Ela estava rolando na grama deitada de costas, ronronando.
Ela não era nada como as bestas poderosas de seu reino. Ela deveria estar abaixo de sua atenção.
No entanto, seu cheiro o mantinha cativo. Falava de magia, de doçura, de uma pureza que chamava a parte antiga e enterrada dele que nada sabia sobre tronos ou tratados.
Intoxicado.
O Rei Lobo-Demônio, prometido a uma vampira, preso por um feitiço, ficou escondido nas sombras, todos os seus planos de rebelião esquecidos. Pois, neste canto esquecido da floresta, ele havia encontrado a única coisa que seu reino realmente precisava.
Sua companheira.
