GRÁVIDA DO MELHOR AMIGO DO MEU FILHO

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CAPÍTULO 9

SABRINA

Estou muito nervosa, já passou outro ano e minhas filhas fazem dois anos amanhã. Hoje à noite, meu filho Mauricio volta junto com Fabio.

Tenho muito medo de enfrentá-los, sei que ambos vão se irritar e entendo que menti para eles, mas foi o que me ocorreu no momento.

Eu não queria que Fabio ficasse só porque eu estava grávida e também não queria que Mauricio ficasse bravo com seu amigo, mas chegou o momento de enfrentar os dois.

Vou ficar com as meninas e a Lucía vai buscá-los no aeroporto, embora eu ache que nem vai precisar dizer a Fabio que elas são suas filhas, porque são uma cópia exata dele, só que versão feminina.

—Como você está se sentindo? —pergunta Lucía, ao notar minha preocupação.

—Bem, é só que estou morrendo de nervoso, não sei como eles vão reagir quando souberem a verdade —respondi preocupada e ansiosa, enquanto brincava com as mãos.

—Se você quiser, eu levo o Mauricio e conto tudo, para que você possa conversar longamente com meu filho. Além disso, quando ele souber que são dele, vai querer estar aqui com elas —propõe Lucía, olhando para as minhas meninas brincando.

—Não sei, não quero que meu filho seja rude com você por minha causa —respondi um pouco sobrecarregada com tudo que está por acontecer.

—Ele não vai ser rude comigo, acredite, eu tenho experiência com homens irritados. Ou você se esqueceu que meu ex-marido vivia de mau humor e discutindo por tudo? Ele nunca conseguiu me dominar, seu filho vai ser fichinha, deixa que eu cuido dele —Lucía me assegura, com um grande sorriso que me dá um pouco de paz.

—Tudo bem. Obrigada, eu vou falar com o Fabio, então —aceitei e respirei profundamente. Isso não será nada fácil.

—É melhor assim. Quando eu os buscar no aeroporto, trago Fabio aqui e vou com Mauricio ao parque da esquina para conversar. Quando terminarmos, te mando mensagem para vermos se podemos voltar —explica Lucía seu plano, e eu acho que é o melhor a fazer.

—Me parece bom —respondi olhando-a nos olhos, agradecida por ela estar aqui comigo e me apoiar, mesmo tendo mentido para ela também.

—Então eu vou. O voo deles já está quase pousando, nos vemos daqui a pouco —Lucía se despediu e eu fiquei sozinha com minhas filhas.

Enquanto Sofia e Fabiola brincavam, eu morria de nervos. Não sabia como Fabio iria reagir.

Mas eu não tinha mais escapatória, a qualquer momento Fabio bateria à porta e eu terei que confessar tudo para ele.

FABIO

Este último ano foi o mais longo da minha vida. Não sei por quê, mas estava ansioso para voltar. No avião, só conseguia pensar em Sabrina e nas meninas. Não sei por quê, mas gostaria que elas fossem minhas.

Mesmo que não sejam, estou disposto a tudo para conquistar a mãe delas e ser como um pai para elas.

Durante este último ano, pude ver Sabrina algumas vezes enquanto fazia chamadas de vídeo com minha mãe e as meninas. Tenho que dizer que ela está mais linda do que na última vez que a vi.

Mauricio está um pouco estranho, até ansioso para voltar. No começo, pensei que fosse por causa das irmãs e da mãe, mas agora sei que há algo mais.

Mauricio olha para o telefone a cada cinco minutos e está muito atento ao horário. Acho que realmente há alguém que ele quer ver.

Depois de uma longa viagem, finalmente anunciaram que era hora do pouso. Minhas mãos suavam só de pensar em vê-la, mas isso acontecerá em breve. Quando finalmente pousamos, não sabíamos quem estava mais feliz, se era o Mauricio ou eu.

Nossas sorrisos eram enormes. Quando saímos do avião, a primeira pessoa que vi foi minha mãe, e corri para abraçá-la. Por alguma razão, meu amigo fez o mesmo; suponho que seja a emoção de voltar.

— Mãe, senti muito a sua falta — comentei enquanto a segurava nos braços.

— Bem, aqui todos sentimos a falta de vocês, mas há duas pessoinhas que estão morrendo de vontade de vê-los — disse minha mãe.

— Correção, estão morrendo de vontade de ver o irmão mais velho — disse Mauricio.

— Ei, eles também querem me ver. E eu sou mais bonito que você — me defendi do meu amigo.

— Você gostaria — Mauricio me empurrou.

— Já chega. Parecem duas crianças. Vamos logo, a Sabrina está nos esperando, e Mauricio, você e eu precisamos conversar — esclareceu minha mãe, e tanto Mauricio quanto eu ficamos surpresos.

— Do que vocês precisam falar, mãe? — perguntei, surpreso, pois não sabia o que estava acontecendo.

— Do mesmo que você e Sabrina vão falar agora. Vamos logo — respondeu minha mãe e começou a caminhar.

— Mãe, mas… — ela não me deixou falar quando ia protestar.

— Apenas me sigam. Fabio, vou deixar você em casa para falar com a Sabrina, enquanto converso com o Mauricio — explicou minha mãe.

No carro, tentei insistir para que me dissesse algo, mas nada. Mauricio e eu estávamos muito intrigados. Quando chegamos à casa da Sabrina, minha mãe não deixou que Mauricio descesse, apenas eu. Depois, eles foram embora.

Nunca estive tão nervoso na minha vida. Não sei por que minha mãe quer que Sabrina fale a sós comigo, mas também não me incomoda. Eu gosto muito dessa mulher.

Caminhei até a porta principal e toquei a campainha, um pouco nervoso. Quando a porta se abriu, vi a mulher mais linda na minha frente. Sabrina estava ainda mais bonita do que há dois anos, quando a vi dar à luz suas filhas.

— Olá, minha mãe disse que você precisava falar comigo — falei nervoso, com as mãos suando.

— Sim, entre — ela me deixou entrar e minhas mãos começaram a suar ainda mais. Queria abraçá-la, beijá-la, mas me contive.

— E as meninas, onde estão? — perguntei para disfarçar o nervosismo por estar a sós com ela.

— Vem, estão no quarto delas, vamos até lá — segui Sabrina, que parecia tão nervosa quanto eu.

Quando entramos, as meninas brincavam tranquilamente. Quando olharam para nós, vi seus olhos, que são idênticos aos meus, mas como? Olhei para Sabrina e ela abaixou a cabeça.

— Oi, lindas, como vocês estão? — cumprimentei e me abaixei à sua altura.

— Bem — responderam envergonhadas. São tão adoráveis, mas por que têm os meus olhos?

— Sabrina, o que você queria me contar? — perguntei sem deixar de olhar para as meninas, já que me sentei no chão com elas. Sabrina suspirou e finalmente falou.

— Elas são suas filhas. Eu sou a mulher com quem você passou aquela noite no hotel, depois da sua despedida — confessou Sabrina, e eu fiquei muito surpreso.

Então, aqueles sonhos que tive são reais. Eu estive com a Sabrina e aproveitei seu corpo lindo. Nós temos duas filhas. Ela foi minha mulher. Sem conseguir acreditar, olhei para as meninas felizes e as abracei forte.

Eu voltei decidido a conquistá-la, e agora mais do que nunca vou fazê-lo. Não vou desistir de forma alguma. Agora seremos uma família e ninguém poderá me afastar delas nunca.

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