GRÁVIDA DO MELHOR AMIGO DO MEU FILHO

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CAPÍTULO 10

SABRINA

Confessei ao Fabio que eu sou a mulher com quem ele esteve aquela noite na despedida de solteiro e que as meninas eram suas.

Ele não disse nada, simplesmente abraçou as meninas e ficou brincando com elas até que adormeceram. Nós as colocamos nos berços e depois saímos do quarto.

Assim que fechei a porta do quarto, Fabio segurou minha cintura com uma mão e colocou a outra na minha nuca. Olhei surpresa.

Mas, quando ia falar, seus lábios se uniram aos meus. No começo não correspondi ao beijo, mas depois me deixei levar e o beijei. Suas mãos acariciavam meu corpo.

Só que eu não podia continuar. Lembrei do que Lucia me disse. Ela não estava chateada comigo porque o que fizemos foi sob o efeito de drogas e álcool, mas agora é diferente. Nenhum de nós dois tomou uma gota de álcool ou usou qualquer droga, então o afastei.

—O que você está fazendo? Não me beije nunca mais — falei ofegante enquanto me afastava dele e descia a escada, com ele me seguindo.

—Por quê? Temos duas filhas e eu gosto de você, Sabrina. Por que não posso te beijar? — questionou Fabio.

—Vi você crescer, você é o melhor amigo do meu filho. É o filho da minha melhor amiga, ela jamais me perdoaria, e meu filho me odiaria. Não me beije nunca mais.

Sim, temos duas filhas, mas não foi planejado. O destino simplesmente jogou contra nós naquela noite e nós, sem saber, acabamos naquele hotel. Mas isso não significa que vá acontecer algo mais entre a gente — falei muito agitada e irritada, tanto com ele quanto comigo mesma por ter correspondido por um momento.

—Por que não pode acontecer nada entre nós, Sabrina? Você me agrada há anos. A razão pela qual aceitei aquela bolsa foi para me afastar e tentar te esquecer, mas foi impossível. Você sempre esteve nos meus sonhos — declarou Fabio, muito perto de mim.

—Isso não pode ser, então mantenha distância. A única relação entre nós são as meninas. Nada mais vai acontecer entre a gente. Não vou arriscar perder meu filho e minha melhor amiga — falei muito nervosa com suas confissões.

—Mesmo que agora você negue, você me ama tanto quanto eu te amo. Eu vou te fazer mudar de opinião e mostrar que vale a pena lutar pelo amor — declarou Fabio e saiu da casa.

FABIO

Preciso pensar e encontrar uma forma de que Sabrina e eu possamos ficar juntos e sermos uma família com nossas filhas.

Sei que será difícil, mas se eu conseguir convencê-la de que podemos lutar juntos e ser uma família, mesmo ela resistindo, preferindo calar seus sentimentos e seguir sozinha, para não brigar com minha mãe ou com Mauricio.

Caminhei da casa da Sabrina até a casa da minha mãe. Não era muito longe, então caminhei para poder pensar e respirar.

Quando cheguei à casa da minha mãe, procurei a chave que ela esconde debaixo do vaso e entrei. Peguei uma cerveja na cozinha e fiquei sentado na escuridão da sala sem acender a luz.

Não consigo acreditar que tive a mulher que amo entre meus braços e não lembrava disso — perdi dois anos da vida das minhas filhas.

E agora, pode ser que eu nem consiga estar com Sabrina, mas não vou me cansar de tentar. E, se não der certo, pelo menos terei minhas filhas, que poderei abraçar.

Fiquei muito tempo na escuridão da sala, pensando em como convencer Sabrina de que vale a pena arriscar-se por amor.

Acho que vai ser algo difícil. Para ela, o mais importante sempre foi seu filho e tenho certeza de que ele se oporá a qualquer relação entre sua mãe e eu.

Na verdade, ainda não sei como ele vai reagir ao fato de que sou o pai de suas irmãs. Depois de um tempo na escuridão, as luzes se acenderam com a chegada da minha mãe.

—Filho, o que está fazendo aí? Me assustou! —indagou ela.

—Pensando. Amanhã começarei os trâmites para dar meu sobrenome às minhas filhas —respondi, sem parar de olhar para frente.

—Isso me parece ótimo, mas amanhã elas fazem dois anos. Não poderia esperar alguns dias para isso e não perder a festa delas? —comentou minha mãe e, sim, ela tinha razão.

—Você tem razão. Eu perdi o primeiro aniversário delas, não quero perder mais nada. Vou estar ao lado delas todos os dias —respondi pensativo.

—É isso aí. Desde que comecei a suspeitar que eram suas, fiquei viciada em cuidar delas. Quando confirmei, não pude mais deixá-las. Por isso morei com Sabrina até hoje, quando você voltou —minha mãe explicou.

—E como o Mauricio reagiu? —quis saber, pois às vezes ele pode ser muito difícil de lidar.

—Para ele foi difícil aceitar no início, mas ele sabe que todos nós os levamos àquela situação. Eles te drogaram e nós fizemos a Sabrina beber. Tudo conspirou para que aquilo acontecesse.

Não só vocês são responsáveis pelo que aconteceu naquela noite. Todos nós fizemos algo para que acontecesse. Em poucas palavras, todos colocamos nosso grão de areia —minha mãe analisou bem a situação.

—E eu mal lembro daquela noite. Tudo isso parece um sonho —comentei, um tanto sobrecarregado por tudo.

—Mas não é. Você tem duas lindas meninas que fazem dois anos amanhã, então vá descansar, porque amanhã cedo iremos comprar os presentes delas —minha mãe me apressou a ir para a cama.

—Está bem, mãe. Quero que me conte tudo o que elas gostam. Quero mimá-las como não pude fazer nesses dois anos —pedi enquanto me levantava.

—Assim será, filho, mas será amanhã. Agora descanse. A partir de agora começa um novo capítulo na sua vida: o capítulo de pai. Então precisa se preparar —aconselhou minha mãe.

Cada um foi para seu quarto e, se minha mãe está certa, agora começa uma nova etapa na minha vida. Uma etapa na qual tenho duas filhas com a mulher que amo. Vou começar a lutar para conquistá-la e para que possamos, juntos, ver nossas meninas crescerem.

Sabrina diz que não, mas sei que se insistir, ela acabará aceitando meu amor.

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