Capítulo 4
Pov Samantha.
Depois de horas desconfortáveis, querendo trocar minha calcinha, úmida, enfim terminei tudo e estou pronta para ir para casa e tomar uma ducha fria para acalmar o calor do meu corpo, já que ele está sempre ardendo de desejo. Mais ainda depois que fiquei obcecada por Fernando Laureti. Digo que é uma obsessão porque não passa um dia sem que eu pense nele, e agora que o tenho por perto, isso aumentou, embora eu disfarce muito bem.
Fecho o laptop e me espreguiço um pouco antes de sair do prédio. Como todos os dias, sou a última a sair, pois amo tanto meu trabalho que fico horas extras organizando as tarefas do dia seguinte. No entanto, confesso que hoje há algo especial, ou melhor, alguém especial. Alguém que não voltou ao meu escritório e isso me enche de decepção, pois sinto que não gosto o suficiente dele como gostaria.
"Mas como, Samantha, se você acabou de conhecê-lo?"
Obedecendo ao meu subconsciente, decido que é muito cedo para despertar um interesse em Fernando. E embora eu seja uma mulher bonita, também não sou uma Miss Universo para que ele se interesse por mim da noite para o dia.
Pego a bolsa e saio do prédio, arrastando um pouco os pés pelo cansaço do meu corpo, quando vejo a luz da sala de Fernando acesa.
Será que ele está lá? A essa hora? Olho no meu relógio e vejo que são quase sete da noite. Não saí do meu escritório o dia todo por motivos de trabalho, então supus que ele já tinha ido embora.
Tento me aproximar da porta para espiar meu querido chefe de fora, mas no momento em que estou chegando perto, a figura imponente de Fernando sai do local.
Santa mãe!
Pigarrio e me viro para entrar no elevador, tentando disfarçar minhas intenções, mas ao chamar o elevador, ele se posiciona atrás de mim.
Meu coração começa a bater acelerado, e apesar de tentar me acalmar e não parecer uma mulher desesperada, acho que meu corpo não entende. Minhas mãos estão suadas e minha respiração começa a me trair.
—Está assustada, Sam? —engulo em seco ao ouvir como ele me chamou, Sam? Soa tão doce que mal posso acreditar que ele está atrás de mim.
Aperto a bolsa preta com força e sorrio, tentando demonstrar uma autoconfiança que obviamente não tenho.
—Deveria estar? —me viro um pouco e devolvo a pergunta.
Pelo canto do olho, vejo que ele abre um sorriso, abaixa ligeiramente a cabeça ao ajustar a gravata. Por que ele é tão lindo?
—Isso quem deve saber é você, já que estava espiando meu escritório. Queria saber se eu já tinha ido embora? —pergunta de repente.
Engulo seco com suas palavras, lentas e sensuais, mas não respondo. Entro no elevador com a mandíbula tensa de nervosismo.
Ele entra atrás de mim e olho enquanto ele verifica o celular enquanto as portas do elevador se fecham. Sua expressão se ilumina com um sorriso enquanto lê uma mensagem de texto. Isso me enche de ciúmes. Será que é uma mulher do seu fã-clube? Meu coração acelera ao pensar que tudo o que dizem sobre ele pode ser verdade. Estou consciente de que sou ninguém para ele e que até ontem não me conhecia. Mas, meu Deus, ele significa muito para mim.
"E daí, Samantha?"
Inspiro fundo, tentando me controlar, já que os minutos neste aparelho estão me parecendo eternos, mas ao fazer isso, acabo complicando ainda mais as coisas, porque o cheiro do CEO invade minhas narinas, enchendo meu corpo e se concentrando no meio dele, ou seja, nas minhas calcinhas.
Por que todos os sentidos se acumulam ali?
Disfarço um pouco para que ele não note o que estou sentindo, mas é inútil, o olhar azul do meu crush me observa detalhadamente.
— O que foi? — pergunto com indiferença.
Ele aponta para os meus seios, e eu abaixo o olhar ao notar o suor escorrendo entre eles.
Meu rosto fica vermelho de vergonha, porque ele parece tão fresco como uma alface. Será que não é humano? Poderia ser alguém sobrenatural? Pensando bem, poderia ser, ele e toda a sua família provavelmente são seres de outro mundo. Isso explicaria sua beleza, sua inteligência e tudo o mais sobre eles.
— Toma, se limpa — me entrega um lenço branco, com bordados dourados ao redor, além de ter seu nome impresso nele.
— Obrigada — pego o lenço e começo a limpar o suor, no momento em que as portas do elevador se abrem.
Ele anda na minha frente, como se eu não estivesse ao seu lado. Ele poderia pelo menos me esperar, não? Compartilhamos o elevador, custa ser mais considerado e caminhar comigo até a garagem?
Caminho rapidamente atrás dele para buscar meu carro e ir para casa, mas no momento em que paro para entrar, vejo que uma mão me detém.
— Meu lenço — ergo o olhar e aceno com a cabeça, entregando o lenço de volta.
Fernando pega o lenço com cara de nojo, e entendo o porquê: está sujo de suor, e não me culpem, trabalhar tantas horas trancada em um escritório faz qualquer um suar.
— Lave-o, sim, e cuide dele, é muito importante para mim — me diz piscando um olho.
Engulo em seco e pego o lenço de volta para subir no carro. Já dentro, olho-o com atenção. Parece ser de boa marca e ter um valor único para ele. Será que alguma namorada deu a ele? Aperto o lenço com um pouco de raiva, mas acabo por levá-lo ao nariz, aspirando com força seu cheiro. Qual perfume ele usa? Balanço a cabeça para afastar esses pensamentos malucos e começo a dirigir para casa.
…
Assim que chego ao meu querido apartamento, a primeira coisa que faço é tirar os saltos, ao mesmo tempo em que vou tirando toda a roupa. Entro no banheiro nua e me coloco embaixo do chuveiro, deixando a água esfriar meu corpo completamente. Assim que a água fria toca meus mamilos, eles se enrijecem, ao mesmo tempo em que minha mente começa a viajar aos olhos azuis de Fernando, aos seus lábios grossos, ao seu cheiro, ao seu delicioso cheiro, aquele que me mata, me envolve e me enlouquece. Como que numa resposta esquisita, minha vagina começa a pulsar com força, tão forte que dói.
Saio desesperada do chuveiro, nua e molhada, e me jogo na cama, abro a gaveta e pego meu vibrador, meu companheiro de prazer, aquele que nunca me abandona. Pressiono-o no clitóris e ligo. No momento em que sinto as vibrações na minha área delicada, fecho os olhos, imaginando que ele está no quarto, imagino que é ele quem tem seu pênis em meu centro, imagino que é ele que me aperta, imagino que é ele que me toma sem piedade e me desmonta.
— Ahhh, Fernando! — exclamo ao sentir um líquido sair do meu corpo.
Lanço meu brinquedo para o lado da cama e pego o lenço para cheirá-lo, enquanto fecho os olhos com força.
